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A Razão Pela Qual as Pessoas Odiaram a Arquitetura Moderna

Por:   •  23/11/2022  •  Ensaio  •  674 Palavras (3 Páginas)  •  127 Visualizações

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A razão pela qual as pessoas odiaram a Arquitetura Moderna.

O após a revolução industrial e quase contiguamente a primeira grande guerra, no início do século XX, surgiu no mundo o movimento modernista. Impulsionado pelo cenário atual de transformações históricas e políticas, o modernismo buscava inovação rompendo com o tradicionalismo, este movimento transformou a maneira de fazer arte e literatura e resinificou a arquitetura, o design, a escultura, o teatro e a música. O modernismo expressava a necessidade da adaptação das produções artísticas a nova sociedade, transformada pelos acontecimentos da época.  Era um novíssimo mundo e necessitava, portanto, um novíssimo estilo.

A Arquitetura Moderna seguiu os mesmos princípios de originalidade e vanguarda rejeitando qualquer caráter tradicional, apresentou o uso de novas soluções materiais e elementos de construção, parecia que tudo era produzido de aço, vidro e concreto reforçado. Na promoção do inédito, a arquitetura moderna não deixou de lado a racionalidade e utilizou fundamentos de lógica e funcionalidade na sua produção que era caracterizada por: elementos lineares, formas simples, aparências retangulares, integração com a paisagem natural, valorização dos espaços livres, ampla utilização da luz natural, e planta livre.

Assim como todos os movimentos, o modernismo e a Arquitetura Moderna, surgem para suprir uma necessidade e como qualquer idealização realizada pelo homem, é imperfeita porque este em sua essência também é. Assim, apesar do grande conforto que o modernismo criou atendendo as necessidades da sociedade com o veloz desenvolvimento e aplicação da tecnologia, ele também causou grande desconforto gerando novas necessidades devido ao veloz desenvolvimento e aplicação da tecnologia. Onde por exemplo não havia acesso por falta de estrada, agora existia uma larga rodovia onde era difícil se locomover devido ao engarrafamento, os ambientes agora se abriam à paisagem natural mas sequestravam sua privacidade e a única forma de se perceber estar ao lado de fora era a poluição sonora gerada por uma grande cidade, os edifícios arranha-céus pareciam os mesmos em qualquer lugar da cidade e as cidades pareciam as mesmas em qualquer lugar do mundo, a valorização do espaço aberto foi tão marcante que existiam espaços abertos sem qualquer valor, os carros estavam presentes em todo contexto urbano, aliás eles eram a prioridade da urbanidade, as máquinas evoluíram e se transformaram em tudo, os carros viraram máquinas de andar, os aviões viraram máquinas de voar e até as casas se transformaram em máquinas de morar, restava apenas os humanos se transformarem em máquinas de viver. Muitas vezes a racionalidade estava sem razão e o princípio de “mais é menos” poderia ser aplicado de forma literal sem paradoxo onde mais espaço representava menos pessoas, mais tecnologia era menos comunicação, mais transparência era menos integração, e quanto mais mecanizada, menos humana a cidade se tornava. A arquitetura com os cinco pontos declarados por Le Corbusier realmente configurou um avanço nas edificações, mas as mudanças e transformações da sociedade não transigiam com a rigidez deste modelo. O ambiente urbano tivera sofrido uma limpeza radical inclusive nas cores e a figura humana era anômala a esta paisagem que se repercutia, as pernas perderam o propósito de andar, e quando tentavam encontravam barreiras, as distâncias aumentaram com as setorizações, os marcos e monumentos históricos perderam relevância diante do frenesi pelo consumo de novos produtos. Uma nova cultura mundial que desconhecia as relações humanas era imposta a todas as sociedades, desprezando as expressões e características regionais.

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