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SOCIEDADE DE CONSUMO, DESIGUALDADE SOCIAL E O PAPEL DAS EMPRESAS.

Por:   •  4/9/2019  •  Resenha  •  877 Palavras (4 Páginas)  •  247 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA

JOSÉ GENILSON IDELFONSO DA COSTA

SOCIEDADE DE CONSUMO, DESIGUALDADE SOCIAL E O PAPEL DAS EMPRESAS.

GUARABIRA/PB

2019

SOCIEDADE DE CONSUMO, DESIGUALDADE SOCIAL E O PAPEL DAS EMPRESAS.

O documentário “Obsolescência Programada - The Light bulb Conspiracy”, apresenta uma prática utilizada pelas organizações da atualidade a “Obsolescência Programada”. Segundo Bauman (2008) esse tipo de prática não apenas faz alterações na produção dos objetos, mas modifica o ‘modo de consumir’ da população, tendo como uma característica disso a geração exorbitante de lixo.

Ainda de acordo com as palavras do autor supracitado o homem passou por varias transformações ao longo do tempo, ele passou de produtor para consumidor, rapidamente ele passa de consumidor para ‘consumista’. Essa mudança demonstra que o homem passou a consumir não mais de acordo com suas necessidades, mas de certo modo de acordo com sua vontade. Diante desse fato surge a “Síndrome Consumista” que está diretamente ligada a “velocidade” com que os objetos ficam obsoletos, o “excesso” da produção, e ainda um grande “desperdício” de produtos (BAUMAN, 2008, p. 112).

A prática da Obsolescência Programada está ligada diretamente ao sistema capitalista atual que dentre suas estratégias está o estimulo ao consumo em massa para se manter um crescimento constante, tudo isso usando a publicidade como mecanismo para alcançar a todos, diante disso Padilha (2016, p. 46-47) afirma que:

O capitalismo precisou desenvolver o que chamamos de “sociedade de consumo”, em que as necessidades e os desejos são costurados numa trama confusa e complexa. [...] juntos, publicidade e obsolescência programada são combustíveis essenciais para manter funcionando o ciclo de produção consumo mais produção mais consumo de nossa atual sociedade capitalista (PADILHA, 2016, p. 46-47).

Portanto, quando falamos de obsolescência programada, logo nos deparamos com o termo ‘sociedade de consumo’ que está ligado de forma direta ao fato de as organizações atuais buscarem o ‘lucro’ a qualquer custo, não levando em consideração as consequências que essa busca incessante ocasiona ao planeta.

O documentário “Ilhas das Flores” produzido por Jorge Furtado retrata de forma crítica e até de certo modo irônica, como ocorre a relação entre os seguintes temas: produção, trabalho e consumo. Tendo como base a produção de tomate Jorge Furtado faz uma profunda critica reflexiva acerca dos meios empregados na produção do tomate, e ainda o ponto principal do documentário que é a crítica ao sistema capitalista de produção, às relações financeiras que geram acumulo de riquezas nas mãos de poucos aumentando as desigualdades sociais, a pobreza e muitas outras mazelas da população mais carente. Medeiros et al (2012, p. 4) falando acerca do documentário Ilha das Flores destacam que:

A linguagem usada pelo filme para falar do processo da geração de riquezas e das exclusões sociais é a utilização de um vocabulário científico que busca explicitar que a nossa racionalidade, nossas conquistas científicas e tecnológicas não foram suficientes para impedirem a existência de situações de extrema degradação da dignidade humana, onde a diferença entre porcos e os seres humanos pobres é que os porcos são quadrupedes, têm dono e podem alimentar-se primeiro. Ilha das Flores é um filme que nos mostra que desenvolvimento econômico e tecnológico não é necessariamente desenvolvimento humano e que nossa realidade socioeconômica antes de tudo deve ser problematizada (MEDEIROS et al, 2012, p. 4).

No modelo de sociedade baseado no sistema capitalista o capital se detém no poder de poucos indivíduos, onde estes detêm o domínio dos meios de produção e da terra, o resto dos indivíduos que não dispõe do capital – a grande maioria – vende sua força de trabalho em troca de uma remuneração. Pela ótica socialista (Karl Marx) o modelo socioeconômico capitalista gera desigualdades sociais e consequentemente fere a dignidade da pessoa humana, no documentário pudemos perceber essa consequência de desigualdades sociais acentuadas no momento em que os habitantes da Ilha das Flores são submetidos a consumirem alimentos que não são apropriados para os porcos se alimentarem, ao se depararmos com isso podemos perceber como muitos grupos de pessoas são excluídos e negligenciados, ficando à margem da sociedade onde não dispõem de direitos básicos como: “[...] ao trabalho, à educação, à saúde, à moradia e à alimentação dentre outros direitos da pessoa humana” (ESCARIÃO, 2009. P. 44).

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