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RESUMO DO LIVRO DE MARILENA CHAUI

Por:   •  26/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.686 Palavras (7 Páginas)  •  525 Visualizações

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                                      Resumo 1- Convite à filosofia  

                                                     Giulia Milesi

  No livro “Convite à Filosofia” de Marilena Chauí, na introdução, é abordado o conceito de atitude filosófica, que rompe com o senso comum e faz o ser social questionar a realidade incisivamente e ir além do obvio, portanto a autora define o pensamento filosófico como não aceitar as coisas de imediato, incitando a reflexão filosófica, a questão central é encontrar os motivos e as razões para crermos, pensarmos e agirmos do modo que fazemos, sempre com a finalidade de alcançar o conhecimento através da indagação. Por fim, a autora propõe um pensamento crítico e incentiva o leitor a pensar sobre a utilidade da filosofia na nossa existência.

   A cultura Ocidental europeia, foi influenciada pela Filosofia grega, questionada no capítulo 1, a razão, política, ciência, arte, técnica foram passados aos povos ocidentais que desenvolveram-se baseados nos legados deixados por ela, como por exemplo a ideia de que o conhecimento não é algo misterioso e exclusivo às divindades, mas que pode ser alcançado pelo pensamento humano. Chauí, nos explica que na visão do filósofo Pitágoras o intelecto, isto é a matemática que permite o pensamento alcançar a realidade, enquanto nossas percepções a alcançam sob formas opostas, além disso, o pré-socrático coloca os filósofos como seres movidos pelo desejo de julgar e avalias coisas, sem se apropriar da verdade e apenas honra-la, contudo só aparece a quem realmente quer enxerga-la. O debate central do capítulo é: O que levou o surgimento da Filosofia na Grécia? A autora nos traz que a insatisfação e a descrença diante as explicações dos antepassados que se baseavam na religião e no mito, foi o fator primordial para que os primeiro filósofos como Tales de Mileto e Pitágoras buscassem respostas mais convincentes a eles.

  A obra “As Metamorfoses”, de Ovídio, foi apontada pela autora no início do capítulo 2, a parte do verso citado

“ Não há coisa alguma que persista em todo universo. Tudo flui e tudo só apresenta uma imagem passageira “

Está relacionado diretamente com o questionamento dos primeiros filósofos, que buscou respostas do porque as coisas nascem e morrem e porque a única realidade é a mudança, já que os mitos e a religião perderam sua força explicativa. A cosmologia nasce em conjunto a filosofia na Grécia, sendo o foco de Chauí nesse capítulo, explica que com tempo surgiram questionamentos pelos os pensadores judaicos sobre o nascimento da filosofia grega, como: nasceu de forma espontânea ou teve contribuições culturais dos povos orientais? A resposta é sim, Platão e Aristóteles explicam que encontraram elementos fundamentais da cultura oriental que participam da mitologia grega. Contudo, as herança orientais foram modificadas tão fortemente pelos gregos, sendo uma das mudanças a racionalidade como forma explicativa para a origem das coisas, que praticamente outra cultura foi criada, porém nem todos acreditaram no orientalismo, dando origem ao “Milagre Grego” que defendia a filosofia grega como autêntica, sem nenhuma influência do passado. No entanto, sabe-se hoje que o Oriente tem vínculos com a filosofia ocidental e se aproveitaram das condições históricas para o surgimento da filosofia, como as viagens marítimas, invenção da política, da moeda, ideia de lei e justiça para formarem seus próprios conhecimentos. Ademais, um dos pontos levantados pela autora é se a filosofia nasceu gradualmente, através de mudanças na explicação do mito ou pelo rompimento radical com o mesmo, até hoje o questionamento divide opiniões, porém acredita-se que a filosofia racionalizou o mito o transformando em uma nova explicação.

