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O GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS HUMANOS

Por:   •  27/5/2021  •  Relatório de pesquisa  •  4.219 Palavras (17 Páginas)  •  140 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina: GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS HUMANOS

Módulo:

Aluno:

Turma:

Tarefa: ATIVIDADE INDIVIDUAL

DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTO

Introdução

A palavra inovação pode apresentar-se com vários sentidos, em função do contexto em que é inserida. No contexto corporativo, uma inovação é uma ideia que foi implantada e pode ser explorada com sucesso, gerando algum retorno para a organização. Considerando-se a Lei da Inovação (Lei nº 13.243/2016), inovação é a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho. Independentemente do contexto considerado, e seja o tipo de inovação que for implementada (produtos, processos, modelos de gestão, modelos de negócio), ponto pacífico é que inovação implica em mudança, e mudanças são a garantia do futuro organizacional, já que as organizações devem plantar inovações contínuas no presente, com vistas nos resultados presentes que asseguram o futuro, sustentadas nas competências dos profissionais (BRANDÃO, 2001).

O Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER – PCA 11-47) tem por finalidade orientar as ações a serem desenvolvidas pela Força Aérea Brasileira (FAB), considerando o horizonte temporal de 2018 a 2027 e, como diretriz do PEMAER, a área de Ciência, Tecnologia e Inovação ficou encarregada das ações de prospecção de oportunidades, gestão de pesquisa e desenvolvimento e desenvolvimento de conhecimentos, produtos, tecnologias, materiais, serviços e sistemas. Alinhando-se a necessidade de implementação de cultura de mudança ao preconizado pelo PEMAER, tornou-se imprescindível que Laboratório Químico-Farmacêutico da Aeronáutica (LAQFA) criasse e implementasse uma nova divisão, a Assessoria de Inovação, ao seu organograma.

Etapa 1 – Análise de cenário

1. Análise organizacional

O LAQFA é a organização do Comando da Aeronáutica responsável por desenvolver, fabricar e distribuir medicamentos e produtos químicos para atender ao Comando da Aeronáutica e ao Sistema Público de Saúde, promovendo qualidade de vida. Sua visão é ser reconhecida como uma instituição de excelência na sua área de atuação, que supera as expectativas dos clientes, com ênfase na qualidade de gestão e no ambiente de trabalho. Em 4 de julho de 2016, o LAQFA foi reconhecido pela FAB como uma Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), sendo subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Em 2017, foi criado o Sistema de Inovação da Aeronáutica (SINAER) que tem a finalidade de gerenciar as atividades relacionadas à Gestão da Inovação Tecnológica no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER), a fim de criar um ambiente de convenções e normas que auxiliem a condução de pesquisa e desenvolvimento.

Até então, todas as ações inovadoras do LAQFA iniciavam-se informalmente, a partir de uma ordem do Diretor a algum oficial que este julgasse apto para cumprir a missão, ou, isoladamente, das chefias, principalmente, da Administração, da Subdivisão de Garantia da Qualidade ou da Subdivisão de Pesquisa e Desenvolvimento. Essas ações inovadoras, porém, constituíam-se em ações isoladas, de aplicação restrita aos setores e, na maioria das vezes, por falta de Gestão do Conhecimento, restringiam-se àqueles que as implementaram ou perdiam-se com seu desligamento do cargo ou função, ou ainda, não tinham seu histórico devidamente documentado.

Assim, a Assessoria de Inovação do LAQFA deverá ser uma área que se comunique com todas as áreas técnicas e administrativas da organização, com representantes dos meios civil e militar, mas que se reporte diretamente ao Diretor do LAQFA, para que tenha total autonomia e responsabilidade para tomar decisões com a celeridade que a situação exigir.

Ao se elaborar uma Matriz SWOT do LAQFA, podemos destacar o espírito de grupo do efetivo como a maior força, a escassez de recursos humanos como a maior fraqueza, as exigências sanitárias crescentes como a maior ameaça e o apoio do Ministério da Saúde aos laboratórios militares como maior oportunidade.

