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Resenha do livro da Marilena Chauí

Por:   •  1/6/2017  •  Resenha  •  534 Palavras (3 Páginas)  •  413 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA–UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA – CAMPUS SOROCABA
Nágila Milena da Paixão Bernardo R.A: T1227C-8

CHAUÍ, M. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 2001.

 “O que é ideologia” é um livro escrito por Marilena Chauí no ano de 2001, traz em seu conteúdo uma analise do conceito ideologia e a história de construção do que chamamos hoje de “ideologia” abordando também algumas teorias como a de Augusto Comte, Émile Durkheim, Marx e Engels.

Logo ao iniciar o livro Chauí retrata o pensamento de Aristóteles acerca da teoria das quatro causas que tinha como base as quatro causas do movimento dos corpos: material, formal, motriz e final. Entretanto havia uma hierarquia entre elas, dependendo de suas posições não recebendo um valor igualitário. A autora destaca que nessa hierarquia, a causa menos valiosa ou menos importante é a causa eficiente (a operação de fazer a causa material receber a causa formal, ou seja, o fabricar natural ou humano) e a causa mais valiosa ou mais importante é a causa final (o motivo ou finalidade da existência de alguma coisa).

A divisão social abordada pela autora é relacionada à teoria das quatro causas ainda no inicio do livro e vinculada a um cidadão ou senhor às causas finais uma vez que a causa final está vinculada à idéia de uso e este depende da vontade de quem ordena a produção de alguma coisa. Já os escravos ou servos são relacionados à causa motriz ou eficiente, deixando evidente a superioridade de uns aos outros. Ao longo do tempo a teoria tornou-se denominada “a eficiente e a final” ocorrendo então a valorização do trabalho, dando espaço a ideologia burguesa.

Segundo Chauí o termo ideologia aparece pela primeira vez em 1801 no livro de Destutt de Tracy, Eléments d'ldéologie (Elementos de Ideologia). Juntamente com o médico Cabanis, com De Gérando e Volney,DeStutt de Tracy pretendia elaborar uma ciência da gênese das idéias, tratando-as como fenômenos naturais que exprimem a relação do corpo humano, enquanto organismo vivo, com o meio ambiente. Já na visão positiva de Augusto Comte, ideologia seria sinônimo de teoria, de modo que cada fase do espírito humano o leva a criar uma junção de idéias para explicar a totalidade dos fenômenos naturais e humanos – essas explicações constituem a ideologia de cada fase. Durkheim as considera como preconceitos e pré-noções inteiramente subjetivas, individuais, “noções vulgares” ou fantasmas que o pensador acolhe porque fazem parte de toda a tradição social onde está inserido.Marx e Engels determinam o momento de surgimento das ideologias no instante em que a divisão social do trabalho separa trabalho material ou manual e trabalho intelectual.

        Analisando as informações levantadas pela autora é possível perceber que a ideologia desde o começo é usada para instrumento de dominação, escondendo da população a realidade existente, para a dominação tanto econômica, social, quanto política, alienando assim os indivíduos que ficavam, desde a antiguidade até a atualidade, a mercê do pensamento das classes dominantes. Portanto é de suma importância a estimulação de um pensamento critico para que a população possa romper estas ideologias vivendo assim conscientes de suas realidades.

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