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Por:   •  23/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  422 Palavras (2 Páginas)  •  246 Visualizações

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Uma das primeiras

Danilo Lisboa e Mateus Locatelli

Entre as lotadas ruas do centro de São Paulo podemos ver diferentes rostos e histórias. Encontramos circulando por essas ruas uma figura singela e pacata, de alma boa e aparência simples. Seguindo os costumes orientais, a protagonista nos conta um pouco sobre a sua simples história.

As linhas do tempo marcam seu rosto, a maquiagem define sua personalidade e quando vemos seus olhos, notamos os traços da sua cultura. A sorridente Shizue Arai, de 81 anos, faz parte de uma das primeiras famílias, com descendência oriental, a se instalar na formosa região da Liberdade no centro de são Paulo.

A vida da jovem Shizue se funde ao crescimento do bairro. Quando tinha apenas quatro anos de idade, seu pai Kazuo Arai, um típico trabalhador japonês, abriu um pequeno hotel nos arredores do bairro para receber imigrantes que vinham trabalhar na cidade.

Shizue morava na Conde de Pinhal, rua pequena, com casas e pessoas humildes. Seu pai, resolveu ganhar um pouco mais, com isso, transformou seu pequeno hotel em um bar, que vendia as mais tradicionais comidas orientais como Gyudon, Sukiyaki e o Manju, um doce feito de farinha, arroz e feijão, o preferido de Shizue.

Com a rigidez de seu pai, Shizue tomou gosto pelos estudos e sonhava em entrar para a faculdade, o que era considerado luxo para alguns, e, como sua persistência é conatural, não renunciou ao que lhe foi disposto.

Ainda moça conheceu Miyako, rapaz descente, juvenil e também de família japonesa e morava a poucas quadras da casa da família Higaki. Miyako e Shizue se conheceram no próprio lugarejo, onde mantiveram por longas datas uma amizade sólida e verdadeira.  Ainda assim, não esperavam que o amor cruzasse seus caminhos.

Como nem todas as histórias são feitas com pautas felizes, a sombra da morte rondou a tranquila casa da parentela Higaki. O pai da jovem Shizue faleceu, levando toda segurança que um genitor provem a sua família.

Após longos anos, já sem seu pai, a singela chafarica baixo as portas e dona Shizue conseguiu realizar dois de seus grandes sonhos: casar-se e estudar Farmácia. Com muito esforço e muita luta, característica forte do povo oriental, Shizue abriu seu próprio negócio, a primeira farmácia do bairro, onde permaneceu aberta por radiantes cinquenta anos.

Hoje a vanguardista oriental vive tranquilamente com suas oito décadas de história, mantendo seu mesmo sorriso fulgurante de outrora. Quatro filhos, nove netos e dois bisnetos parece pouco se comparado com as milhares de histórias que circularam as ruas sujas e frias do centro da capital.

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