Tipos de Pesquisa Científica - Trabalho de Metodologia

EXERCÍCIOS DE PESQUISA

1. Quanto à técnica:

1. Pesquisa Bibliográfica

“A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta. ” (FONSECA, 2002, p. 32).

1. Pesquisa Documental

Segundo (GIL, 2008), a pesquisa documental é parecida com a pesquisa bibliográfica, mas se difere através da natureza de suas fontes. A pesquisa documental utiliza materiais que ainda não foram analisados de forma tão profunda, ou seja, ainda podem ser alterados, reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa. São alguns exemplos: documentos de sindicatos, igrejas, instituições, etc.

1. Observação

De acordo com (GIL, 2008) a observação é a interrogação direta às pessoas cujo comportamento deseja-se estudar. Inicialmente, deve-se reunir um grupo significativo de pessoas e solicitar informações relevantes ao estudo. Em seguida, após análise quantitativa, obtém-se conclusões a partir dos dados coletados. Quando todos os integrantes do objeto de pesquisa são consultados, há um censo.

“...utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e examinar fatos ou fenômenos” (Marconi & Lakatos, 1999 p. 90)

1. Entrevista

“Encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de um determinado assunto” (Marconi & Lakatos, 1999, p. 94). As entrevistas baseiam-se em algumas diretrizes: formulação de perguntas, registro das respostas e término da entrevista com as cordialidades necessárias. As vantagens desse tipo de pesquisa são muitas, uma vez que atendem a qualquer pessoa (alfabetizada ou não), há maior contato, então pode-se verificar as expressões dos entrevistados, etc. Porém, também é necessário destacar que ocupa-se muito tempo utilizando esse tipo de pesquisa, e muitas vezes pode haver interpretação errônea por algumas das partes.

1. Questionário

“Instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem ser respondidas por escrito” (Marconi & Lakatos, 1999 p.100). O questionário é uma ótima forma de pesquisa por economizar o tempo, atingir um grande volume de pessoas simultaneamente e obter muitos dados com maior exatidão e rapidez. Porém, alguns questionários retornam sem respostas, em branco e podem chegar atrasados, o que afeta o cronograma da pesquisa.

1. Quanto aos objetivos:

1. Exploratório

De acordo com (GIL, 2008), a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com a situação, isto é, tenta explicitá-la para estudá-la. Para atingir seu objetivo, é possível que tal pesquisa envolva entrevistas com pessoas experientes na área de atuação estudada.

1. Descritivo

A pesquisa descritiva, segundo (GIL, 2008) trata o problema através da caracterização do objeto de estudo, que no caso geralmente se remete a características de populações e fenômenos. Uma de suas singularidades é a técnica de coleta de dados padronizadas, como questionários e observação sistemática. São exemplos pesquisas referentes à idade, à procedência e pesquisas eleitorais.

A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987). São exemplos de pesquisa descritiva: estudos de caso, análise documental, pesquisa ex-post-facto.

1. Explicativo/Avaliativo

De acordo com (GIL, 2008), a pesquisa explicativa tem como principal objetivo identificar o que leva ou acrescenta à decorrência dos fenômenos. A pesquisa explicativa é a que mais se aprofunda no conhecimento da realidade, pois explica a razão e o motivo das coisas. Por causa disso, torna-se o tipo de pesquisa mais delicado e complexo.

1. Quanto à natureza:

1. Quantitativa

        “Os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc.” (FONSECA, 2002, p. 20)

1. Qualitativa

Para (MINAYO, 2001) a pesquisa qualitativa “trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos, e nos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”. Aplicada inicialmente em estudos de Antropologia e Sociologia, como contraponto à pesquisa quantitativa dominante, tem vindo a alagar o seu campo de atuação a áreas como a Psicologia e a Educação. A pesquisa qualitativa é criticada pelo seu empirismo, subjetividade e o envolvimento emocional do pesquisador. ”

1. Quanto à abordagem:

1. Teórica

“A característica principal da pesquisa teórica é a utilização de documentos e material bibliográfico suficientes para responder o problema. Como não há comprovação empírica, a investigação bibliográfica deve ser rigorosa e aprofundada, com o objetivo de excluir as dúvidas existentes sobre o determinado tema. Note-se que o fato de não possuir experimentos não significa que o seu resultado não tenha implicações práticas, mas ao contrário: uma pesquisa teórica pode gerar consequências empíricas, ocasionando grandes transformações sociais.” (BONAT, 2009, p.15)