Resenha - Livro Organização, Processos e Tomada de Decisão - CEDERJ

Organização e Reorganização

1. Introdução

“Organização, Processos e Tomada de Decisão” (2010), dos autores Altamiro Damian Préve, Gilberto de Oliveira Moritz e Maurício Fernandes Pereira, traz um conjunto de temas, os quais abordam sobre a organização e seu conceito mais amplo, seus ambientes micro e macro, suas estruturas, instrumentos de suporte às suas atividades, e ainda sobre a tomada de decisão e seus modelos.

1. Conceito de Organização

Os autores conceituam o termo organização como “um grupo de pessoas organizado em busca de um objetivo ou, ainda como sendo tudo o que nos cerca e nos oferece bens e serviços”. Daft (2002), citado pelos autores, conceitua organização como “entidades socialmente construídas e dirigidas por metas, desenhada como sistemas de atividades e ligadas ao ambiente externo”.

Portanto, entendemos que a organização produz bens e serviços para atender diferentes demandas de forma organizada e em constante construção, está desenhada estruturalmente em forma de gráficos e de concepções que nos permite uma leitura de suas representações (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

1. Organograma

De acordo com os autores, o organograma é usado para ordenar as unidades que se encontram na estrutura da organização demonstrando os níveis hierárquicos da mesma.

1. Tipologias

• Tipologia de base mecanicista: com característica de uma estrutura burocrática, a tipologia mecanicista possui alto cunho formal, divisão de trabalho, decisões centralizadas e hierarquia definida. Através de um planejamento bem definido, é possível alcançar os objetivos nesta tipologia.
• Tipologia orgânica: com característica de uma estrutura flexível, com pouca divisão do trabalho, decisões centralizadas, atuação em ambientes dinâmicos e ainda, maior adaptação às demandas e transferência de conhecimento. A tipologia orgânica é a mais utilizada nas organizações atualmente.

Uma organização pode ser estruturada com as duas tipologias, porém uma delas sempre é predominante.

1. Microambiente e Macroembiente

De acordo com Hall (1982), citado pelos autores, toda organização está estruturada em dois ambientes, o interno: microambiente refere-se as frequentes relações entre a organização e os consumidores, fornecedores, concorrentes e regulamentadores; e o externo: macroambiente refere-se ao suporte para as relações da organização com o meio econômico, social, institucional, ecológico e demográfico.

Nas palavras de Adizes (2004), “como podemos perceber, a organização é um organismo vivo que mantém dinamicidade, cultiva suas tipologias, enriquece a interação entre seus sistemas e subsistemas e tem como orientação seus objetivos e tudo que reside em torno deles” (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

1. Layout

Layout é “uma descrição física no plano horizontal e uma estrutura com suporte que reúne dados suficientes para uma relação com fluxos e com desenvolvimento de processos”. O layout integra diversos elementos atuantes e, diferentes atividades, organiza espaços físicos, auxilia o fluxo operacional e contribui na dinamização das atividades (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

Atualmente, a preferência está voltada por layouts abertos dinâmicos que integram os funcionários e suas unidades ou até mesmo suas áreas. O layout contribui desde a ergonomia dos móveis e equipamentos na racionalização de espaços, até nas cores que se encontram no ambiente da organização, as quais promovem efeitos psicológicos e ilusão física (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

1. Gestão de Processos

Método compreende o caminho percorrido para alcançar um objetivo. Já processo compreende a realização de uma operação segundo normas, técnicas, métodos e processos manuais ou mecânicos. De acordo com Oliveira (2006), citado pelos autores, processo é um conjunto de atividades estruturadas e sequenciais, ou seja, conjunto de atividades que possuem lógica com a finalidade de alcançar objetivos internos e externos da organização (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

Ainda de acordo com Oliveira, a finalidade desses objetivos podem apontar para duas direções, ou para o valor de uso (bem ou serviço que cumpriram seu papel para o qual foi produzido) ou para o valor de estima (desejo de posse, representando mais um bem do que um serviço) (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

Em uma visão funcional, podemos analisar uma cadeia de valores que vão desde a entrada até saída de um processo. Essa análise é possível através do fluxo, ou seja, uma leitura técnica de funcionalidade e de comunicação. Essa comunicação pode se tornar cada vez mais contributiva através do mapa de relacionamento organizacional, que segundo Hunt (apud VILLELA, 2000, p. 52) “ferramenta gerencial, analítica e de comunicação, que tem a intenção de ajudar a melhorar os processos existentes ou então implantar uma nova estrutura voltada para estes”, como, por exemplo, a tomada de decisão (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

1. Características de Processos

Harrington (1993), citado pelos autores, define processos quanto as características relativas à natureza como: alterações situacionais (fraca relação com o nível operacional), em movimentação de matérias (presença específica e marcante nos fluxos e layouts da organização), fluxo de atividades (mapa de relacionamento) (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

De acordo com à distinção e às características de processos de bens e serviços dada por Harrington, os autores dão importante para os aspectos de molecularidade da organização, ou seja, “os processos estão alinhados segundo uma demanda de mercado, então há uma estrutura molecular atuando para atender a um objetivo” (PRÉVE, MORITZ, PEREIRA, 2010).

...