2. Análise dos recursos humanos

O LAQFA, atualmente, conta em seu efetivo ativo, com os seguintes profissionais de nível superior: 26 farmacêuticos (13 permanentes e 13 temporários), 4 engenheiros (temporários), 3 administradores de empresas (temporários), 2 contadores (temporários) e 1 química (permanente). Esse efetivo encontra-se dividido em: Direção (DIR – 1 farmacêutica), Centro de Manipulação Farmacêutica (CEMFAR – 4 farmacêuticos), Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF – 1 farmacêutica + 1 engenheiro de produção), Coordenadoria Técnica (CTEC - 1 farmacêutico), Divisão de Logística Farmacêutica (DLOG – 1 farmacêutico), Divisão Técnica (DTEC – 1 farmacêutica), Divisão Administrativa (1 farmacêutico + 1 contadora), Agente de Controle Interno (1 administradora de empresas), Subdivisão de Infraestrutura (SDIE – 3 engenheiros), Subdivisão de Garantia da Qualidade (SDGQ – 5 farmacêuticos), Subdivisão de Controle de Qualidade (SDCQ – 2 farmacêuticas + 1 química), Subdivisão de Produção (SDPR – 3 farmacêuticos), Subdivisão de Pesquisa e Desenvolvimento (SDPD – 2 farmacêuticos), Subdivisão de Material Técnico (SDMT – 1 farmacêutica), Subdivisão de Planejamento (SDPL – 1 farmacêutica), Seção Comercial (SCOM – 1 farmacêutica + 1 administradora de empresas), Seção de Comunicação Social (1 contadora + 1 administrador de empresas) e Assessoria de Inovação (1 farmacêutica).

A prestação de tarefa por tempo certo (PTTC) é uma medida de gestão de pessoal militar que tem por fim permitir a execução de atividades de natureza militar por militares inativos possuidores de larga experiência profissional e reconhecida competência técnico-administrativa. No LAQFA, temos militares ocupando cargos administrativos nas áreas de Pessoal Militar, Suprimentos e Serviços Gerais. Não há PTTC nas áreas técnicas de Produção, Pesquisa e Desenvolvimento e Controle de Qualidade no LAQFA pela dificuldade de captação desses profissionais no mercado, considerando que o LAQFA é a única organização do Comando da Aeronáutica com perfil de indústria de medicamentos, embora o primeiro Assessor de Inovação do LAQFA tenha sido um Coronel Farmacêutico PTTC, ex-diretor do LAQFA que, em função das necessidades emanadas pela Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), não pôde estruturar o setor e desenvolver suas atividades na área de inovação propriamente dita.

Projetos inovadores mais comuns na organização são: acordos de cooperação com outras ICT, parcerias para o desenvolvimento produtivo de medicamentos, parcerias para recebimento de transferência de tecnologia de produção de medicamentos, parcerias de desenvolvimento conjunto de medicamentos e cosméticos, encomendas tecnológicas do Comando da Aeronáutica e do Ministério da Saúde.

Para o bom andamento de todos esses projetos, muitas entregas são necessárias e estas vão desde reuniões técnicas e comerciais com representantes de Ministérios da Saúde ou da Defesa, Secretarias de Saúde, Parceiros Públicos e Privados até congressos, palestras, cursos e workshops de apresentação e defesa de projetos, seleção de medicamentos para produzir, réplicas e tréplicas às Consultorias Jurídicas da União, elaboração de Memorandos e Entendimentos e Acordos de Cooperação, desenho de fluxos de produção, discussões técnicas de equipamentos etc.

