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GEOLOGIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Por:   •  29/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.679 Palavras (7 Páginas)  •  177 Visualizações

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ANÁLISE DA GEOLOGIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

VIDEIRA

2020

INTRODUÇÃO

São duas as porções geológicas que compreendem o Estado de Santa Catarina, o embasamento e as bacias de Pelotas e Santos. Este estado é segmentado em três principais zonas, sendo Zona Norte, Zona Central e Zona Sul e, ainda, é conhecido como Província Costeira. Este termo foi difundido por Villwock (1972), com o intuito de caracterizar a região como uma unidade tridimensional, no que diz respeito às questões geológicas, estratigráficas e também estruturais.

“Província costeira é descrita do ponto de vista morfolitológico como uma região onde dominam terrenos de baixa altitude (até 50-60m) e profundidade até 150-200m, adjacente aos continentes e oceanos e mares e composta de sedimentos consolidados e semi-consolidados e secundariamente de rochas cristalinas e sedimentares. ” (FILHO, 2003.)

Os objetivos da presente pesquisa estão focados na caracterização e compartimentação da geologia e da geomorfologia do Estado de Santa Catarina, tendo em vista que o solo está propenso a mudanças geoambientais, estas provocadas por mecanismos naturais, e também possui sua constituição de acordo com o tempo, o relevo, o clima, o material de origem e os organismos.

Dado o exposto, ainda, tem-se como objetivo caracterizar os tipos de solo de forma mais específica nas porções do Vale do Itajaí, Florianópolis, Norte, Sul, Oeste e na Serra catarinense.

DESENVOLVIMENTO

Região Norte

Os tipos de solo que prevalecem na região Norte de Santa Catarina são os cambissolos e os latossolos vermelhos. Este segundo tipo, como o próprio nome já diz, possuem cor avermelhada e apresentam bastante porosidade, bem como bastante profundidade, fatores os quais contribuem para um desenvolvimento radicular em profundidade. Outra característica deste tipo de solo é a falta de serosidade.

Com relação aos cambissolos, estes apresentam ausência de serosidade, possuem uma pequena espessura do horizonte e também tem uma estrutura em blocos bastante frágil. São erguidos por material mineral não hidromórficos, os quais apresentam uma fertilidade com mudanças recorrentes.

Região Oeste

Os solos existentes nesta porção do Estado de Santa Catarina, são divididos em latossolos, cambissolos, solos litólicos e terra bruma estruturada. O primeiro tipo de solo possui características como porosidade, alta profundidade e com bastante drenagem. Estes encontram-se em relevos ondulados e levemente ondulados. Pode-se citar como exemplo de uso deste tipo de solo o plantio de trigo e também de soja.

Sobre os cambissolos, estes apresentam profundidade rasa. Nesta região são os solos que ocupam uma maior área e apresentam fertilidade natural com modificações recorrentes. Estes ainda podem apresentar oscilação na fertilidade, indo de baixa a alta com rapidez. Os solos de baixa fertilidade são utilizados para atividades como pastagens e reflorestamentos, já os de alta fertilidade são usados para o plantio de soja, feijão e milho, por exemplo.

Ainda, tem-se o solo litólico, o qual ocorre em relevo bastante acidentado. Este é bastante utilizado para o cultivo de milho, feijão, entre outras culturas para subsistência.

Por fim, a terra bruma estruturada é um tipo de solo que possui estrutura em blocos sub angulares, normalmente, este encontra-se em relevos ondulados e levemente ondulados, podendo ainda apresentar-se em relevos fortemente ondulados. Ainda, é um tipo de solo profundo e bem drenado, bastante utilizado para o cultivo de milho, trigo e soja. 

Região Sul e Vale do Itajaí

A região Sul do estado de Santa Catarina pode ser analisada junto com o Vale do Itajaí, visto que nesta porção encontram-se seis tipos principais de solos, sendo eles o Podzólico vermelho-amarelo latosólico álico, cambissolo distrófico, podzólico vermelho-amarelo álico, combissolo brumo húmico álico, areais quartzosos distróficos e solos orgânicos e distróficos.

Os solos podzólicos vermelho-amarelo latosólicos álicos são solos que fazem parte da classe dos minerais, são considerados mais profundos com menor diferenciação de horizonte e normalmente com gradiente menor que os prodzólicos vermelhos e amarelos típicos. Possuem relevo ondulado e forte ondulado, com baixa fertilidade natural, usados na maioria das vezes como lavoura de subsistência.

Considerado como solo mineral, o Cambissolo distrófico apresenta baixo gradiente de texturas pela presença de matérias primárias e ausência de serosidade. Sua ocorrência se dá em localidades de relevo plano e suavemente ondulado. Possui uma fertilidade de solo com constantes variações.

Os podzólicos vermelho-amarelo álicos - São solos minerais não hidromórficos, a vegetação predominante nesse solo é a floresta de árvores de folhas largas, que geralmente ocupam os relevos mais acidentados, tipicamente ácidos e com baixa fertilidade, sendo de fundamental importância o seu cultivo para utilização de fertilizantes.

Solos minerais considerados não hidromórficos, o Combissolo brumo húmico álico é rico em matéria orgânica e deriva unicamente das rochas eruptivas, possuindo relevo mais acidentado, dispondo de baixa fertilidade natural e a presença de pedras e rochas. Sendo muito utilizado com pastagens e reflorestamentos.

Areais quartzosos distróficos São Solos profundos, arenosos e excessivamente drenados. Sua utilização é limitada devido à baixa fertilidade natural e baixa capacidade de retenção de água. Solos minerais, não hidromórficos, ocorrem em áreas de relevo plano e suave ondulado, é normalmente utilizado na exploração da pecuária extensiva e o cultivo da mandioca e batata doce.

Por fim, os solos orgânicos e distróficos, que fazem parte da classificação de solos hidromórficos, ou seja, não minerais, possuindo uma coloração escura preta ou cinza, com elevados índices de compostos orgânicos. Ocorrem em áreas de relevo plano e suave ondulado com baixa fertilidade natural. Para serem aproveitados, necessitam de drenagem artificial e geralmente são usados para plantio de cana de açúcar, hortaliças e arroz irrigado.

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