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Resumo do Livro Jogo Interno o Tênis

Por:   •  2/1/2019  •  Resenha  •  1.995 Palavras (8 Páginas)  •  261 Visualizações

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GALLWEY, Timothy W. The Inner Game of Tennis: The Classical Guide to the Mental Side of Peak Performance. New York: Random House Trade Paperbacks, 2008.

O livro é um guia voltado para jogadores de tênis que pode ser aplicado usando as devidas adaptações a qualquer área da vida para trabalhar aspectos psicológicos na realização de atividades. O autor analisa o desempenho do jogador enfocando a atuação interna - o jogo mental, como fator preponderante para um bom resultado físico.

A obra é composta por dez capítulos: 1 – Reflections on the mental side of tennis (Reflexões sobre o lado mental do tênis), 2 – The Discovery of the two selves (A descoberta dos dois EUS), 3 – Quieting Self 1 (Acalmando o EU 1), 4 – Trusting Self 2 (Confiando no EU 2), 5 – Discovering Technique (Descobrindo a técnica), 6 – Changing habits (Mudando os hábitos), 7 – Concentration: learning to focus (Concentração: aprendendo a focar), 8 – Games people play on the court (Jogar na quadra com platéia), 9 – The meaning of competition (O significado da concorrência) e 10 – The inner game off the court (O jogo interno fora das quadras).

Desde a introdução o autor explica que os jogos se dividem em duas partes: um jogo exterior, contra obstáculos externos; e o jogo interior, que ocorre na mente do jogador contra vários obstáculos, como a falta de concentração, o nervosismo, a ausência de confiança em si mesmo, a autocondenação, fatores que trazem muitas vezes efeitos negativos.

Gallwey em Reflections on the mental side of tennis (Reflexões sobre o lado mental do tênis) lista as queixas mais comuns dos jogadores: não é que não saibam o que fazer, é que não fazem o que sabem; são muito melhores nos treinos do que nos jogos; sabem exatamente o que fazem de errado, mas não sabem corrigir esses erros; concentram-se demais em certos aspectos e esquecem outros; ficam nervosos na partida e perdem a concentração; são seus piores inimigos.

Nesse mesmo capítulo, ele analisa sua prática como professor e percebe que falar os defeitos dos alunos não ajuda na resolução dos problemas porque eles ficam pensando em todos ao mesmo tempo, demorando demais para resolvê-los. Pensando nisso, tenta ensinar com poucas palavras, demonstrando várias vezes para depois o aluno tentar, deixando o visual falar mais alto que o verbal. Conseguiu bastante êxito com esse método porque remete ao estado quando o jogador está muito bem no jogo, porque ele não pensa em todos os movimentos que precisa fazer para ter o efeito esperado, simplesmente ele pensa no efeito e faz - é um consciente inconsciente. É esse o estado de controle do jogo interno que é explorado nesse livro.

No capítulo “The discovery of the two selfs”, ele explica sobre os dois “EUS”. Da observação dele e de seus alunos ele percebe que todos nós falamos com nós mesmos por meio de comandos, correções, repreensões e elogios. É daí que ele tira o EU 1 - o que comanda e avalia os resultados e o EU 2 - o executante das ações. E da qualidade da interação desses dois EUS vem conseqüências boas ou más. O raciocínio é o seguinte: na maioria das vezes o EU 1 é muito rígido, não aceita erros, e não confia no EU 2; então quando ele dá uma ordem, o EU 2 executa e no mesmo momento ele avalia, se teve algum erro ele condena o EU 2, e não assume nenhuma relação com o fato, quando na verdade, segundo Gallwey, não é que o EU 2 não saiba fazer o ordenado, mas o EU 1 na rigidez para acertar, causa tensão, fazendo com que o corpo utilize músculos excessivos que terminam em erros.  

Para desenvolver uma relação equilibrada entre EU 1 e EU 2, o autor lista algumas competências: aprender a instruir o EU 2 com imagens em vez de palavras; aprender a ter autoconfiança (no EU 2) para fazer o que o EU 1 pede; aprender a ver sem julgamento, é melhor do que treinar muito; essas habilidades são auxiliadas pela concentração.

Em “Quieting self 1” e “Trusting self 2”, ele analisa as atitudes do EU 1 e de como ele interfere no processo natural do EU 2 e tenta invalidar essa interferência. Citando D.T. Suzuki, afirma que “man is a thinking reed but his great works are done when he is not calculating and thinking. “Childlikeness”has to be restored.”[1] A conclusão é que nós temos que aquietar a mente, parar de calcular, pensar, julgar, preocupar, temer, esperar, lamentar, controlar. E ele recomenda: para conseguir é só parar! Tente permanecer sem pensar por pouco tempo e gradativamente ir aumentando esse tempo. Esse processo é essencial para trazer confiança ao EU 2. Isto porque ao criticarmos nossas ações como boas ou más, estamos muitas vezes ignorando os estágios naturais do aprendizado. Cada fase tem seus “erros” comuns que serão superados com o tempo. Não podemos queimar etapas, todas elas são importantes na construção de qualquer conhecimento e os “erros” estão inclusos nelas. Aceitar cada uma delas sem julgamentos traz relaxamento e facilita na melhora do desempenho.

O capítulo 5 descreve as técnicas particulares do jogo de tênis. O 6º sintetiza o caminho para as mudanças de comportamento. A respeito disso, Gallwey afirma que sejam externo ou interno, os padrões que construímos ao longo de nossa vida existem porque tem uma função. A mente é objetiva, só guarda aquilo que terá finalidade. Então para mudar um hábito com eficácia precisamos encontrar uma reposição adequada para ele.  E o autor volta novamente à comparação com as crianças: “A child doesn’t have to break the habito of crawling, because he doesn’t think he hás a habit. He simply leaves it as he finds walking an easier way to get around.” [2] (Gallwey, 2008, pág. 74)

A seguir um resumo do comparativo exposto no livro:

Método tradicional de aprendizagem

A aprendizagem do jogo interno

1. Criticar e julgar o comportamento;

1. Observar o comportamento sem julgamentos;

2. Informar as mudanças e instruir-se com comandos falados repetitivos;

2. Imaginar o resultado desejado;

3. Ser rígido consigo mesmo;

3. Confiar no EU 2;

4. Criticar os resultados e criar um ciclo vicioso do EU 1.

4. Observar imparcialmente as mudanças e resultados.

Conseguindo resultados satisfatórios no jogo interno, o treino não termina aí, segundo Timothy, a conseqüência do controle do EU 1 e permissão do EU 2, causa uma sensação de relaxamento. E a empolgação em aprender esse novo hábito, faz o jogador muitas vezes pensar que é só mandar o corpo relaxar e ele conseguirá o mesmo aproveitamento, mas ao “mandar”, a mente imediatamente permite a volta do controle do EU 1 sobre o EU 2 e conseqüentemente o corpo não relaxa: But of course the instant I try to make myself relax, true relation vanishes, and in its lace is a strange phenomenon called “trying to relax”.“Relaxation happens only when allowed, not as a result of “trying” or “ making””[3] É preciso ter cuidado para não acontecer esse resultado.

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