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Os Modelos Organizacionais

Por:   •  29/8/2019  •  Resenha  •  1.054 Palavras (5 Páginas)  •  168 Visualizações

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Em Modelos organizacionais e reformas da administração pública o PHD Leonardo Secchi chama a atenção para a questão das reformas administrativas e a partir de pesquisas bibliográficas traz os conceitos dos quatro modelos organizacionais (Modelo Burocrático, Administração Pública Gerencial, Governo Empreendedor e a Governança Pública) que compõe as reformas, fazendo um comparativo entre suas características e seu contexto histórico. Secchi, destaca principalmente a crise fiscal do estado como ativador da modernização, assim como vários autores citados no artigo, em exemplo, Olsen, 2002 pontua que o processo de europeização também desempenhou um papel crucial no estímulo à adoção de novos modelos organizacionais e à revisão das PGPs nos níveis nacionais, regionais e municipais demonstrando a necessidade da reforma da administração pública.

Em suas páginas o autor inicia sua pesquisa trazendo o contexto histórico e características do modelo burocrático weberiano o considerando ineficiente e traz também os conceitos e características da Administração Pública Gerencial, Governo Empreendedor e a Governança Pública sendo que o modelo weberiano foi desafiado por esses novos modelos organizacionais e de relacionamento.

O modelo burocrático é atribuído a Max Weber que analisou e sintetizou suas características principais que são a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo, sendo a formalidade a imposição de deveres e responsabilidades, a impessoalidade implica que as posições hierárquicas pertencem a organização, são inerentes aos cargos e não as pessoas que as ocupam, por fim o profissionalismo que é ligado ao valor positivo atribuído ao mérito com critério de justiça e diferenciação. O modelo de Weber era racional, capitalista e atendia as necessidades da época, porém com a evolução das organizações tornou-se obsoleto e criticado por renomados autores, dentre alguns efeitos negativos o abuso da senioridade como critério para promoção funcional foi apontado por Merton (1949) como uma espécie de freio na competitividade entre os funcionários, assim como o excesso de impessoalidade passou a ser visto como fator desmotivador além de vários outros aspectos negativos inferindo que não é um bom modelo organizacional, abrindo espaço para novos modelos, tais críticas foram chamadas pelo autor de disfunções burocráticas.

Em seguida, o autor expos outros dois modelos organizacionais da era do gerencialismo que valorizavam características diferentes do período burocrático, valendo-se da orientação ao serviço, voltada aos cidadãos e não mais aos resultados especificamente, definindo os indicadores de desempenho para a menção aos resultados. Segundo ele, a Administração Pública Gerencial é definida como o modelo pós burocrático e se baseia em valores como a eficácia, eficiência e competitividade passando os integrantes da sociedade serem vistos como clientes do serviço público e não mais como mero usuário sem voz, é uma atividade orientada ao usuário. Hood e Jackson falavam sobre a justificativa e sua força normativa e para dar força a isso, elaborou três grupos de valores que dão base as justificativas: Grupo Sigma, Grupo Theta e Grupo Lambda. Ainda no mesmo capítulo Secchi trata sobre o governo empreendedor que foi inaugurado através do livro Reinventado o governo de Osbourn e Glaebler, citado pelo autor. Tal modelo de empreendedorismo foi desenvolvido com o objetivo de vencer os desafios que surgiam em relação ao controle da administração pública, onde a burocracia tomava espaço da efetividade dos serviços públicos e tornava os processos lentos, onerosos e não confiáveis, assim para confirmar sua teoria desenvolveram os dez mandamentos para uma administração pública eficaz, estimulando a participação da sociedade em parceria com o poder público.

Dentre os 10 mandamentos do Governo empreendedor é possível citar como mais relevantes, o governo catalisador, governo orientado para o mercado, governo empreendedor e governo competitivo, sendo, para o autor, prescrições contraditórias em relação a papel e tamanho do setor público, porém, é evidente a coerência em valores primários de racionalidade, eficácia e liberdade de escolha presentes na administração pública gerencial. No mandamento do governo catalisador significa dizer que o governo não deve assumir sozinho o papel de implementar sozinho as políticas públicas, mas deverá procurar a ação de diferentes agentes sociais na resolução de problemas coletivos, já no governo orientado ao mercado, o poder público deve participar da competitividade do mercado, por governo empreendedor é possível

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