Hoje, informalmente, os efetivos da Subdivisão de Pesquisa e Desenvolvimento (SDPD), da Subdivisão de Planejamento (SDPL) e a Seção Comercial (SCOM), constituídos exclusivamente por tenentes (menor nível de autonomia decisória), sendo 4 farmacêuticos (3 temporários) e 1 administradora de empresas, também temporária, exercem todas as atividades inerentes à Assessoria de Inovação, ao lado da farmacêutica Assessora de Inovação, que exerce a função de gestora, líder servidora, mentora e coach, mesmo apresentando características comportamentais mais propensas às lideranças inspiradora e complacente, porém ciente de suas limitações e trabalhando incansavelmente para se aperfeiçoar. E a disponibilidade desses militares, a maioria temporários que, por não serem formalmente designados e alocados na Assessoria de Inovação, executam as atividades inerentes às suas seções, além de cumprirem escalas de serviço armado, escalas de representações, fiscalização de provas, fiscalização e acompanhamento de contratos, comissões de recebimentos etc. são o verdadeiro desafio a ser enfrentado para o delineamento de qualquer Plano de Treinamento e Desenvolvimento, seja ele mensal, bimestral, trimestral, semestral ou anual.

Esse é o cenário na Assessoria de Inovação do LAQFA, considerando que todas as estratégias da organização passarão por essa equipe, que deverá ser continuamente desafiada, motivada, treinada e desenvolvida, garantindo que a Employee Experience de cada um, permanente ou temporário, seja gratificante e enriquecedora.

Cabe aqui enfatizar que essa configuração apenas se torna possível considerando-se a anuência e comprometimento da alta direção, com confiança, transparência e delegação de autoridade e responsabilidade à Assessora de Inovação, o que, por não ser formal, pode mudar a cada nova gestão, que acontece a cada 2 (dois) anos.

Etapa 2 – Definição das competências ou áreas de conhecimento a serem trabalhadas (necessidades, temas e prioridades)

A área farmacêutica, por todas as suas peculiaridades e instantaneidade, tem todas as características de um universo volúvel, incerto, complexo e ambíguo (VUCA), mas, com as ferramentas de gestão corretas, estratégias eficazes de educação corporativa, valorizando o capital intelectual, há como realizar abordagens para que esse universo VUCA seja enfrentado e compreendido com toda visão, entendimento, clareza e agilidade (VECA) que se fazem necessários a esse contexto, retirando-se muito valor e aprendizado dessa experiência.

A partir de um levantamento, posso chegar a uma descrição de cargos e funções para a Assessoria de Inovação do LAQFA que, quando for possível, será assim composta:

CARGO

FUNÇÃO

Gerente de Inovação

Coordenação do setor e assessoria direta à Direção.

Coordenador de Projetos de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia – Medicamentos

Acompanhamento dos projetos envolvendo desenvolvimento ou transferência de tecnologia de medicamentos de interesse das Forças Armadas e do Ministério da Saúde desde sua concepção ao seu encerramento.

Coordenador de Projetos de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia – Cosméticos

Acompanhamento dos projetos envolvendo desenvolvimento ou transferência de tecnologia de cosméticos de interesse das Forças Armadas e do Ministério da Saúde desde sua concepção ao seu encerramento.

Coordenador de Relações Institucionais

Realização de contatos com instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de parcerias e acompanhamento das parcerias já existentes

Coordenador de Marketing e Mercados

Realização das ações de marketing para os projetos inovadores e busca de mercados públicos.

Assessor Jurídico

Redação de acordos, memorandos, contratos, assessoramento jurídico junto aos departamentos jurídicos dos parceiros, juntos às Consultorias Jurídicas da União e Procuradorias Públicas.

Assessor de Propriedade Intelectual

Levantamento de patentes existentes, a vencer, possibilidades de licenciamento e contorno de patentes.

Considerando que o efetivo das Forças Armadas será reduzido em 10% nos próximos dez anos. Trabalharemos com a atual configuração da Assessoria de Inovação do LAQFA, uma vez que a estrutura proposta ainda carece de disponibilização de recursos humanos pelo Comando-Geral do Pessoal (COMGEP).

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