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Resumo do livro vida de consumo

Por:   •  4/5/2015  •  Resenha  •  539 Palavras (3 Páginas)  •  1.007 Visualizações

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Para o autor, as próprias pessoas se transformaram em mercadorias no intuito de serem aceitas no espaço social por meio das relações humanas e, assim, garantirem sua visibilidade numa sociedade onde, cada vez mais, tudo se torna efêmero. Diante de uma sociedade de consumo excessivo, a necessidade de mobilidade e visibilidade é cada vez maior, deflagrando uma constante reformulação das identidades como formas de assegurar os princípios de inclusão/exclusão elaborados pelo mercado.

 Na visão de Bauman, não existe um não-consumidor, mas sim um consumidor falho aquele que  não ver necessidade de manter-se nos padrões da moda.

É nesse sentido que as estratégias de pertencimento empreendidas por esses

sujeitos são cada vez mais ancoradas em uma intensa produção de notoriedade sobre si como lugar de significação. O que convém é se tornar vendável, portanto, visível, capaz de dar sustentação às intrigas que formulam a vida consumista.

Para ele consumismo designa estilo de vida que fixa padrões de relações “inter-humanas”, enquanto o consumo é um ato vital para a natureza humana, sempre presente nas sociedades. Assim, o consumismo não é algo natural, mas determinado por instituições que o desenvolveram até chegar ao nível em que se encontra atualmente e, se na sociedade de produtores o trabalho tornou-se alienado, na sociedade de consumidores o consumismo recebe esta classificação. O consumismo associa felicidade à satisfação de necessidades criadas pelo sistema capitalista, em volume e intensidades crescentes, levando ao surgimento de um ambiente “líquido ”.

O consumo “líquido” não serve mais para ao atendimento de necessidades e sim de desejos. E é por via destes desejos que os indivíduos contemporâneos estariam sendo “forçados” a tentar produzir algum sentimento de ordem e estabilidade a partir da total falta de solidez ao seu redor. Neste contexto, todo e qualquer indivíduo se torna ao mesmo tempo mercadoria e “marqueteiro”, produto e vendedor. Ambos habitam o mesmo espaço, aquele do mercado. Isto se dá não por escolha própria, mas porque toda e qualquer pessoa sabe que precisa promover a si mesma como um produto desejável e atraente ao consumo de outrem, pois só assim receberá a atenção que almeja, seja de possíveis empregadores, seja de potenciais interesses amorosos, seja de qualquer outra relação social. Quer dizer, se não se comodificarem, as pessoas não conseguirão, nesta sociedade, construir relações sociais significativas e consistentes. Assim, é só pela auto-mercantilização que o indivíduo moderno conseguirá alcançar os graus de aprovação social e inclusão que desesperadamente busca, não mais como pessoa, mas como consumidor-mercadoria, esta relação existe, onde o primeiro depende do segundo, oferecendo uma espécie de segurança ao sujeito. Relaciona isso com a contemporaneidade que ele designa como sociedade líquida, ou seja, efêmera, favorecendo ao processo cíclico do consumo. Esta relação é devida a correlação existente entre a questão consumista e a produtivista, negando a satisfação pelo uso do comum e do duradouro. Assim surge a moda, descartável e passageira, mas sempre a serviço do ciclo do capital. Por isso a satisfação do consumidor nunca será completa, pois o consumo depende desta negação e do não atendimento de suas necessidades. No consumismo o tempo da mercadoria e sua duração são condições para a manutenção das economias das empresas, tornando o tempo volátil, inclusive sendo favorecido pela virtualidade como modo de vida e engajamento político.

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