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História e obra de Frank Lloyd Wright

Por:   •  15/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  6.898 Palavras (28 Páginas)  •  326 Visualizações

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História e obra de Frank Lloyd Wright

Caroline Siqueira (1); Filipe de Lima (2); Fernanda B. da Silva (3); Fernanda Zenglein (4); Vanessa Doebber (5)

(1) Acadêmico de Arquitetura, Universidade Feevale, RS/Brasil. E-mail: carolsiqueira97@hotmail.com

(2) Acadêmico de Arquitetura, Universidade Feevale, RS/Brasil. E-mail: filipe.95.delima@gmail.com

(3) Acadêmico de Arquitetura, Universidade Feevale, RS/Brasil. E-mail: nandabeatris@yahoo.com.br

(4) Acadêmico de Arquitetura, Universidade Feevale, RS/Brasil. E-mail: fezenglein@gmail.com

(5) Acadêmico de Arquitetura, Universidade Feevale, RS/Brasil. E-mail: vanessadoebber@hotmail.com

Resumo: o presente artigo tem como objetivo trazer a história e carreira do arquiteto americano Frank Lloyd Wrigth, que desde o início de sua carreira mostrou profunda preocupação com o homem, este que deveria ser sempre o centro de tudo, e também profunda admiração pela natureza, valendo-se dos materiais da maneira mais pura e o uso consciente dos mesmos. Sua arquitetura fugiu do convencional da época, uma vez que Wrigth procurou unir homem e natureza com plantas bastante abertas e integradas, tanto interna quanto externamente. Foram mais de mil edifícios projetados, o que coloca Wright como um dos mais brilhantes e importantes arquitetos de todo os tempos.

Palavras-chave: Arquitetura; Organico; Humano; Natureza.

  1. INTRODUÇÃO

O presente artigo será apresentado em dois capítulos, sendo que o primeiro deles abordará sobre a história desde a infância até a morte de Frank Lloyd Wright, passando pela sua carreira – relatando brevemente as principais tipologias e as características de suas obras, lugares onde morou e até sobre sua vida amorosa. Após, será falado sobre o organicismo, uma das principais características do arquiteto. No capítulo seguinte serão abordadas as principais obras e/ou tipologias de sua carreira, trazendo mais detalhadamente as características de cada uma delas: Casas das Pradarias, Hotel Imperial de Tóquio, Casa da Cascata, Casas Usonianas e obras finais. Por fim, serão apresentadas as considerações finais.

  1. HISTÓRIA
  1. Origens

O próprio Frank Lloyd Wright, se julgou um dos mais importantes arquitetos de todos os tempos com sua arquitetura solitária e moderna, que durante seus 92 anos de vida projetou mais de mil edificios. O interesse pelas novas tecnologias que surgiam na época, o uso consiente que fazia dos materiais - valendo-se de suas características mais simples, o pioneirismo em fazer uso de espaços abertos nas habitações e, principalmente, o respeito e paixão pela natureza, são caracteísticas que podem sim fazer de Wright um dos mais importantes arquitetos do século XX (STUNGO, 2000).

De acordo com Pfeiffer (2000), Wright viveu em uma época em que a Revolução Industrial estava no seu apogeu – 1895 a 1905, com mudanças revolucionárias em toda a indústria da construção, em que surgiam materiais novos e aperfeiçoavam o uso dos mais antigos. Fornecendo assim a ele, “[...] os instrumentos necessários para erguer os edifícios nascidos da sua fértil imaginação e as suas origens transcendentais insuflaram-lhe um sentido permanente dos valores humanos.” (PFEIFFER, 2000, p. 19).

Frank Looyd Wright, nasceu em 1867 na cidade de Wisconsin, EUA. De origem bastante humilde, Wright teve pai pastor e professor de música e mãe também professora. Aprendeu a ler bastante cedo, vivia mergulhado nos acordes de Bach e Beethoven e passou seus primeiros anos da adolecência na fazenda do tio, segundo Pfeiffer, (2000). Ainda sobre sua infância, Stungo (2000) coloca que a mãe teve papel muito importante na sua formação, uma vez que, de personalidade forte, preveu ainda na gestação que o filho seria arquiteto. Decorou o quarto de Wright com cartazes de catedrais inglesas e o ensinou a brincar com blocos “Froebel”, que “[...] usados em conjunto com uma série de exercícios complexos, pretendiam desenvolver a experiência sensorial do mundo na criança [...].” (STUNGO, 2000, p. 11).

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FIGURA 1 - Foto de Frank Lloyd Wright. Fonte: Pfeiffer, 2000.

  1. Carreira

Stungo (2000), coloca que Wright aos 18 anos se inscreveu na faculdade de engenharia da Universidade de Wisconsin, mas logo se cansou e em 1887 se mudou para Chicado, que segundo o próprio, era o melhor lugar para um apaixonado por arquitetura, uma vez que era lá onde design e tecnologia se fundiam. De imediato procurou pelo escritório de Adler e Sullivan, um dos mais inovadores, onde foi assintente de Louis Sullivan, este pelo qual Wright tinha grande admiração e tratava como “mestre querido”.

Stungo (2000), também destaca que:

[...] Wright progrediu rapidamente e logo foi promovido a responsável pelo projetos residenciais, que seriam uma de suas paixões mais duradouras. Wright afiou seu estilo precoce numa sucessão de residências notáveis, construídas em Oak Park, elegante subúrbio de Chicago. A exemplo de seu Lieber Meister, procurou criar uma nova e autêntica arquitetura norte-americana. Ao rejeitar o estilo das belas artes clássicas da época, deu início ao desenvolvimento de uma arquitetura marcada pelos vastos espaços do meio-oeste. (STUNGO, 2000, p. 12)

A primeira casa projeta nesse estilo citado acima – primeira tipologia habitacional de Wright, chamado de pradarias, foi projetada por Wright aos 26 anos, a Casa Winslow (1823-1894), encomendada por um milionário de Chicago. Com uma planta baixa, dava impressão de brotar do solo e tinha o concreto e tijolos aparentes no lugar do reboco. Esta sendo também sua primeira obra de seu estúdio próprio (STUNGO, 2000). Ainda sobre este estilo “pradaria”, Pfeiffer, 2000, diz que Wright tinha a ideia de que os planos horizontais dos edifícios pertenciam ao solo, trabalhavam assim então com silhuetas amplas, extensas e estreitamente associadas ao solo, as largas saliências e os telhados com um declive suave são os traços que caracterizam essa tipologia.

Também de acordo com Stungo (2000), anos mais tarde Wright foi morar e trabalhar no Japão de onde trouxe muito do seu estilo, como no Templo da Unidade (1905-1908) que assusta pela sua aparência vazia e que por sua vez foi onde usou o concreto aparente pela primeira vez. Após, pode-se citar a Casa Robie (1908-1910), que destaca o novo estilo radical do arquiteto, de planta baixa e robusta e tendo os principais espaços de convívio se comunicando sem o uso de divisórias e a qual projetou também os móveis no mesmo conceito de dar amplitude horizontal.

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