  O livro apresenta no capítulo 3 os períodos da filosofia grega, seu apogeu ocorreu durante a Grécia clássica, no período Pré-Socrático ou Cosmológico, caracterizado primordialmente pela razão como pensamento sistemático e a transformação do mundo, os seres estão em transformação a todo momento, assim como o mundo, chamando o movimento permanente do mundo como “devir”, esse conceito obedece as leis da Physis. Durante o período socrático, a democracia grega prosperou, e afirmava a igualdade dos homens perante a lei e garantia a participação direta no governo, nesse contexto nasce a figura do cidadão socrático, que é ensinado a usar a filosofia como forma de exercer sua cidadania. Nesse sentido, o filósofo Sócrates propunha a oratória como fator fundamental no discurso político, um bom orador seria capaz de informar, influenciar e atrair ouvintes para a reflexão, contudo, de acordo com Sócrates o homem é capaz de conhecer a natureza, somente se conhecer-se a si mesmo antes de tudo, por esse motivo o período é conhecido também como antropológico, uma vez que está voltado para o conhecimento particular do homem e da sua capacidade de conhecer seu espírito e a verdade. Os sofistas surgiram como os primeiros educadores dessa nova prática e propagavam a cosmologia como contraditória e inútil a sociedade, além disso corrompia a juventude fazendo- os acreditar que a mentira vale tanto quanto a verdade, portanto Sócrates se opôs aos sofistas, pois estes não tinham respeito a verdade, dessa forma a filosofia socrática foi considerada uma ameaça a democracia, pois incitava a juventude a pensar e questionar. É possível listar algumas características do período socrático como a preocupação com as questões morais e política, confiança na ideia de que o homem é um ser racional capaz da reflexão, definição das virtudes morais e políticas. Os campos de conhecimento da filosofia foram definidos durante o período sistemático, são eles: Ciências produtivas, ciências práticas e ciências teóricas. Por fim, o período helenístico, é o momento em que a filosofia busca explicações para a natureza, o homem e as relações com as divindades.

  Durante o capítulo 4, Marilena abordada os principais períodos da filosofia grega que são: Filosofia antiga, patrística, medieval, renascente, moderna e contemporânea, com ênfase na filosofia patrística, seu foco principal é a conciliação da razão e a fé com a expansão do Cristianismo ela liga-se a tarefa da evangelização e combate ao hereges, nesse momento surge o duelo entre as verdades sobrenaturais, isto é, provenientes da fé e as verdades naturais, baseadas no conhecimento racional. O conceito de Teologia surge em meados da filosofia medieval, teve os teólogos medievais São Tomas de Aquino e Santo Anselmo como principais influências da época, o aparecimento de questionamentos sobre a crença, existência e influência de Deus na realidade, a hierarquia de seres eram constantes, surge ainda nesse período a criação do “método da disputa”, consistia em abordar uma tese que poderia ser defendida ou refutada baseada em argumentos bíblicos aristotélicos ou de padres da igreja, isso porque durante a idade média uma ideia era consideram verdadeira se fosse baseada em fundamentos de uma autoridade reconhecida. Marcada pela recuperação de grandes obras gregas e romanas, a filosofia da renascença desenvolveu 3 linhas de pensamento, como a ideia de que as ligações misteriosas das coisas pode ser conhecida pelo homem, além da capacidade do mesmo de criar outros vínculos, valorização da política e o renascimento de sua liberdade, o homem começa a ter uma visão crítica da sociedade permitida pelas viagens marítimas, que desencadeou críticas profundas a igreja romana, permitindo a reforma protestante baseada na ideia de liberdade. Conhecida como o  grande racionalismo clássico, a filosofia moderna é marcada pelo antropocentrismo, pois seus questionamentos voltam-se para a capacidade do intelecto humano de conhecer a verdade dos conhecimentos, ou seja, a reflexão sobre si mesmo, nasce nessa filosofia o ideal de que os conhecimentos científicos  e a técnica, adquiridos pelo homem, o torna capaz de dominar tecnicamente a natureza, ademais, a ideia de que a capacidade de conhecer a origem, causas e efeitos depende da razão humana.

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