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Confiança e medo na cidade de ZYGMUND BAUMAN

Por:   •  27/9/2018  •  Resenha  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  449 Visualizações

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Resenha

BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na cidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

O livro traz consigo uma reflexão de Zygmunt Bauman sobre o espaço urbano e como as contradições e a forma que o relacionamento dos indivíduos são divididos socialmente tendo a insegurança e o medo como sentimento asfixiante e fator divisório entre ricos e pobres.

Zygmunt Bauman nasceu na Polônia, e desde 1971 mora na Inglaterra. Professor emérito das universidades de Varsóvia e de Leeds, é autor de vasta obra que analisa sobretudo as transformações das relações socioculturais em nosso tempo, em sua obra Confiança e Medo na Cidade que foi publicado em 2005 e sua primeira edição brasileira publicada em 2009 é nítido o vinculo entre seus três capítulos que juntos tem 50 páginas, o primeiro capitulo, apresenta uma observação sobre as indagações que tem referência ao medo e a confiança na cidade, mostrando que este medo e a necessidade de um lugar seguro, que quase nunca é encontrado, em grande parte se relaciona com criação de uma nova sensação de insegurança. No segundo capitulo, ele fala sobre os possíveis resultados bons e ruins desses acontecimentos, e, no último capítulo, Bauman faz uma reflexão sobre aquele que para ele é o maior inimigo, “o estrangeiro”.

O primeiro capitulo traz a análise dos fatores que constituem a cultura do medo que tem se consolidado no meio urbano. A cultura do medo que é não tão somente mas principalmente pela classe média avalia politicas de controle com a intenção de diminuir o problema. O porém é que dominados pelo sentimento de individualidade moderno os agentes proporcionam o fim dos antigos laços para tentar superar o sentimento de insegurança que imaginam viver. Incapazes de solucionar seus falsos problemas, os cidadãos buscam suprimi-los nas promessas de mercado criando a mixofobia que é a necessidade de segurança que se mistura com o isolamento e o medo do diferente e do exterior. Apesar do negativismo Bauman tenta visualizar alternativas para que os lares não se tornem uma “prisão”. Bauman diz que ao invés de seguir a mixofobia devemos seguir a mixofilia que é a tentativa de criar um ambiente onde a diferença não é somente respeitada mas além disto também é valorizada.

No segundo capitulo Bauman fala sobre a forma que a arquitetura do medo influência nos sentimentos de insegurança, as casas que antes eram construídas pensando no acesso a áreas públicas agora são pensadas em prol da segurança e de modo uniforme revestidas de câmeras de segurança e cercas elétricas e as praças perdem seu significado de local para interação social. O problema é que nessa desenfreada corrida para encontrar um local seguro eles acabam por gerar ainda mais medo. A convivência com o diferente torna propicio o desenvolvimento democrático e social, possibilitando a superação dos medos.

Bauman reflete no terceiro capitulo quanto as cidades que para ele se tornaram depósitos de humanos, pois as pessoas se tornaram superficiais, e fala tambem sobre o paradoxo que é viver com estrangeiros. Antes havia a possibilidade de inserir novamente ou reintegra um indivíduo

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