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A Justiça Social e a Cidade

Por:   •  2/9/2018  •  Resenha  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  250 Visualizações

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Nos primeiros textos o autor aborda acerca do pensamento normativo que tem importante papel a desempenhar na análise geográfica. E nos define que justiça social é um conceito normativo, mas estas considerações não têm sido incorporadas em métodos geográficos.

De tal modo que os instrumentos normativos, caracteristicamente usados pelos geógrafos para examinar problemas de localização, são oriundos da teoria clássica da localização. Onde tais teorias definem um padrão ótimo de localização, como aquele no qual nenhum indivíduo pode mover-se sem que as vantagens ganhas de tal mobilidade sejam contabilizadas por alguma perda para o indivíduo.

Logo esta teoria tem implicância significante no critério de eficácia para sua especificação. Onde a eficácia neste contexto de teoria da localização ela importa, usualmente, em minimizar os custos de movimento agregados (sujeito a restrições de demanda e procura) dentro de um sistema espacial.

Daí que neste capítulo o autor procura pensar na possibilidade de construir uma teoria normativa de alocação espacial ou territorial, baseada em princípios de justiça social. O autor diz que será mais benéfico se a eficácia e a distribuição forem relacionadas, isto é, vistas juntas, pois se a curto-prazo, simplesmente olharmos para eficácia e ignoramos o custo social, então indivíduos ou grupos que sofrem o impacto desse usto, provavelmente serão fonte da ineficiência a longo prazo. O mesmo comentário é feito acerca do pensamento ingénuo que busca a justiça social. É negativo, a longo prazo, imaginar uma distribuição socialmente justa se o volume do produto a ser distribuído diminui consideravelmente através do uso ineficiente de recursos escassos.

Daí que a justiça social é bem limitado e deve ser pensado como um princípio para resolver direitos conflitivos.

Daí levantam-se duas questões para poder formular a variante geográfica:

O que estamos distribuindo?

Aqui o autor nos deixa sem resposta, mas diz que se estamos distribuindo é “renda”.

Entre quem ou que estamos distribuindo a renda

Há um consenso geral de que a última unidade com a qual deveríamos estar preocupados é a individualidade humana. Por conveniência. será muitas vezes necessário discutir a distribuição como ocorre entre grupos, organizações territórios etc.

Os geógrafos estão particularmente interessados na organização territorial ou região da sociedade e será conveniente trabalhar nesse nível de agregado.

(P. 81-83)

“Distribuição justa…é um problema ético ao que é que justifica que os indivíduos façam reivindicações a respeito do produto da sociedade em que vivem, trabalham e existem.” (pag84)

Muitos critérios têm sido sugeridos

  1. Desigualdade intrínseca;
  2. Valorização de serviços em termos de oferta e demanda;
  3. Necessidade;
  4. Direitos herdados;
  5. Mérito;
  6. Contribuição ao bem comum;
  7. Contribuição ao bem comum;
  8. Esforço e sacrifício.

Todos critérios acima citados requerem análise e interpretação muito mais detalhada. “A essência da justiça social engloba uma simples ordem de três desses critérios: necessidade, contribuição ao bem comum, e mérito.” (pag85)

O autor escolheu esses três critérios pois ele acha essencial enquadrar no aspecto geográfico para poder examinar como eles deveriam ser formulados no contexto de uma série de territórios e regiões pois para ele isso implica automaticamente na justiça individual.

“As necessidades não são constantes porque elas são categorias da consciência humana e desde que a sociedade se transforma a consciência da necessidade transforma-se também. O problema é definir em que a necessidade é relativa e entender como as necessidades surgem”.

Permanecendo estas completamente constantes no tempo; podemos enumerar nove delas.

  1. Alimento

  1. Habitação
  1. Cuidados médicos
  1. Educação
  1. Serviço social e ambiental
  1. Bens de consumo
  1. Oportunidade lazer
  1. Amenidades de vizinhança
  1. Facilidade de transporte

  1. A necessidade pode ser determinada por meio de demanda de mercado. Onde quer que as facilidades estejam operando bastante próximas da capacidade.
  2. A demanda latente onde os indivíduos estariam relativamente privados se:
  1. Não recebem um serviço
  2. Eles vêem outras pessoas recebendo-o
  3. Eles querem-no e
  4. Eles olham como possível de ser recebido
  1. A demanda potencial que pode ser avaliada por uma análise dos factores que geram espécies particulares de problemas de saúde (que podem ser relacionados a condições locais de ambiente).

O autor vê uma necessidade de fixar a justiça social primeiro estabelecendo uma definição de necessidade socialmente justa e um sistema de medida para resolução do caso. Que pode variar de categoria determinando através de determinação de necessidade de consumo através da análise convencional de oferta e demanda.

“Mérito em um conceito geográfico relaciona-se com o grau de dificuldade ambiental…Se uma facilidade é procurada, se ela contribui ao bem comum de algum modo então somente então justificar-se-ia uma alocação extra de recursos para sua satisfação”. (pag90)

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