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RESENHA CRÍTICA DO FILME: CAPITALISMO - UMA HISTÓRIA DE AMOR

Por:   •  23/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  1.692 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO FILME: CAPITALISMO - UMA HISTÓRIA DE AMOR

Capitalism: A Love Story (Capitalismo: Uma História de Amor). Direção: Michael Moore. 2009. EUA. 127 min.

Michael Francis Moore é ator, cineasta, documentarista e escritor americano conhecido pela sua postura crítica em relação às grandes corporações, à violência armada e à hipocrisia dos políticos. Algumas produções de destaque do seu acervo foram os filmes Roger & Me em 1989, Fahrenheit 9/11 no ano de 2004, o documentário The Big One (1997), e o premiado Tiros em Columbine (2002).

Capitalismo: Uma história de amor traz em seu contexto uma crítica ao sistema capitalista. Em 1929 os Estados Unidos se viu emergido uma grande crise, que afetou todo o mundo e ainda exibe seus efeitos até os dias atuais. A crise foi causada pela superprodução agrícola e a diminuição das exportações, assim os produtores agrícolas não conseguiam saldar as dívidas contraídas com os bancos, ocasionando a perda de suas terras, a crise afetou também as indústrias que não tinham como suprir os gastos na produção, pois seus produtos não eram comprados, levando a demissão em massa e a quebra das bolsas de valores em todo o mundo.

O documentário inicia advertindo aos expectadores que as cenas apresentadas serão intensas, e durante o longa-metragem são apresentados relatos e cenas que mostram realidades difíceis de serem aceitas, evidenciando as desigualdades sociais geradas pelo sistema capitalista que como diz o diretor “um sistema que toma e dá. Ele toma mais do que dá”.

Moore explica que o crescimento do capitalismo americano após a Segunda Guerra Mundial se deu pelo fato de que a concorrência fora reduzida a nada, ou seja, é fácil ser o número um, quando não se têm concorrentes. As políticas adotadas pelo então eleito presidente na época Franklin Roosevelt foram classificadas como uma nova postura econômica baseada no keynesianismo; foram feitas grandiosas obras de infra-estrutura, criação de empregos, bem como auxílios (salário-emprego) àqueles que não conseguiam trabalho. Ainda que um dos principais fatores para a recuperação dos Estados Unidos foi o seu ingresso na Segunda Guerra Mundial determinada por Roosevelt, é indiscutível que suas medidas políticas denominadas de New Deal tenham surtido efeito reerguendo o país, ampliando e melhorando as condições de vida dos norte-americanos.

O governo de Ronald Reagan é bastante criticado, sugerindo que este presidente era o porta-voz dos bancos e grandes empresas, foi então a partir deste momento que o Estado passou a ser controlado pelas grandes corporações. Em seu governo as empresas tiveram diversas vantagens como, por exemplo, a diminuição dos impostos, enquanto a classe trabalhadora via seus empregos desaparecendo e o crescimento dos endividamentos devido ao grande incentivo para a realização de empréstimos. Nessa fase as bolsas de valores e os faturamentos das empresas bateram recordes.

São mostradas cenas de famílias sendo despejadas, e suas casas confiscadas pela falta de pagamento dos empréstimos realizados, muitas dessas famílias são vítimas do sistema econômico que traduz no benefício de um grupo dominante, que visam apenas os lucros. As famílias despejadas relatam que tentaram de tudo para conseguirem pagar, porém as dificuldades encontradas devido à decadência de seus salários, aumento dos juros tornou inevitável a não quitação das dívidas, em determinado momento um morador relata que tentou de tudo menos assaltar um banco, e que pensaria naquela possibilidade. Assim, diante de tantas dificuldades a classe considerada média foi aos poucos se extinguindo dando lugar a uma classe pobre; poucas foram as famílias que tiveram a sorte de escalar um degrau rumo à classe considerada privilegiada.

É apresentada a verdadeira face dos bancos, políticos e empresas que controlam o sistema capitalista, mostram num primeiro momento que o capitalismo se resume em livres empresas, concorrência e lucro. O lado desumano prevalece nos depoimentos feitos sobre as empresas que usaram seus funcionários como meio de lucro ao adquirirem seguros de vida em benefício das mesmas em que caso o seu funcionário falecesse obteriam altos índices de lucros, deixando assim as famílias desamparadas quando estas na verdade é que deveriam receber o seguro. Utilizavam o termo de caipira morto para referirem aos funcionários como se um ser humano valesse mais morto do que vivo o que não deixava de ser verdade na realidade vivida naquela época.

Outra situação considerada absurda é a prisão de menores por motivos incoerentes em um reformatório juvenil privatizado, em que a permanência muitas das vezes se tornava ilegal por ultrapassar o tempo necessário da detenção dos jovens em reclusão, isso aconteceu pelo fato dos juízes que julgavam os casos serem subornados a condenarem cada vez mais jovens devido a instituição receber proventos do governo de acordo o número de internos, ou seja, tempo é dinheiro, muito dinheiro como disse Moore.

O capitalismo ganhou tamanha força, pois houve uma propaganda insistente e manipuladora por trás de suas ideologias capaz de convencer as

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