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O Bernini e Caravaggio

Por:   •  5/4/2017  •  Resenha  •  2.584 Palavras (11 Páginas)  •  1.078 Visualizações

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Trabalho de História da Arte II

Análise Comparativa

Caravaggio e Bernini

Alunas: Maria Fernanda Catuta

Carolina Menezes

Prof.: Valéria Garcia

ARQUITETURA E URBANISMO

UNAERP - RIBEIRÃO PRETO - SP

O Poder da Arte: Caravaggio

Começamos em em 1571, ano do nascimento de um dos maiores precursores do movimento barroco na Itália, Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio.

Nasceu em Lombardi, pequena cidade de Caravaggio, onde seu pai administrava as terras de um aristocrata. Tinha apenas cinco anos quando a praga matou seu pai e seu avô. Sua mãe morreu quando ele tinha 19 anos, o que o fez procurar um rumo para sua vida longe dali.

Caravaggio no início foi para Milão obter conhecimento e aprender as técnicas de pintura. Mas quem tinha um verdadeiro talento, ia a Roma.

Chegou em Roma em 1593, sendo avisado do que ele teria que fazer para se tornar um bom artista. Primeiro, desenhar esculturas antigas. Segundo, aprender as técnicas com os mestres, copiando. O que seria o propósito da arte na época, o ideal de beleza e forma perfeita. Se o artista conseguisse transpor esses ideais com suas próprias pinceladas, então, ele seria aclamado.

Caravaggio não pensava dessa forma. O que ele conhecia era real e terreno. Era o que ele vivenciou na parte miserável de Roma. Sua forma de pintar era diferente. Ele não desenhava. Observava e pintava. Gostava também de achar seus modelos nas ruas.

O garoto com a cesta de frutas pode simbolizar isso bem. Se deslocando do ideal de beleza dos mestres renascentistas. Michelangelo não iria fazer as coisas do jeito que deveriam ser feitas.

Sua pintura do Deus do vinho é uma resposta para aqueles que copiavam os clássicos. Ao invés de simbolizar a beleza e eterna juventude, ele nos da o oposto. Aparência doentia, pele esverdeada, olhos caídos e unhas sujas. Ele faz com que o Deus se torne mais humano. Até mesmo as uvas estão podres.

Na arte de pintar a naturrza, ele conseguia transformar uma cesta de frutas em um drama de vida ou morte. Mudando totalmente o que a pintura deveria ser.

E finalmente é reconhecido por um cardial, Francesco Maria del Monte, influente no mercado da arte. Foi convidado para morar no palácio, cercado de artistas, músicos e poetas.

O que ele fazia em suas pinturas era destruir a barreira entre observador e o pintor. Fazendo com que você se sentisse dentro da cena, sentisse as sensações e a presença dos modelos pintados no quadro.

Foi convidado a pintar duas cenas da vida de São Mattheus. E, fez algo totalmente o contrário do que foi pedido. Tendo a ideia do quadro do seu ponto de vista de que Matthew não era santo, mas sim um pecador. Trazendo Jesus e São Pedro em um quarto de Roma apontando para Mattheus. Usando um jogo de luz para encobrir a figura de Jesus que não era o destaque do quadro e iluminar sua mão apontando para Mattheus, o escolhendo como discípulo.

Era tudo uma questão de jogo de luz e escuridão. Para ele, ver era acreditar.

A outra cena, o martírio de São Mattheus, era um assalto na rua. Uma cena histérica e caótica, sem controle, com pessoas assustadas e cheias de expressões. O quadro é pintado da perspectiva de você correndo daquele lugar e capturasse aquele momento. Caravaggio se inclui na pintura aparecendo dessa maneira ao fundo.

Esses quadros o fizeram uma sensação. A fama começa a subir a cabeça e o outro Caravaggio aparece. Violento, abusivo e imprevisível. Quanto mais famoso ele fica, mais estranho tornava-se seu comportamento. Caravaggio abusava principalmente de seus pintores rivais e imitadores.

Tal comportamento influenciou em sua pintura. Momento em que faz o quadro de Cristo pegando o pulso de do duvidoso Thomases e colocando seu dedo em sua ferida, profundamente, até Thomases acreditar. Ele não pintava apenas pelo efeito que a pintura iria causar, mas sim porque ninguém em Roma levava a mensagem do cristianismo mais a sério do que esse pecador. Até o maior pecador, o pior ladrão, acreditaria. Sua fé era carnal. Como a presença de Deus na terra. Jesus.

Além de entender como os pobres viviam, ele conseguia representar isso muito bem. Pois a vivenciou. Por representar com tanta veracidade, era chamado as vezes de indecente. O que o fez não ser chamado para pintar a ressurreição em uma igreja jesuita, sendo trocado por um imitador, Giovanni Baglioni.

Carravagio é preso por ter enviado uma mensagem ameaçadora a Giovanni. Sendo direcionado a corte. Então ficou em prisão domiciliar. Sua bipolaridade começa a afetar muito em sua vida.

Foi encomendado uma pintura de Virgem Maria, abandonando seu corpo para ir de encontro a Jesus. Um cochilo final de Maria. Mas Caravaggio, a pintou morta. Sua pele esverdeada, seu corpo estava sem vida sobre um vertido vermelho. Surgiu um rumor de que o rosto de Maria na pintura era na verdade o de uma prostituta achada no necrotério.

A pintura simboliza a mortalidade. O choque, a fez ser devolvida para o pintor.

Em um surto de raiva contra Pasqualoni por causa de uma mulher, Caravaggio o esfaqueia por tras e foge.

Ron Luciano Thomazoni também o provaca, por causa de uma mulher. Caravaggio pede um duelo, o matando no final. Fugindo de Roma, ele é caçado e é oferecido uma recompensa pela sua cabeça.

No verão de 1606, ele vai para Nápoles. Ciente e sóbrio do que fez, começa a pintar novamente. Sua pinturas continham sentimento de pena, ternura e misericórdia.  Ele foca no trabalho e para de brigar. Caravaggio entra para os cavaleiros de Malta.

Na pintura da catedral dos cavaleiros, onde João Batista é decapitado, Caravaggio assina seu nome no sangue de João Batista que escorre pelo chão. Somente um assassino em desespero para que a violência acabe, para que seu crime seja perdoado, poderia pintar tal obra.

Ele é preso, por assaltar um companheiro, mas consegue fugir para Sicília, através de um barco. Porém, é encontrado por seus inimigos, que o dilaceram e o deixam para morrer. Mas ele não morre. O papa de Roma o concede perdão ilegalmente e Caravaggio o paga da maneira que ele sempre pode, como ele sempre se virou, pintando.

O quadro da decapitação de Goliath, na espada de Davi, esta escrito ''Humildade conquista o orgulho.'' frase que simboliza suas duas personalidades.

Em 1610, Caravaggio manda suas pinturas para Nápoles. Em seguida é preso por soldados que não sabiam do perdão que havia sido concedido. Seu barco parte sem ele junto com suas pinturas. Ele consegue sair, em uma busca desesperada pelo barco, correndo pela praia, cai e desmaia de febre. É levado a um hospital, mas não sobrevive

Sua arte reflete a vida que teve. Os quadros de Caravaggio contêm traços dessa existência intensa e turbulenta, apresentando cenas religiosas com violência e crueldade, como em "A Decapitação de São João Batista". O forte contraste entre os fundos escuros (as "trevas") e os personagens banhados por uma luz que incide forte e dramática, típico da técnica do "claro-escuro", é a principal característica das obras do artista, marcadas também por um forte realismo na caracterização dos personagens, suas vestes e objetos que os cercam.

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