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TRANSPORTE AÉREO IN: QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NOS TRANSPORTES

Por:   •  5/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.062 Palavras (17 Páginas)  •  392 Visualizações

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TRANSPORTE AÉREO

IN: QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NOS TRANSPORTES

Org. Vário autores. CENGAGE LEARNING

Como qualquer outro sistema de transportes, seja de cargas ou passageiros, o transporte

aéreo tem PR finalidade unir mercados produtores e consumidores. Esta observação é

importante por que durante décadas ele se revestiu de certo glamour, que fez com que a

maioria das empresas o encareça como um fim em si mesmo. Por um longo período não

houve atividade comercial mais elitista que a aviação comercial, o próprio ato de viajar ou

trabalhar nela já conferia status às pessoas.

Como o sentido empresarial ficava em segundo plano, as empresas eram pouco lucrativas

ou mesmo deficitárias. Transmitiam ao público a imagem de um setor de difícil gestão, com

baixa lucratividade. Buscavam a proteção dos poderes competentes, pediam monopólios e

organizavam-se em cartéis abençoados pelas autoridades que deveriam combatê-los.

Um grande número de empresas era estatal, sempre deficitárias e subsidiadas por

contribuintes que jamais entrariam em um avião, talvez nem mesmo em um aeroporto.

A concorrência inexistia, o mercado era harmonicamente fracionado para que não houvesse

competição. Não havia estímulo para atrair passageiros, a receita total era otimizada com

poucos compradores e tarifas elevadas. Não havia motivação para diminuir tarifas e com

isso atrair mais usuários.

Havia claramente a imagem da inviabilidade do negócio, sendo a aviação comercial um mal

necessário. Outra imagem vendida era a de necessidade estratégica, como uma espécie de

reserva para conflitos bélicos, o que denotava a necessidade de proteção deste segmento

pelas autoridades. Durante décadas, nenhuma empresa se preocupou com aumento de

produtividade, organização de malhas, redução do número de empregados, aumento do

número de lojas (canais de venda). Afinal, os poderes concedentes sempre aceitavam os

argumentos sobre a dificuldade de manter o equilíbrio financeiro e econômico das

empresas, e permitiam aumentos de tarifas ou então concediam subsídios.

As relações de fiscalização tamnbém não eram transparentes, tampouco visavam proteger

os usuários de abusos, como a prática de over booking

Este era o quadro geral em quase todos os países, seja da América Latina, seja da Europa

ou da América do Norte. No entanto, em 1978 nos EUA foi aprovada uma legislação para a

aviação comercial chamada “The Airline Deregulation Act”. Seu principal objetivo era

estimular a competição entre as empresas, com as principais metas:

• Estimular a concorrência, evitar práticas concorrenciais desleais e manter o

atendimento a pequenas localidades;

• Focalizar as atenções do CAB (Civil Aeronautic Bord), órgão regulador nos

quesitos segurança de vôo e fiscalizador na manutenção de aeronaves;

• Aquisições, fusões, operações conjuntas deveriam ser aprovadas previamente pelo

CAB;

• Permitir a liberdade tarifária, fiscalizando a prática predatória;

• Facilitar a entrada de novas empresas no mercado, e em rotas já operadas;

• A partir de 1983 o CAB não interferia mais nas questões tarifárias, aquisições e

fusões. O CAB deveria ser extinto em 1985.

O impacto da lei foi altamente positivo para o mercado, como demosntra:  Entre 1979 e 1988 o número de cidades atendidas pelo transporte aéreo cresceu

20%;  No mesmo período o número de passageiros cresceu 40%;  Aumento na segurança: em 1970 houve 300 acidentes, e em 1987 esse número

baixou para 180;  Redução das tarifas em 21%;  Crescimento do número de novos passageiros em 25%;  Entre 1979 e 1983 foram criadas 49 novas companhias.

O mercado se reorganizou, e por incrível que pareça, as principais vítimas foram grandes

companhias que não estavam preparadas para enfrentar mercados competitivos. A maior e

mais emblemática empresa aérea do mundo, a Pan American Airways faliu em dezembro

de 1990, após mais de uma década de dificuldades pela sua incapacidade de se adaptar às

novas características do mercado. Em compensação, novas companhias surgiram e outras

cresceram. Os passageiros e as atividades mais dependentes da aviação, como o turismo e

os negócios em geral, ganharam novas opções de vôos e tarifas.

Ficou demonstrado que a mão pesada do estado reduz a competição, a criatividade

empresarial, e estabelece relações que não poderiam existir entre reguladores e regulados.

Quando a intervenção do Estado é retirada,a s novas empresas (sem os vícios anteriores)

crescem, e as velhas sofrem por não saber viver sem a proteção do poder público.

Após alguns anos, a liberalização chegou ao reino Unido, onde foram liberadas tarifas e

rotas, e a British Airways (principal companhia aérea) e os aeroportos foram privatizados.

No Canadá a liberalização

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