O CONCEITO DE CIDADE

Fichamento da Obra: VASCONCELOS, Pedro de Almeida. Metamorfoses do Conceito de Cidade. Mercator, Fortaleza, v. 14, n. 4, Número Especial, p. 17-23, dez. 2015.

Ceara - 2015

OBJETIVO DA OBRA

Metamorfoses do Conceito de Cidade é um dos livros de Pedro de Almeida um dos autores mais respeitáveis do pensamento geográfico contemporâneo.

A obra tem como objetivo as quatros questões preliminares que seguem com as definições etimológicas das palavras cidade, urbano e aglomeração trata realidades antigas e atuais e os conceitos derivados dela, circunstanciando a necessidade de renovação de objeto geográfico e qualificando as transformações radicais do processo espacial em curso, avançando na renovação da geografia e na interpretação do fenômeno espacial, de maneira particularmente viva. O livro convida-nos a fazer analises críticas, mas também que sejam propositivas, revelando o papel vital que a geografia poderá desempenhar no desenho político de outros projetos nacionais.

RESUMO DA OBRA

A redescoberta e a remodelagem do planeta no período técnico científico e os novos papéis das ciências mudam os rumos da geografia, revelando a necessidade geográfica de entender os fatores de periodização para entender muitos aspectos. A proposta do autor é pautar a geografia em uma análise que se distancie dos métodos que consideravam as paisagens como categorias estáticas. Tendo em vista que o espaço geográfico se modifica com movimentos cada vez mais acelerados, faz-se necessário um novo método geográfico para apreender o real. “O PERÍODO PRÉ-ACADÊMICO (1810-1869)” (p.18) o conceito de cidade é “um adensamento contínuo de pessoas e habitações humanas, que ocupa uma considerável área do solo e que está localizado no centro das principais linhas de tráfico”. “O PERÍODO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS (1870-1913)” (p.19). Período no qual vários autores conceituaram o termo cidade de diferentes formas, a mais interessante é de Max Weber na qual definiu da seguinte forma ““Comunidade urbana”, que deveria ter um caráter industrial e comercial predominante [...]” (p.19). “O PERÍODO ENTRE AS GUERRAS MUNDIAIS (1914-1944)” (p.19) Nessa época um historiador do urbanismo norte-americano definiu de forma esplendida o conceito de cidade como “plexo geográfico, uma organização econômica, um processo institucional, um teatro de ação social e um símbolo estético de unidade coletiva” (p.19), comparada a outras definições da época foi a mais aceita. “plexo geográfico, uma organização econômica, um processo institucional, um teatro de ação social e um símbolo estético de unidade coletiva” (p.19). Entre esses anos houve vários autores, filósofos, sociólogos que fizeram seus apontamentos sobre definições de cidade alguns voltados para a sociedade, outros voltados para questão de espaço ou terreno como é relatado pelo filósofo Henri Lefebvre. “O PERÍODO DO INÍCIO DA CRISE ATUAL (1973-1994)” (p.20). Um período mais recente onde se variam muito as definições de cidades pelos seus autores, mas que todos tinham um mesmo pensamento em relação a espaço urbano voltado a socialização. “O PERÍODO ATUAL (1995-2015)” (p.21).  Um período recente no qual é relatado pelos autores as metrópoles das cidades os autores demonstram que há um novo ponto de vista para entender a cidade e a urbanização e reconhecem que as formas tradicionais de entendimento sobre a organização territorial, espacial e cultural das sociedades não é mais pertinente. É possível aferir este fato tendo em vista que os autores fazem sínteses excelentes dos conhecimentos atuais do fenômeno urbano.

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