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COMPARATIVO ENTRE AS CERTIFICAÇÕES - AQUA HQE E LEED

Por:   •  3/3/2016  •  Artigo  •  1.937 Palavras (8 Páginas)  •  720 Visualizações

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COMPARATIVO ENTRE AS CERTIFICAÇÕES - AQUA HQE E LEED

Fabricio Manzoli Salles

Arquitetura e Urbanismo - UNESC

manzolisalles@gmail.com

Luciana Trevisan

Arquitetura e Urbanismo - UNESC

lucianatrevisan@gmail.com

Marcia Veridiane Ávila

Arquitetura e Urbanismo – UNESC

veridianeavila@gmail.com

Milena Almeida de Oliveira

Arquitetura e Urbanismo – UNESC

milenaalmeida-oliveira@hotmail.com

RESUMO

A geração de impacto ambiental tem como grande colaboradora cadeia produtiva da construção civil, consumindo quantidades imensas de recursos naturais, gerando resíduos e poluindo o meio ambiente. Motivos pelos quais a busca por tecnologias e métodos de avaliação de qualidade de uma indústria é um fator superimportante para o setor. A construção civil tem uma abrangência mundial, como suas técnicas são heterogêneas, a dificuldade de padronização de metodologias de controle e verificação única não funciona em todos os lugares do mundo, não é à toa que encontramos uma variável cartela de selos pelo mundo. Este trabalho irá se ater a dois selos, um de maior importância mundial o selo estrangeiro LEED Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental) e o maior selo brasileiro o AQUA - Alta Qualidade Ambiental adaptado do HQE (francês).

Palavras-chave: Certificação Ambiental, Aqua – HQE, LEED.


INTRODUÇÃO

Com a economia aquecida e os incentivos para habitação nos primeiros anos da década de 2000, gerou no mercado imobiliário brasileiro, uma demanda que impulsionou o crescimento da construção civil, porém esta indústria que é relativamente jovem no país, causa grande impacto aos nossos recursos naturais, por ser despreparada, tanto tecnologicamente quanto de informação para certificação ambiental.

Um critério de destaque para diferenciar-se neste mercado concorrido, pode ser a adoção de critérios sustentáveis em seus processos, certificado por selos de empresas criteriosas como as certificadoras LEED e AQUA.

Ao mudar a mentalidade do empreendedor e do consumidor, para considerar os benefícios da promoção da redução do impacto ao meio ambiente, o sucesso dos projetos mais sustentáveis, podem melhorar as atividades laborativas e a qualidade de vida com impacto positivo na humanidade, segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1987), esses benefícios podem ser resumidos no conceito de desenvolvimento sustentável:

“é o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.”

A empresa associada a um selo de qualidade ambiental agrega valor ao empreendimento e cria uma imagem amigável para a empresa, destacando-a no mercado imobiliário.

REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Almeida (2010), existe uma variável de diretrizes para verificação da sustentabilidade do ambiente construído, tais como a redução do consumo de água, energia e materiais; conservação das áreas naturais e da biodiversidade; redução da emissão de gases contribuintes para o efeito estufa; manutenção da qualidade do ambiente construído e gestão da salubridade do ar interior, bem como o conforto e o desempenho no atendimento das necessidades dos usuários.

A ONU[1] estabeleceu três pilares para o desenvolvimento sustentável: Meio Ambiente, Economia e Social. Estabelecendo metas para diminuição do uso de energia e água, gerar menos gases do efeito estufa, proteger ecossistemas e salvar recursos naturais, diminuir o custo de operação, valorizar a propriedade, aumentar a durabilidade de construções e produtos, que sejam adaptáveis e flexíveis, melhoria de condições do ar, acústica, térmica, gerar mais conforto aos ocupantes e aumentar a produtividade e qualidade de vida dos funcionários.

Maiores estudos e metodologias, foram desenvolvidos após o evento da Eco-92[2], com objetivo de implantar modelos construtivos, atendendo com maior determinação o conforto ambiental e o desempenho energético. Como resultado, surgem diversos sistemas de avaliação ambiental e eficiência energética de edificações em várias partes do mundo (RODRIGUES et al., 2010).

A busca pela eficiência da construção sustentável, dependerá de vários participantes do processo. Leite (2011), afirma que se deve buscar a sustentabilidade em todo o ciclo de vida da construção, compreendendo as etapas, iniciando-se pelo desenvolvimento e concepção, passando pela construção e uso, até o reaproveitamento ou demolição.

Porém, verifica-se que o custo inicial da construção para uma certificação, é um empecilho a massificação do uso destes mecanismos na construção civil, o que poderia reduzir, futuramente, os custos operacionais e agregar valor ao imóvel, ainda impactar positivamente a vida de seus ocupantes e usuários.

LEED

O sistema de certificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design ("Liderança em Design Ambiental e Energia") foi elaborado e publicado nos Estados Unidos pelo United States Green Building Council (USGBC)[3]. Sua avaliação de desempenho ambiental, possuí um método de classificação baseado na harmonização, ponderação de créditos, em função do impacto ambiental, da saúde humana e da regionalização. A eficiência energética e redução da emissão de CO2 são itens considerados de maior importância neste sistema de avaliação. O selo certifica edifícios a partir de uma lista de pré-requisitos e créditos, e possui quatro níveis: Certificado, Prata, Ouro e Platina (USGBC, 2012).

A certificação no Brasil é realizada através da GBCB- Green Building Council Brasil[4], e tem função de identificar e informar a eficiência e o desempenho ambiental do edifício a partir de uma análise documental obtida a partir da realização do empreendimento sem auditorias presenciais gerando uma classificação de desempenho ambiental do empreendimento em níveis Certificado (mínimo de 40 pontos), Prata (mínimo de 50 pontos), Ouro (mínimo de 60 pontos), Platina (a partir de 80 pontos), considerando o impacto gerado no meio ambiente em consequência dos processos relacionados ao edifício: projeto, construção e operação, (USGBC, 2012).

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