TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha Brasil Foods

Por:   •  2/5/2020  •  Resenha  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  240 Visualizações

Página 1 de 6

O estudo de caso aborda as vivências empresariais da Brasil Foods (BRF) e traz assuntos referentes ao histórico e temáticas da gestão estratégica. Texto datado de 01 de março de 2012, 513-P08 por David E.Bell e Natalie Kindred – Harvard Business School. Traz a princípio aspectos históricos antes da combinação da Sadia com a Perdigão: O Brasil em Expansão com o aumento da classe média, promovendo assim o aumento no número de despesas, consequentemente um aumento no número de compras, com destaque ao setor alimentício.

A Perdigão surgiu em 1934, como uma pequena mercearia fundada por imigrantes italianos no estado de Santa Catarina. Inicialmente, apenas como uma produtora de suínos e aves. Diversificou-se para a área de soja e enlatados e tornou-se pioneira na exportação de aves. Após passarem por algumas dificuldades no ano de 1990, os fundadores venderam sua participação a um grupo de fundos de pensão que a reestruturaram e impuseram uma nova gestão que fez a Perdigão revitalizar.  A Sadia, também fundada em Santa Catarina no ano de 1940, iniciou suas atividades como uma processadora e vendedora de produtos de grãos e suínos. Logo mais, expandiu-se para o mercado de aves, carne bovina e começou a produzir refeições processadas e congeladas. Passou a exportar frango congelado a outros países até torna-se uma empresa com grande valor agregado no mercado.  Apesar de serem concorrentes, no ano de 2001, Sadia e Perdigão estabeleceram alianças estratégicas por um objetivo comercial em comum: exportar para a África. Porém, esta parceria não se sustentou por muito tempo. Romperam a sociedade com justificativa de terem ideias diferentes. Ao fim do negócio, Perdigão comprou a parte da Sadia. Quatro anos depois, Sadia tenta, sem êxito, uma aquisição desfavorável da Perdigão, gerando ainda mais rivalidade entre as duas.

A Brasil Foods, antes de sua criação, enfrentou muitos obstáculos o principal deles foi quando o conselho administrativo de defesa econômica (CADE) opôs-se ao negócio por recear que tal combinação pudesse sufocar a competição doméstica e alimentasse a inflação dos produtos alimentícios. Assim sendo, com a ajuda do governo a CADE pegou a gestão da BR Foods de surpresa e, existia a possibilidade de uma negativa da CADE ainda em junho de 2011, no entanto, isso não aconteceu e em 13 de julho de 2011 a CADE aprovou a fusão das empresas. A fusão de Perdigão e Sadia fez nascer o segundo maior empregador e terceiro maior exportador do Brasil, atrás somente de empresas de mineração e petróleo. No Brasil, onde a rede de distribuição atingia 98% da população e, 57% em alimentos congelados processados, e mais 55% em alimentos processados e resfriados, fazendo da Brasil Foods líder absoluta nas duas categorias. Com isso, intensificou-se os processos produtivos, os canais de distribuição, grandes investimentos foram feitos, sempre preocupados com a entrega de qualidade aos consumidores.

A produção da Brasil Foods cresceu de maneira bem significativa, após a fundação. Em 2010, a BRF abateu 1,6 bilhão de frangos e perus e 10,5 milhões de suínos e bovinos.  Fechou parcerias com produtores, onde eram obrigados a firmar contratos de exclusividade com a BRF e adequar-se a rígidos padrões de qualidade e segurança. Em contrapartida, a organização lhes fornecia ração e treinamento técnico e a garantia de compra de sua produção. Muitos pontos de industrialização foram distribuídos no Brasil e no mundo. Milhares de frotas de caminhões entregavam rações, transportavam animais para os abatedouros, matérias primas para plantas de processamento e produtos acabados para os clientes. Uma cadeia de suprimentos eficaz, efetiva e eficiente. Estratégias logísticas e de gestão de materiais em pleno funcionamento.

A Brasil Foods criou um plano estratégico nomeado “BRF 2015”. Nele, o objetivo era dobrar as receitas da empresa entre 2011 e 2015, atingindo cerca de R$50 bilhões. Para isso, o plano envolvia três fases: Na primeira (2011-2012), a BRF iria concluir sua integração pós-fusão, consolidar sua vantagem doméstica e ampliar sua empresa global através de aquisições e parcerias estratégicas. A segunda fase (2013-2014) daria continuidade ao esforço de internacionalização, com foco na construção de uma cultura de empresa global, tanto por meio do desenvolvimento dos quadros existentes quanto pelo recrutamento de novos talentos; as aquisições ajudariam a atrair novas expertises. Na terceira fase (2015 e além), a BRF se tornaria uma multinacional de categoria mundial.

As oportunidades mercadológicas internas e externas contribuíram no crescimento da BRF. Diante do aumento da classe média e ascensão nas rendas no Brasil, previa-se um aumento de R$ 316 bilhões em 2009 e R$ 567 bilhões em 2015 em gastos e despesas domésticas. Os gastos com comida fora de casa já aumentaram 24,1% de 2002-2003 para 31,1% em 2008-2009. Isto é, uma visão muito positiva para o mercado alimentício. Segundo a projeção, até 2015 o consumo de aves deveria crescer 22% (para 9,8 milhões de toneladas), o de suínos 14% (2,9 milhões de toneladas) e o de bovinos 11% (para 8,4 milhões de toneladas). Em relação ao mercado externo, ao invés de simplesmente exportar commodities e bens de baixo valor agregado, a BRF pretendia estabelecer operações locais de produção, distribuição e marketing. Usaria o Brasil como fonte primária de matéria prima, mas também queria promover polos regionais de suprimentos. A Brasil Foods estava preparada estrategicamente para capitalizar nos mercados da África, Ásia, onde as perspectivas de crescimento eram enormes, favorecendo ainda mais o seu desenvolvimento e, consolidando a sua qualidade junto dos consumidores.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.1 Kb)   pdf (44.8 Kb)   docx (9.8 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com