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Resenha de Artigos Responsabilidade Socioambiental das Organizações

Por:   •  19/7/2021  •  Artigo  •  1.913 Palavras (8 Páginas)  •  83 Visualizações

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Aluno: Bernardo Mendes Miura

Disciplina: Responsabilidade Socioambiental das Organizações

Professor: Francisco Vidal Barbosa (fvberlim35@gmail.com)

ARTIGO: A Sustentabilidade como Ferramenta Estratégica Empresarial: Governança Corporativa e Aplicação do Triple Bottom Line na Masisa

Um dos pontos de ideia que o artigo nos traz é a questão de que a sustentabilidade na empresa indica que, para alcançar um bom desempenho econômico, elas devem adotar uma estratégia que contemple o conceito triple bottom line, segundo o qual, as empresas devem prestar contas de sua performance nas áreas econômica, ambiental e social. O grande diferencial já não é mais a qualidade, mas sim a postura ética e o comprometimento da empresa com seus acionistas, com a comunidade onde atua, com o meio ambiente e com a sociedade. A estabilidade da empresa, sua imagem perante o público e sua capacidade de satisfazer os seus clientes passam a ocupar papel de destaque. No artigo são abordadas algumas concepções de diversos autores e instituições como: Coimbra; Alves; Ferreira; IBGC - Instituto Brasileiro Governança Corporativa; Donaire; Sachs; dentre outros.

        Nos primeiros parágrafos é possível perceber como os autores mostram que o papel da empresa não se limita apenas produção de bens ou à prestação de serviços em condições eficientes, assim como não se limita à maximização do lucro para os acionistas, mas também na geração de riqueza em um sentido mais amplo. Dessa maneira, pode-se entender que a geração de riqueza pela empresa além da maximização do lucro, em benefício para os acionistas ou credores, da geração e em manutenção de empregos e do desenvolvimento de infraestrutura de pesquisa, desenvolvimento e comunicações. Ela passa a incorporar, também, a preservação dos recursos naturais não renováveis, a promoção de direitos fundamentais do trabalhador e a proteção dos interesses do consumidor.

        Durante a leitura do artigo vai se tornando mais evidente a conexão entre governança corporativa e sustentabilidade quando se observa os quatro princípios que norteiam as boas práticas de governança: transparência, prestação de contas, equidade, e responsabilidade corporativa. Dentro desses quatro pilares que o IBGC acredita que com boas práticas de governança corporativa uma companhia consegue ter credibilidade, atrair capital e se diferenciar no mercado.

        Ainda na linha de estudo da mudança de postura das empresas, Prahalad Rangaswami pontua que na atualidade, os consumidores estão valorizando mais as questões ambientais, e as empresas estão compreendendo que promover a preservação do meio ambiente não é apenas uma questão de cumprimento das obrigações com os órgãos ambientais, mas, que a questão ambiental no mundo empresarial está se tornando um fator de sobrevivência organizacional e de competitividade da empresa. Quando se trata de estratégias pró-ativas, o meio ambiente é encarado como elemento de competitividade extra custos. Dentre os principais fatores condicionantes da necessidade de engajamento das empresas em relação à nova economia, destacam-se a continuidade de sua própria existência no mercado nacional e internacional, a obtenção de vantagem competitiva frente a seus concorrentes, e a melhoria de sua imagem, os quais podem ser alcançados se a empresa atuar como uma organização que respeita o meio ambiente. Assim, as empresas precisam expandir seu pensamento estratégico seja para a conquista de uma boa imagem corporativa, seja pela própria sobrevivência, é o que vinca a CNI.

        Na abordagem sobre a Governança Corporativa e a Sustentabilidade, Andrade e Rossetti apresentaram quatro classificações de definições: Governança Corporativa como sistema de relação entre a direção das empresas, seus conselhos de administração, acionistas e as partes interessadas; Governança Corporativa que trata do conjunto de leis e regulamentações; Governança Corporativa como estrutura de poder, que diz respeito aos mecanismos pelos quais as corporações são dirigidas e controladas; Governança Corporativa como sistema normativo, a qual se refere à padrões de comportamento que conduzem à eficiência, ao crescimento dos negócios e ao tratamento a acionistas.

        Durante o artigo também pode-se notar que a Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (Organisation for Economic Co-operation and Development - OECD), tem trabalhado no sentido de promover práticas de GC em todo o mundo. No ano de 1999, a OECD divulgou uma lista de princípios básicos The OECD Principles of Corporate Governance. Os Princípios de Governança Corporativa da OECD se tornaram referencias internacionais e hoje são utilizados ativamente pelos governos, órgãos reguladores, investidores, empresas e stakeholders, tanto nos países membros quanto nos países não membros da OECD. Na América Latina, apenas quatro países adotaram os princípios da OECD: Argentina, Brasil, Chile e México. No Brasil, as principais iniciativas dirigidas à GC são os incentivos oferecidos pelo IBGC. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem programas que valorizam a adoção de boas práticas de GC como requisito preferencial para a concessão de créditos.

Os incentivos criados pela Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA,) que deram origem ao Novo

Mercado4 e aos Níveis Diferenciados de GC (Nível 1 e Nível 2), os quais são segmentos de listagem, voltados às companhias que adotam boas práticas de GC. No Chile, o quadro jurídico para a governança corporativa está na Lei de Opas (19.705), Ley de Oferta pública de Adquisición de Acciones y Gobierno Corporativo, do ano 2000, que deu início a uma nova regulação financeira, e conta com altos padrões de governo corporativo para recuperar a confiança dos investidores e potenciar o desenvolvimento do mercado de capitais, além de fechar casos controvertidos, como o caso “Chispas”.

Durante o tema: A Sustentabilidade como Ferramenta Estratégica Empresarial, os autores escreveram que a sustentabilidade corporativa tem ganhado cada vez mais de vantagem competitiva, sendo hoje encarada não como uma iniciativa ambiental, e sim como uma estratégia empresarial que gera valor a partir da busca de melhores resultados sociais e ambientais. As empresas estão procurando inserir o tripé da sustentabilidade na estratégia e gestão de seus negócios, assim surgindo novos modelos de negócios que visam ao equilíbrio entre o capital natural e o humano como desenvolvimento inclusivo com tecnologias limpas. As empresas vêm realizando esforços para reduzir os impactos sociais e ambientais, através de adaptação de seus produtos, processos e estruturas organizacionais, tendo em conta as atitudes dos diferentes atores para realizar negócios por meio de atividades que respeitem o meio ambiente.

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