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Fichamento de resumo – A Cidade

Por:   •  21/4/2019  •  Resenha  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  247 Visualizações

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Quando se fala em cidade, logo vêm à mente das pessoas o concreto predominante, as ruas, o movimento, congestionamento, multidões e etc. Contudo, existe uma dificuldade de associar a cidade a diferentes tipos de sentimentos e emoções. Por exemplo: As sensações de entrar em ambientes monumentais ou sagrados, que traz o sentimento ao homem de que a obra que ele mesmo construiu se sobrepôs a ele mesmo que as obras chegam ser tão monumentais que não pertencem ao homem. A sensação do ser humano mortal e limitado se torna evidente diante da grandeza de um ser superior

“As catedrais, mesmo sendo construídas por homens, elas pertencem a Deus” e as cidades pertencem as capitais e assim sucessivamente. Para usufruir da cidade é necessário se submeter as subjugações do homem, enquanto nas catedrais é necessário a subjugação de Deus, seguindo seus mandamentos etc.

Para Ronaldo Azevedo, a cidade é um grande dragão. Mas um dragão que não cospe fogo e sim um que emite ruídos ensurdecedores.

A cidade aparece como um conjunto numérico, um edifício: 35 andares, 1.200 janelas, 14 elevadores, 6.000 cabeças”

o conceito de modernidade liquida de Baumann deixa bem claro a era em que estamos vivendo. As relações foram coisificadas, através da medição do seu dinheiro ou o que tem a oferecer. A cidade está em constante crescimento, atraindo cada vez mais pessoas que procuram empregos, separa os indivíduos, gera conflitos e cria preconceitos.

“Rio de Janeiro dos anos 50: as relações do homem com o outro são marcadas pela ausência de comunicação, as relações fragmentadas, o modo de vida dilui os contatos.”

O isolamento na grande metrópole é indiscutível: é o estar sozinho em meio a uma multidão. Nas metrópoles o tempo é diferente. Enquanto no campo o que define o tempo é a natureza, nos grandes centros urbanos funcionam 24 horas por dia, sem pausa.

Tempo é dinheiro. O tempo passa a mediar a vida das pessoas, o tempo entre o “verde-amarelo-vermelho” (farol fechado) determina o tempo de conversa e do relacionamento com os outros indivíduos, o corre-corre é inevitável para o cidadão da grande cidade.

A vida das pessoas se modificou de tal forma que as formas de interações sociais em público estão diminuindo. É muito difícil ver crianças brincando nas ruas hoje e isso tem diminuído cada vez mais. A cidade virou uma mercadoria e seus” pedaços” são vendidos no mercado. “Contudo, a mesma cidade e o mesmo modo de vida que expulsa as crianças e adolescentes de suas brincadeiras nas ruas é a mesma que produz um universo inverso que, coloca crianças nas ruas centrais da cidade ou nos grandes cruzamentos vendendo coisas ou até mesmo roubando.”

Há também o questionamento sobre os habitantes de pequenas e medias cidades: “será que as pessoas dessas pequenas e medias cidades tem seu tempo de relacionamento com o outro definido pelo tempo do semáforo fechado? Será que eles apresentam o andar apressado e o olhar distante de um morador da grande metrópole?”

Atualmente em nossa sociedade o homem é definido pelas coisas que tem. O homem tem sua importância definida pela roupa que veste ou pelo carro que dirige. O homem/ operário são apenas uma expressão de tempo.

As pessoas são tratadas de forma diferenciada em função de sua aparência, das roupas que vestem, carros que dirigem, restaurantes que frequentam, onde passam férias etc. “O homem passa a ser visto, avaliado e respeitado a partir de uma aparecia produzida, são os valores urbanos e a sociedade urbana que os impõe “

“O padrão arquitetônico das cidades também segrega, separa e exclui”

A heterogeneidade é uma característica forte das cidades, pois há diferentes formas de morar e diversas atividades que o ser humano faz. De um lado uma favela, geralmente em bairros periféricos e afastados que não possuem infraestrutura, de outro os apartamentos de classe média e os de alto padrão, as mansões de alto padrão em ruas com guaritas e guardas uniformizados e ruas arborizadas. “Nos bairros nobres as ruas são vazias, já nos bairros populares de população de baixo poder aquisitivo, a rua vira uma extensão da casa. (...) A desigualdade espacial é produto da desigualdade social “

A partir da paisagem humana e da forma de usar a cidade, podemos entender a perspectiva urbana, da sociedade e da dimensão social e histórica do espaço urbano.

“A cidade aparece como um bem material e uma mercadoria para ser consumida, a terra urbana é comprada

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