Questionário Respondido Sobre O Mundo do Trabalho

Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Departamento de Ciências Humanas – DCH I

Curso – Bacharel em Administração – Noturno

Disciplina – Gestão Estratégica de Pessoas.

Questionário sobre o texto O Mundo do Trabalho

Sobre a construção da ideologia da glorificação do trabalho

1. Qual a sua origem?

Surgiu desde os primórdios da humanidade, nas comunidades dos caçadores e dos coletores, com a agricultura e o trabalho escravo nas civilizações antigas e a relação servil das antigas civilizações. Como o autor relata, as ideias sobre o trabalho na antiguidade, em destaque pela literatura, são as influenciadas pelo pensamento grego – romano. Na literatura há o pensamento de Platão e Aristóteles sobre o trabalho. Segundo Platão o cidadão devia ser poupado do trabalho.

1. Qual o objetivo com essa ideologia?

O objetivo é que as pessoas deveriam se separar das atividades mecânicas e da especulação do mercado. Assim a filosofia clássica o caracterizava como degradante inferior e desgastante. Era algo que era dos escravos, devendo se exercido na base da força e da coerção. A ideologia segundo o autor partia de um conceito mais restrito de trabalho, reduzido aos braçais ou manuais executadas pelos escravos.

Após vários pensamentos sobe o homem e o trabalho, entre diferentes estudiosos como Adam Smith e Weber, a ideologia que atribui alta centralidade ao tralho, independente do modelo. Tem-se e se defende o trabalho como mercadoria, disciplinado, mecanizado, de larga escala, estritamente supervisionado, exigindo requisitos mínimos padronizados, planejados e concebido pelos especialistas e realizado por outros, supondo o livre contrato. Nisso inclui vários duelos como improdutivo e produtivo, execução e intelectual, operativo e administrativo, público e privado, campo ou urbano, artesanal e industrial.

O autor comenta que seguido essa ideologia, Anthony, baseado em outros autores, designou a glorificação do trabalho e os outros autores construíram a ética do trabalho.  Uma filosofia em que o trabalho é uma categoria central que os indivíduos devem tomar como prioridade em suas vidas, desse modo promover a abundância geral e o sucesso individual.

1. Como esse se desenvolve nos dias atuais?

O trabalho é aliado a uma ideologia, na qual aparecem um mundo, com doutrinas, normas, regras, e o trabalhador, o homem não é livre da ideologia. Nos dias atuais técnicas são aplicadas para que os trabalhadores parecem estar felizes dentro de uma empresa, utilizando publicidade e o ato de oferecer brindes, e uniformes das firmas, para que o trabalhador vivia somente para o progresso da empresa. Automaticamente o lado humano do trabalhador perde prioridade, perde com o tempo, que precisa ser ocupado com trabalho, produção. Aos poucos, os discursos moralizantes e religiosos acerca do trabalho têm seu espaço ocupado por teorias que encontravam no trabalho o objeto específico de profundas reflexões econômicas. 

Com o crescimento das cidades, o desenvolvimento do trabalho livre e a criação de pequenas fábricas, passou-se a compor uma nova ótica manifestada acerca da necessidade e admiração pelo trabalho e seu valor.  Existem pensamentos sobre a ideologia liberal em que se baseou em um conjunto de ideias contrárias à intervenção do Estado na economia e favorável à livre concorrência dos mercados.

 Exaltou-se, principalmente, a “liberdade” que os indivíduos tinham para negociar e vender sua força de trabalho. E a cada período vai se observando a relação entre o capital e o trabalho, no qual é percebido nos estudos de Smith que o trabalho assim como o ouro, a prata e a agricultura, conseguem transformar o produto ou a mão de obra em mercadoria de valor.

1. Como a empresa contemporânea se beneficia dessa ideologia?

Com as novas formas de trabalho, mudanças de conceitos, mecanismos e fatores econômicos, sociais e pensamentos, a mudança organizacional tornou-se vital para as empresas e instituições em todo o mundo. Antes as organizações mudavam esporadicamente, quando ocorriam necessidades reais e urgentes, hoje em dia elas tendem a provocar a sua transformação incessantemente. As organizações mudam para fazer face à crescente competitividade, para cumprir novas legislações, para introduzir novas tecnologias ou para atender a variações nas preferências de clientes ou de parceiros.

As empresas devem ter uma comunicação clara e realizar um planejamento eficiente, atrelado à adoção de estratégias consistentes, e a um programa de treinamento eficaz para acarretar em melhorias no clima organizacional.

As organizações passam por transformações crescentes, ligadas aos avanços nas áreas científica e tecnológica. Essas transformações levam a modificações não apenas de equipamentos, mas também nos processos de trabalho e na gestão de pessoas.

1. Quais os efeitos para os trabalhadores contemporâneos?

O mercado de trabalho com o passar dos anos mudou e este impõe um novo perfil de profissional, e esse deve está em constante mutação e adaptação com essas novas estratégias, aliadas as clássicas. Essas mudanças geram efeitos na postura do trabalhador combinados com a tecnologia, mudanças econômicas, globalização e novos postos de trabalho. Hoje, o profissional deve ser especialista em diferentes áreas, assim o profissional será visto pelas organizações como sendo um profissional multitarefa em um mercado em frequente mudança.

Muitos profissionais de gestão de pessoas alertam que “As transformações da carreira individual e no mercado de trabalho, outro modelo na relação com o trabalhador, são um caminho sem volta.” É necessário que o trabalhador tenha uma visão de futuro diante das reconfigurações do mercado de trabalho.

No Brasil há uma nova força de trabalho em função das tendências e dos desafios do mercado de trabalho atual, como as flexibilizações dos contratos trabalhistas, as terceirizações, o trabalho contingente, por projetos etc.

Secularização da ideologia do trabalho

1. Qual a contribuição do Taylorismo para a fixação da ideologia da glorificação do trabalho?

A contribuição foi o conjunto de fatos socioeconômicos e políticos que cria o contexto favorável ao incremento na forma de gerenciar o trabalho e as empresas (administração) e leva à elaboração de uma sustentação científica para a concepção e organização do trabalho.

Segundo os autores do texto, a justificação do trabalho de Taylor se assenta fortemente em sua avaliação da “vadiagem” no trabalho. De acordo com esta avaliação, o trabalhador procura sempre fazer menos do que pode e que, quando demonstra interesse em produzir, é perseguido pelos demais. Os autores expõem ainda que Taylor considera, então, a eliminação da “cera” e das causas que retardam o trabalho importante para reduzir o custo da produção. Esse pensamento de Taylor nos informa a responsabilidade com a ignorância dos administradores, aliada ao propósito dos trabalhadores em se acomodar.