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O Empreendedorismo e Gestão da Inovação

Por:   •  16/7/2023  •  Trabalho acadêmico  •  4.784 Palavras (20 Páginas)  •  53 Visualizações

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matriz de Atividade INDIVIDUAL

        

Estudante: KARLA REGINA GALLO

Disciplina: EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DA INOVAÇÃO

Turma: Empreendedorismo e Gestão da Inovação-0623-EQ1

DIAGNÓSTICO

A mais de 18 anos atuando na área de Compras, sempre no segmento de Compras Indiretas (compras de materiais, serviços não ligados diretamente a produção e equipamentos também conhecidos como Capex) tive a oportunidade de me desenvolver um conhecimento técnico profundo sobre a evolução da área de Compras. Durante esta jornada, mapeamos os mais diversos problemas, identificamos inúmeras oportunidades, muitas destas, conseguimos implementar trazendo resultados significativos para a cia. e outras que ainda sonho com as possibilidades de soluções e vou utilizar como objeto deste trabalho.

O mais gratificante de ter estudado esta matéria é que eu tinha uma visão completamente distorcida do que significava ser um Empreendedor, eu realmente acreditava conforme explicado no conteúdo do curso que tratavam-se de pessoas completamente únicas, diferentes, com habilidades excepcionais e jamais vistas, sempre achei que fosse algo muito distante da minha realidade e ao ter a oportunidade de estudar esta matéria me vi muito motivada e feliz pois eu já identifiquei muitos problemas, problemas estes que trouxe inúmeras oportunidades com soluções que trouxeram resultados reconhecidos pelas empresas que passei e foram considerados projetos inovadores e nunca imaginei que estava empreendendo de alguma forma.

As aulas e todo o conteúdo disponibilizado pela universidade Fundação Getúlio Vargas através da apostila de MANCEBO, Rafael Cuba. Empreendedorismo e gestão da inovação. Rio de Janeiro: FGV, 2023, foram fundamentais para que eu conseguisse desenvolver este conteúdo, reconhecendo que o Intraempreendedorismo esta muito presente nas minhas atividades além de conseguir mensurar as minhas motivações, dentre elas, poder influenciar e mudar o status das coisas, contribuir para melhorar a vida das pessoas no trabalho, aprender mais com pessoas e processos, gerar resultados e ser reconhecida por estas ações foi sem dúvida o melhor presente que esta matéria poderia ter me dado.

Contextualizando um pouco a minha jornada para que possam entender a escolha do meu problema e suas reais oportunidades, comecei como estagiária na área de Compras de uma empresa do segmento farmacêutico (sem autorização para divulgar o nome), tratava-se de uma multinacional com processos muito bem definidos globalmente, naquela época, não tínhamos um ambiente local focado e preocupado com inovação, todas as estratégias vinham da casa matriz na Suíça para serem implementadas localmente, muitos diriam que não aprendi muito nesta cia., mas enxerguei de outra forma, durante quase 7 (sete) anos nesta cia. pude conhecer profundamente os mais variados tipos de contratações de serviços, compras de materiais, compras de quipamentos, tipos e complexidade de processos dos mais variados que me tornaram uma especialista no segmento de indiretos e estão me permitindo compartilhar as reflexões neste trabalho. Durante estes anos, procurei conhecer profundamente a necessidade de todas as áreas da cia., dentre elas, área de Facilities, Marketing, TI, Telecom, Vendas, Logística, Área Médica, Assuntos Regulatórios, Pesquisa Clínica, SAC.

 

Percebia a grande dificuldade de todas as áreas em escrever uma ETC – Escopo Técnico Comercial, documento este que não tinha nenhuma padronização, cada área fazia do seu jeito e no seu formato nomeando como ETC – Escopo Técnico Comercial. Neste documento, as áreas detalhavam a necessidade da compra e ou contratação de serviços para que nós da área de Compras pudéssemos ir ao mercado realizar a compra e ou contratação. Passei a observar que as áreas sabiam a necessidade que tinham, no entanto, havia uma dificuldade enorme em colocar no papel de forma detalhada e isto me motivou a conhecer e me aprofundar em cada necessidade, pois imagine um comprador ir ao mercado comprar algo que não conhece, que não entende, desde um material a um serviço é muito importante saber o que se esta comprando para que possa minimamente ter argumentos e todas as estratégias necessárias para uma negociação eficiente que gere valor para a empresa e seja justa para o fornecedor para não expor o nome da empresa.

Recebi uma oportunidade em uma indústria 100% nacional (sem autorização para divulgar o nome), uma gigante farmacêutica e pensei, lá vou encontrar um cenário tão robusto e organizado quando aqui e para a minha surpresa, o maior desafio da gerência era trazer a inteligência de processos que acreditavam ter na indústria multinacional para organizar completamente o departamento de compras e torná-lo estratégico. De fato a indústria multinacional tem processos bem formatados, um compliance que apoia significativamente a área, no entanto, estávamos longe de sermos estratégicos como o mercado acreditava, ainda tínhamos processos ineficientes e muito operacionais que demandavam muito tempo dos compradores para burocracias e não para um pensamento estratégico que realmente agregasse valor ao negócio.

Nesta nova casa, cada problema que eu identificava tinha um mar de oportunidades e foi uma casa onde também aprendi muito e gerei muito valor ao negócio. O que vale ressaltar é que observei que os problemas no segmento de indiretos eram exatamente os mesmos, havia uma grande dificuldade das áreas clientes em escrever um bom escopo técnico, por outro lado, os compradores eram mais inexperientes e sofriam para mapear o mercado adequadamente, atrasando os processos ou contratando por valores não competitivos e muitas vezes com grandes atrasos.

Para ter certeza do que estava mapeando, busquei uma especialização em Compras Estratégicas no Inbrasc – Instituto Brasileiro de Supply Chain para validar se os conceitos que eu aprendera no meu primeiro emprego ainda estavam modernos ou se tinha algo novo no mercado, para a minha surpresa, o que eu havia aprendido ainda era a novidade trazida pelo mercado, aprendi ferramentas novas para aplicar os mesmos conceitos, mas ainda eram os mesmos. Trocando experiência com os colegas de outros segmentos procurei explorar se todos tinham os mesmos problemas com os famosos escopos técnicos ou especificações ou briefing, nomes que ouvimos no mercado mas são a mesma coisa, e para a minha surpresa, indústrias muito robustas também enfrentavam os mesmos problemas e ainda pior, estas empresas estavam com uma visão de compradores generalistas não valorizando a necessidade de ter especialistas na área o que dificultava ainda mais um pensamento estratégico, imagine um comprador que não conhece de serviços logísticos de forma profunda, ter que negociar contratos robustos de armazenagem, manuseio, distribuição, terceirizações, etc. Meus colegas sinalizavam que suas empresas ainda acreditavam que o comprador só tinha que comparar os preços recebidos e solicitar descontos, o que é um grande equívoco em uma área de compras não preparada para analisar uma TCO – Total Cost of Ownership (Custo total de Propriedade).

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