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Resenha crítica custo de capital

Por:   •  30/4/2015  •  Artigo  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  1.537 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA: CUSTO, ESTRUTURA DE CAPITAL E DECISÕS DE INVESTIMENTO EM CONDIÇÕES DE INFLAÇÃO.

Adir Gomes júnior

Gláucia Cardoso do Santos

Osana Camila Rodrigues

Thiago Santos

  1. INTRODUÇÃO

        

        A estrutura de capital de uma empresa refere-se a sua composição e investimentos, com recursos provenientes do capital próprio (patrimônio liquido) e capital de terceiros (exigível).

        Para realizar estes investimentos, o empresário pode decidir se entre utilizar uma pequena ou grande quantidade de capital de terceiros, podendo emitir a uma série de títulos, como o Debênture ou ações.

        Com isso a empresa pode alavancar seus investimentos, sem depender tanto do capital próprio e passando a depender mais do capital de terceiros em grande ou menor parte.

        A teoria convencional trata de como as alterações de capital influenciam no grau de endividamento da empresa, o que representariam um custo de capital total que maximizaria os investimentos da empresa.

        Foi somente a partir da década de 50 que, alguns teóricos questionaram este custo de capital, para muito deles o custo de capital, depende muito menos da estrutura e mais do risco que os investidores incorrem em financiar alguns investimentos.

        De acordo com este novo pensamento, ao se deparar com duas empresas com mesmas estruturas, o investidor levará em conta o risco de retorno exigível de capital como fator importante na decisão de onde investir.

        Neste sentido, a resenha se fundamentará em duas seções: a primeira buscará fundamentar os principais conceitos que envolvem as teoria convencional da administração financeira e a visão da mesma sobre o custo do capital, a segunda seção apresentará um apanhado da visão crítica de Modigliani e Miller, principais visões opositoras da visão convencional.

  1. DESENVOLVIMENTO
  1. A teoria convencional da administração financeira

A teoria convencional é um método que procura estabelecer relação com o grau de endividamento de uma empresa com a o seu valor, ou seja, procura demonstrar a relação entre as variações do custo de capital com as alterações em sua estrutura financeira (capital próprio e custo de capital de terceiros) de modo a maximizar o valor total da empresa.

Em um modelo econômico perfeito, pressupõe-se a ausência de impostos e outros custos de transações, onde há a acesso irrestrito a credito e não há taxa diferenciada de juros. Neste cenário é normal que as empresas invistam em ações que tenham o melhor taxa de retorno.

Valendo-se desse pressuposto a teoria tradicional propõe uma estrutura ótima de financiamento que considera:

  • A empresa pode se endividar até que um ponto em que seu valor total é máximo
  • Neste ponto o custo de capital é mínimo
  • A medida de que o endividamento aumenta, o custo do capital próprio e o custo de terceiros tendem a se elevar em função do risco de insolvência.
  • O custo de capital aumenta a partir do nível zero de endividamento.

O custo de capital engloba muito mais do que apenas o valor do endividamento, dentre outros fatores que agregam na somatória do custo está o risco que é a incerteza de retorno, ao agregar o custo de capital de terceiros a empresa está pagando pelo risco de que o investidor está sujeito.

As fontes para buscar estes recursos estão nas ações e nos debentures, ao vender às ações a empresa está captando recursos para diminuir o grau de endividamento.

Este enfoque traz pressupostos implícitos, dentre eles, que se o investimento total da empresa for aumentado constantemente, mantendo a relação risco-retorno, mantendo tudo o mais constante e com uma grande oferta de capital externo, a razão de investimentos totais será independente do capital próprio e havendo este racionamento do capital externo, o capital próprio será crescente em função do volume de financiamentos que se pode obter, em outras palavras, a teoria convencional aponta que o padrão de financiamento afeta o nível de investimento.

  1. Teoria de Modigliani – Miller

Mesmo levando em conta que a teoria é apenas uma orientação de mercado e não uma representação fidedigna de um cenário que tem que lidar com inúmeras variáveis que afetam este custo de capital, a teoria foi amplamente questionada por Modligliani e Miller que desenvolveram uma teoria baseada em duas proposições, inicialmente em um modelo hipotético sem impostos, demonstrou-se que a escolha da política de financiamento feita por uma empresa não pode afetar o seu valor de mercado, desde que se mantenha a sua distribuição de fluxo de caixa, o que provaria que não existe esta estrutura ótima de mercado, proposta pela teoria convencional, os autores ainda afirmaram que na escolha de investimento em duas empresas similares não devem depender do padrão de financiamento e nem do nível de investimento e sim da incerteza que a empresa incorre de não retorno do que foi acordado ao tomar a decisão de investimento, portanto para os autores, esta é que deve ser avaliada, dentro de um cenário econômico não perfeito.

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