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TEXTO CONTEMPORANEO

Por:   •  7/1/2016  •  Resenha  •  292 Palavras (2 Páginas)  •  581 Visualizações

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         José Murilo de Carvalho nos mostra que quando de nossa independência, o Brasil herdara de Portugal não apenas um território imenso, a língua, a cultura e religião, mas também uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia monocultura e latifundiária e um Estado absolutista.

Não havia no país cidadãos brasileiros e sim povos europeus, colonizadores por exploração; indígenas, que eram catequizados, escravizados ou exterminados; e escravos, trazidos brutalmente da África para servirem aos senhores de engenho nas lavouras, na pecuária e na mineração.

Embora em concentrações diferentes, havia escravos em todas as classes, lugares e atividades, inclusive urbanas, como nas tarefas domésticas.  A colonização brasileira foi um empreendimento do governo colonial aliado a particulares. Entretanto, escravidão e grande propriedade não constituíam ambiente favorável à formação de futuros cidadãos. Mulheres, índios e escravos não eram cidadãos, estavam todos à mercê da jurisdição privada dos senhores. Aos senhores, “homens bons”, faltavam-lhes o próprio sentido de cidadania, a noção de igualdade de todos perante a lei. A justiça, principal garantia dos direitos civis, tornava-se simples instrumento do poder pessoal.

Outra característica que dificultava o desenvolvimento da cidadania era o descaso pela educação primária. No início era feita pelos jesuítas, depois pelo governo, mas de maneira inadequada, pois não era do interesse da administração colonial ou dos senhores difundir essa arma cívica. Na educação superior, o autor afirma que Portugal nunca permitiu a criação de universidade em sua colônia. Assim, se os brasileiros que quisessem se formar tinham que viajar à Coimbra.

Em suma, não havia república no Brasil, isto é, não havia sociedade política. Os direitos civis beneficiavam a poucos, os direitos políticos a pouquíssimos e dos direitos sociais ainda não se falavam, pois a assistência social estava a cargo da igreja e de particulares.

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