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A construção das cidades segundo seus princípios artísticos

Por:   •  5/9/2019  •  Resenha  •  538 Palavras (3 Páginas)  •  307 Visualizações

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SITTE, Camillo. A construção das cidades segundo seus princípios artísticos. Tradução de Ricardo Ferreira Henrique. 4.ed. São Paulo: Ática, 1992

Ezabelle Nascimento Rosa/ Teoria da Arquitetura e Urbanismo I

Camillo Sitte foi um arquiteto e urbanista nascido na cidade de Viena, e escreveu o livro A Construção das Cidades Segundo Seus Princípios em meados do século XIX, no qual ele faz críticas ao urbanismo da época. O autor faz uma relação entre praças, monumentos e construções, e aponta as transformações que ocorreram desde os tempos medievais até os tempos modernos. Utiliza da análise de espaços públicos, praças em especiais, para fazer uma comparação da importância delas nas diferentes épocas, uma vez que, exerciam funções de locais de festas públicas, cerimônias oficiais, anunciamento de leis, e como estas passaram a ter papeis diferentes nas cidades.

O autor diz que são usadas cada vez menos como espaços para festas e para uso cotidiano, como era comum antigamente, estas passaram a ser somente um espaço livre para circulação de luz e ar, e provocar a quebra da monotonia em meio as ruas das cidades. Entretanto, as praças dos dias modernos exercem outras funções além de circulação para as pessoas, pois desempenham o papel de área de lazer em muitas regiões, de locais onde jovens praticam esportes, entre outros, estimulando a socialização. Ademais, as praças não abrigam mais assembleias e não são mais locais de anunciamento de leis por questões de segurança, conforto, praticidade exigidos no mundo moderno.

Sitte também discorre sobre os centros livres presentes nas praças, em que diz que os monumentos e chafarizes devem ficar dispostos em regiões intocáveis de tráfego. Tal disposição não ocorre somente em vista da circulação das praças, mas embasadas também em critérios artísticos, deste modo, os monumentos não obstruiriam passagens e também poderiam ter suas belezas contempladas. A regra também se aplica a edifícios, sobretudo igrejas que, segundo o autor, atualmente estão sendo colocadas no centro das praças, se contrapondo aos antigos costumes que foram cuidadosamente pensados nos tempos passados, e ainda julga que, a disposição moderna centralizada dessas igrejas acaba desarmonizando a paisagem do ambiente ao seu redor.

Segundo o autor, nos dias atuais, praça é definida como um espaço vazio entre quatro ruas, entretanto, artisticamente tal definição é um erro. De acordo com os ideais antigos, a praça deveria ser cercada por edifícios, postos lado a lado, assim causando um conjunto harmônico. Ademais, as ruas envoltas das praças deveriam estar dispostas de uma forma que ficavam perpendiculares as linhas de visão, tal norma em conjunto com o uso de colunatas e pórticos eram usados para se obter o fechamento desejado nas praças antigas, e é esse princípio que passou a ser ignorado nas construções de praças modernas.

Há meios de levar a urbanização sem perder os princípios artísticos estudados desde a Idade Média, o autor afirma que as construções urbanas modernas seguem caminhos próprios e indiferentes ao que ocorre em sua volta, e ainda acrescenta que as estas constituem uma obra de arte, quando concebida de modo correto. As construções veem perdendo cada vez

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