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O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

Por:   •  7/6/2019  •  Resenha  •  908 Palavras (4 Páginas)  •  143 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

ADM01030 – Pensamento Social Brasileiro

PSB - Texto de Posicionamento Bloco 1

O presente texto de posicionamento tem como objetivo fazer uma reflexão sobre os textos referente ao bloco um, estudados em aula da disciplina de Pensamento Social Brasileiro. Este documento trará alguns pontos que julgo importantes e chamaram atenção ao longo do semestre, visto que, mesmo os diferentes autores que foram estudados, retomam ideias sobre o período de formação da base para o Pensamento Social Brasileiro.

Iniciarei o relato sobre os pontos que considerei importantes, basicamente, o primeiro deles é referente ao texto Pensamento Social Brasileiro, um campo vasto ganhando forma de Schwarcz e Botelho. Segundo o texto, nas últimas três décadas, o pensamento social brasileiro contribuiu para dar forma a uma área de pesquisa antes não organizada, como é o caso da pesquisa de tradições intelectual, cultural, política e sociais. Isto contribui para ampliar o conhecimento de pensamento social, visto que essa noção possibilita averiguar questões do passado voltado ao contemporâneo que contribuíram para a formação da sociedade brasileira e a construção do Estado, onde antes a pesquisa para obter aprendizado sobre esses temas era visto como antiquário. Observa-se que esse conhecimento permite analisar de maneira crítica a história cultural, pois a vida social envolve não só recursos materiais, mas também como imateriais como simbólicos, políticos e culturais e de que forma esses elementos interagem e influenciam na formação social. Como os autores mesmo citam: “O interesse pelos processos sociais não apenas de produção, mas também de aquisição, transmissão e recepção das diferentes formas de conhecimento… o interesse pela vida intelectual cotidiana de pequenos grupos… como unidades fundamentais que constroem e difundem o conhecimento... como as de gênero, idade, região e raça...”. Dessa forma, possibilita uma reflexão sobre a constituição da sociedade brasileira.

Conforme a autora Miriam Dolhnikoff, é necessário apontar três temas fundamentais para pautar o pensamento social brasileiro no século XIX: 1. a construção de uma identidade nacional; 2. a escravidão; e 3. a cidadania. Já há muito tempo os brasileiros sentem a necessidade de construir sua própria identidade, definindo o significado da sua nacionalidade e para isso pensaram em diversos temas para se apresentar da forma mais “bonita”, tentando deixar de lado o passado colonial, a escravidão, a população negra que distanciavam o Brasil da Europa. Para isso, conforme o pensador Roberto DaMatta citado no texto de Rocha, J., como evidência da nacionalidade é utilizada a natureza, afirmando ser esta a grandeza territorial que o país poderia representar: paisagens tropicais e cidades maravilhosas, como tentativa de construir autenticidade, a partir do contágio da exuberância que o tropicalismo brasileiro presenteia. Isto é, assegurar-se que o Brasil possa definir a identidade do brasileiro por sua constituição física e frutas maravilhosas, pois se fosse apresentar o país a partir da população, a identidade nacional deveria refletir a identidade branca da elite que construía o país. Na década de 1930, aprofundam numa modernização com transformações econômicas e sociais, ainda incluindo programas culturais com único interesse de deixar os brasileiros orgulhosos de sua originalidade, desqualificando os demais negligenciamentos.

Outro ponto importante é sobre o texto O Mito da Democracia Racial da autora GOLDSTEIN, Ilana faz um breve mas completo relato sobre a história de vida de Gilberto Freyre onde aborda uma pauta importante sobre miscigenação. Já na década de 30, Freyre demonstrava ter um posicionamento diferente do senso comum quanto à questão da mestiçagem que compõe o país. No entanto, hoje, mesmo que muitos afirmem que não exista o racismo no país o quadro brasileiro favorece uma parte da população de elite e branca, ainda que, entre 2012 e 2016, a população brasileira tenha crescido 6,6% o número de pardos autodeclarados e 14,9% o de pretos e o número dos que se declaravam brancos teve uma redução de 1,8%. Mesmo que hoje exista políticas de cotas raciais é possível, sim, ver o quanto os brancos são favorecidos. A miscigenação racial do Brasil considerado por Freyre como um fator benigno para a formação do país não exclui o preconceito velado que é presenciado, isto é, observamos que negros e negras ocupam majoritariamente empregos de baixos salários, têm a dificuldade de alcançar o ensino superior, ou ainda são marginalizados.

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