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Fichamento do livro Construção do sentido na arquitetura

Por:   •  2/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.793 Palavras (8 Páginas)  •  1.062 Visualizações

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UNIVERSIDADE TIRADENTES

ARQUITETURA E URBANISMO

LIZANA ROBERTA SILVA PEREIRA

FICHAMENTO

CONVERSA DE ARQUITETO – OSCAR NIEMEYER

Aracaju

2017

LIZANA ROBERTA SILVA PEREIRA

FICHAMENTO

CONVERSA DE ARQUITETO – OSCAR NIEMEYER

Fichamento apresentado como requisito de avaliação da disciplina Práticas de Pesquisa na Área de Arquitetura e Urbanismo, ministrada pela profª. Simone Alves Prado Menezes, no 1º semestre de 2017.

Aracaju

2017

FICHAMENTO: CONVERSA DE ARQUITETO – OSCAR NIEMEYER

COMO NASCE A ARQUITETURA

“É nesse momento de imaginação e fantasia que a solução aparece e nela o arquiteto se detém entusiasmado como alguém que encontrou um diamante e o examina com a esperança de ser verdadeiro e, lapidado, transformar-se numa bela pedra preciosa. ” (Página 9)

“É curioso ver esse rolo, sentir como a imaginação varia, como as ideias vão surgindo diferentes, ora com dois ou três volumes, ora simples, caminhando para o monumental. Em todas prevalece a curva, essa liberdade plástica que preferimos, decorrente de ‘tudo que vimos e amamos na vida’, como me disse um dia André Malraux do seu museu imaginário. ” (Página 11)

“E entre aplausos e críticas a arquitetura vai seguindo pelo tempo afora, como se com ela este mundo perverso e indecifrável pudesse melhorar um pouco. ” (Página 12)

“Lembro Gropius, depois de visitar minha casa nas Canoas: ‘Sua casa é muito bonita, mas não é multiplicável.’ E eu a olhá-lo condescendente, pensando: ‘Como se diz bobagem com ar de coisa séria.’ Gropius, professor ilustre, foi um dos que mais difundiram as ideias limitadoras do Bauhaus. Como se tratava de amigo influente de Argan, para ele transfiro os equívocos que Argan cometia quando sobre arquitetura se manifestava. ” (Página 14)

“Depois, com a nossa arquitetura conhecida e festejada pelo Velho Mundo, os adeptos do racionalismo foram pouco a pouco se retratando. Ela estava ali, diante de todos, criativa e diferente, exibindo a técnica mais avançada. ” (Página 15)

“Lembro, muito antes disso, lá pelos anos 40, ter declarado aos jornais: ‘Copiam-se tanto que um dia terão de encontrar uma arquitetura diferente, mais voltada para a liberdade e a imaginação dos arquitetos. ’ E, como esperava, isso aconteceu. E alguns, que antes contestavam as irreverências da nossa arquitetura, e o desprezo pelas regras funcionalistas, aderiram ao pós-moderno, que representa e multiplica tudo o que antes combatiam. ” (Página 16)

“Para nós, nos temas mais ambiciosos o importante é intervir nas suas estruturas. E para isso as desenhamos com tal vigor, de formas tão variadas, de curvas tão inesperadas, que nelas a arquitetura se integra como duas coisas que nascem juntas e juntas se completam. ” (Página 17)

ESPAÇO ARQUITETURAL

“O espaço arquitetural faz parte da arquitetura e da própria natureza, que também a envolve e limita. Entre duas montanhas ele está presente e nas suas formas se integra como um elemento de composição paisagística. ” (Página 19)

“Quando um arquiteto cria um intercolúnio, o espaço que se separa as colunas é por ele estudado. Faz parte da arquitetura. É tão importante como as próprias colunas. Nele, o arquiteto se esmera, dando-lhe a forma e o ritmo que mais lhe agradam, multiplicando-o, fazendo- o diferente. ” (Página 20)

“O problema do espaço exterior envolve a arquitetura nos seus mínimos detalhes. Ao projetar um balanço, por exemplo, o arquiteto procura a proporção correta para o espaço que vai fixar os apoios junto às fachadas, recuando-o e evitando-os para fazê-las mais leves e elegantes. ” (Página 21)

“Mas não é apenas no exterior dos edifícios que o arquiteto cria o espaço arquitetural, mas nos seus exteriores e também nas formas mais diferentes. São cubos, cilindros e os volumes imprevisíveis que a arquitetura contemporânea oferece, ambientes nos quais ele intervém, criando mezaninos, balcões e aberturas, dando-lhes a escala que a arquitetura requer. ” (Página 22)

“Opções idênticas podem garantir aos espaços internos outras características, seja numa pequena residência ou num grande palácio. Tratá-los em função de sua finalidade e do volume que apresentam é tarefa do arquiteto. ” (Página 25)

“Muitas vezes o arquiteto sente a necessidade de ampliar, visualmente, um espaço interno, e para isso reveste uma das paredes com espelho ou a faz desaparecer com a cor adequada. O mesmo ocorre quando uma parede, interna ou externa, interfere visualmente, como um obstáculo, na sua arquitetura, o que pode ser resolvido fazendo a curva junto ao piso e usando o mesmo material de revestimento. ” (Página 27)

“Numa composição arquitetural não existem apenas os espaços externos e internos, mas também o espaço próximo e distante, a terceira dimensão. ” (Página 28)

SOBRE O ENSINO DA ARQUITETURA

“E insistia na ideia de que o ensino da arquitetura não se deve limitar à arquitetura propriamente dita. Mas invadir todos os setores de cultura que a meu ver se entrelaçam e completam. ” (Página 31)

A LEVEZA ARQUITETURAL

“A leveza arquitetural que hoje o concreto armado possibilita e sugere é coisa muito mais complexa do que, num raciocínio primário, diríamos ser pura fantasia. Reflete, isto sim, o avanço da técnica, o apuro que ela é conduzida. Não é coisa recente tampouco. Basta abrir um livro de arquitetura e ver as velhas pontes de Millart para sentir como nelas a preocupação da leveza estrutural está presente. E isso não representava economia nem necessidade construtiva. Era o apuro da técnica e a procura da beleza. Apenas isso. ” (Página 33)

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