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Além da Representação: possibilidades das novas mídias na arquitetura.

Por:   •  27/11/2018  •  Resenha  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  198 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: INFORMÁTICA - APRESENTAÇÃO DE PROJETO

DOCENTE: PATRÍCIA HELENA TUROLA TAKAMATSU

DATA: 06/11/18

BALTAZAR, Ana Paula. Além da representação: possibilidades das novas mídias na arquitetura.

Revista Vírus, São Carlos, dezembro 2012.

Victor Gabriel Ferreira Neves¹

No artigo, a autora tem como linhas gerais a leitura da palavra “representação” no contexto da arquitetura, externando as diferenças entre representação na arquitetura (arquitetura que representa significados) e representação da arquitetura (concepção projetual separada do trabalho de construção e uso). Discorrendo sobre o paradigma perspectívico fundado no Renascimento que se consolidou até os dias atuais, mesmo com os adventos tecnológicos e novos softwers. Mantem-se um processo de não superação do paradigma perpectívico que dá ênfase ao espaço concebido sobre o espaço vivido. O texto traz a discussão acerca da superação deste paradigma e uma proposta de interfaces, dando ênfase ao espaço vivido sobre o concebido, a interatividade sobre a produção capitalista do espaço.

No processo de produção arquitetônica convencional, “representar”, na definição da palavra, corresponde ao projeto, algo concebido anteriormente, algo ainda não construído que estaria por vir. Dito isto, a autora faz o contraponto ente representações na e da arquitetura. A representação na arquitetura, ou seja, a maneira como o objeto arquitetônico é reduzido em sua dimensão perceptiva e dado à leitura. O a representação do objeto arquitetônico se assemelharia à fotografia ou vídeo.

Baltazar remete a perspectiva como parte do paradigma desde o renascimento, onde a perspectiva era usada para melhor representar os ambientes. Entretanto, a perspectiva só traz a tridimensionalidade em forma bidimensional, mas não há relação de tempo real e comportamento. Ou seja, aplicando ao processo da arquitetura convencional atual, o desenho arquitetônico é uma representação de algo já finalizado que se distancia da construção -que seria apenas uma montagem- e o uso.

É observado que, mesmo com os novos softwers e programas, CAD, REVIT, SKETCHUP, a o paradigma representacional ainda não foi superado. Se tornou apenas informacional, ferramentas de racionalização, se tornando uma falsa mudança de paradigma. Tal fato é caracterizado por ainda prender-se a representação tridimensional, sem agregar, o que deve ser fundamental para a construção de espaços para vivenciadores, o tempo e o comportamento. A interação e dinâmica no processo torna o projeto vivo e representativo, do contrário, se torna estático e monótono onde separa o trabalho intelectual do trabalho manual, o sujeito do espaço.

Como proposta de alterações neste processo convencional, Baltazar posiciona a arquitetura interativa como este embate, utilizando as novas mídias, não mais para representar projetos, mas para fazer parte integrante do espaço, onde é provável que poça mudar o processo do projeto, sem ter o produto final e acabado como principal, e sim um processo aberto e dinâmico com a interação do próprio usuário. Este processo, a autora chama de “interfaces”.

Com a aplicação das interfaces no exercício arquitetônico, é aberta a possibilidade para que o vivenciador do espaço possa configurar o próprio espaço e ter autonomia, indicando certa mudança no paradigma representacional, fortalecendo o espaço vivido e também abrindo possibilidade para mudanças no desenvolvimento da informática e também da academia, gerando um melhor espaço habitado, comum e qualidade de vida ás pessoas.

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