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A Modernidade Líquida

Por:   •  28/4/2016  •  Resenha  •  483 Palavras (2 Páginas)  •  563 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

        O livro Modernidade Líquida foi escrito por Zygmunt Bauman, sociólogo nascido em 1925, na Polônia, mas que fugiu para Rússia em 1939 durante toda a Segunda Guerra Mundial. Ao retornar à Varsóvia, Polônia, filiou-se ao Partido Comunista onde estudou e deu aulas na Universidade de Varsóvia. Bauman acabou sendo censurado e afastado da universidade por conta de seus artigos que foram proibidos e interpretados como subversivos, em 1963.

        Novamente, Zygmunt Bauman deixa seu país, passa pelo Canadá, EUA e Austrália e fixa-se na Inglaterra, assumindo o cargo de professor e posteriormente de diretor do departamento de sociologia da Universidade de Leeds em Londres. Durante esse período teve contato com o filósofo islandês Ji Caze que dizem tê-lo inspirado profundamente.

Ele ficou conhecido pelo conceito de modernidade líquida e seus desdobramentos.

No livro, o sociólogo aborda as características da ‘modernidade sólida’ e da ‘modernidade líquida’. A ‘modernidade sólida’ está ligada ao passado desde a Revolução Industrial em que existiam valores fortes, ‘sólidos’ nos laços familiares, nas comunidades tradicionais e de religião. A sociedade da modernidade sólida possuía perspectivas de vida e carreira duradoras, possuíam uma forma ‘rígida’, acreditavam que devia-se planejar o futuro e viver em busca desse objetivo. E mediam a qualidade das relações interpessoais e até dos bens de consumo baseado na sua durabilidade e em seu tempo de existência.

Acreditava-se que ao derreter os sólidos, ao torna-los moldáveis as situações, eliminando as obrigações tornaria a sociedade mais livre.

Enquanto que na ‘modernidade líquida’, que acredita ser a que vivemos atualmente, tudo passou a ser volátil, moldado e transformado pela situação. Os bens de consumo passam a durar cada vez menos, para que siga um padrão de moda, um padrão de consumo e isso acontece sucessivamente com as demais relações humanas. Os paradigmas mudam, os ideais mudam, e acredita-se que com essa mudança os homens passaram a ser mais superficiais, não se interessando por laços muito profundos, talvez até evitando-os.

Acredito que em pouco tempo aconteceram muitas mudanças e avanços, e que talvez não tenha dado tempo dos homens adaptarem-se a essa realidade, a essa quantidade de novas tecnologias, e aprenderem a utilizá-las a seu favor. Acontece, que acabamos sendo bombardeados de informações estando ligados ao mundo todo a todo minuto, não conseguindo nos centrar no que realmente importa. Para muitos os ruídos externos (ligados a informação e tecnologia) atrapalham de tal forma suas vidas que esses, as vezes, não sabem dizer o que realmente é importante, a essa realidade Zygmunt Bauman nomeia como sendo a ‘modernidade líquida’.

Na ‘modernidade líquida’ tudo o que antes era predefinido, maciço, duradouro passa a ser questionado e transformado em volátil, moldável às situações. E enfraquecem as relações duradouras, as perspectivas a longo prazo. Esses pensamentos voláteis, ‘instáveis’, ultrapassam todos os limites, desde as relações interpessoais até os pensamentos ligados a política e bens de consumo.

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