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O Conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico

Por:   •  17/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.686 Palavras (11 Páginas)  •  224 Visualizações

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Conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da praça frei Caetano Brandão, ex-largo da sé, existência de proteção municipal de bens imóveis inseridos no sítio – relacionar:

Pela lei municipal que delimita e tomba o centro histórico de Belém, todos os imóveis que recebem proteção, em nível estadual e/ou federal, têm, “por ofício”, proteção do município. Assim, as igrejas das é, de santo Alexandre e o antigo colégio dos jesuítas e hospital militar se enquadram neste caso.

Relação espacial entre o sítio tombado e o contexto urbano – descrever:

Marco inicial da cidade e Belém, a praça frei Caetano Brandão, embora muito próxima da orla fluvial, foi construída de costas para a baía que a margeia, pois todos os edifícios que a circundam têm suas frentes voltadas para o passeio público e os fundos para o rio. A pequena vista para o rio, possivelmente existente entre o forte do castelo e a capela do santo cristo, já demolida, foi fechada por edificações extemporâneas. A articulação da praça com a baía do Guajará acontece, hoje, apenas pelo forte do castelo (só visualmente), feira do açaí e doca do Ver-o-Peso.

Foi a partir deste sítio que se expandiram e consolidaram inicialmente os bairros da cidade velha e o da campina (hoje comércio), ambos compostos por linhas paralelas e perpendiculares à margem fluvial, respectivamente, as ruas e as travessas que formam o tecido urbano de trama regular, com quadras retangulares ou trapezoidais de dimensões variadas, situação peculiar das cidades preconizadas pelo urbanismo ibérico, com as vias orientadas nos sentidos norte/sul e leste/oeste. Tais bairros, cidade velha e campina, compõem o centro histórico de Belém, delimitado e tombado por lei municipal. O entorno desta área – formada por parcelas dos bairros de Nazaré, redutor e batista campos, consolidados no final do século XVIII e início do XVX – faz interface do antigo centro com a nova Belém.

O sítio histórico tombado corresponde: a toda a área urbana da cidade; ao centro histórico da cidade; a um bairro, trecho ou fragmento do espaço urbano. Justificar a classificação, com referência à situação atual e, se possível, ao processo de tombamento:

Trata-se do primeiro sítio de Belém, que teve como marco inicial o forte do presépio (hoje forte do castelo), ao redor do qual foram construídas as primeiras casas, constituindo a colônia que foi denominada feliz Lusitânia. O conjunto tombado é formado pela praça e logradouros que a circundam, onde se distribuem 30 edifícios, dentre os quais se destacam as seguintes unidades que, inclusive, receberam tombamento individual: forte do castelo, igreja da sé, igreja de santo Alexandre e colégio dos jesuítas e o antigo hospital militar.

Formação/representatividade histórico-cultural

Fundação do sítio urbano: 1616 fundações do município: XVII datação genérica (origem): 1720-1780 datação genérica (predominante): 1860-1930 datação genérica (final): 1930-1960. Tipologia:

Conjunto urbano orgânico simultâneo, prioridade social, prioridade regional, prioridade por densidade cronológica, prioridade por vazio cronológico.

O sítio da praça frei Caetano Brandão é formado, segundo o guia dos monumentos, pela igreja catedral de nossa senhora da graça (antiga sé), a igreja de santo Alexandre, o antigo colégio dos jesuítas e o forte do castelo, todos do período colonial, compondo a área mais antiga da cidade de Belém. Foi nesse local que, em 1616, desembarcou o espanhol Francisco caldeira castelo branco antigo capitão-mor do rio grande do norte que, com uma expedição de 200 homens, tinha a incumbência de fundar uma capitania nessas terras, consolidando assim a expulsão dos franceses do maranhão, que acontecera um ano antes. O capitão-mor trazia ordens de construir uma casa forte e uma capela que seria dedicada a nossa senhora das graças. Em seguida à capela, foi aberto um caminho chamado rua do norte, no qual surgiram as primeiras casas de moradia, dando origem ao atual bairro da cidade velha, onde está localizada a praça frei Caetano Brandão, antigo largo da sé.

O forte do castelo (público militar, 1616) foi à primeira edificação da cidade de Belém. Construído em madeira, devido à urgência da fixação, chamava-se, a princípio, forte do presépio de Belém. Arruinado pelo tempo, foi reedificado em 1622, com uma forma quadrada, por bento Maciel parente, capitão-mor do Grão-Pará. Vivia-se uma situação de isolamento e de conflitos, tanto com índios, como com estrangeiros. Foi o momento da união ibérica e da recém-fundada capitania do maranhão e Grão-Pará (1621), quando a conquista e o povoamento do extremo norte passavam a ser, por determinação de Felipe II, responsabilidade dos luso-brasileiros. Em 1721, é ordenada a sua reconstrução para fortalecer a presença militar, no momento em que as resoluções do conselho ultramarino e as ordens régias procuravam monitorar, mediante autorização oficial, as entradas no sertão. Em 1759 e 1773, novas obras foram realizadas. O forte do castelo foi atacado e semidestruído pela esquadra imperial durante a revolta dos cabanos (1833-1836), porém foi reerguido em 1850, por determinação do presidente da província, coronel Jerônimo Francisco coelho, no mesmo ano em que os rios da Amazônia eram abertos à navegação dos navios mercantes de todas as nações. Foram então construídos quartéis, casas, uma ponte sobre o fosso, um portão e uma muralha de pedras pelo lado do mar. em 1863, quando o começo do ciclo da borracha já fornecia subsídios preciosos à região, ele foi novamente recuperado. Permanece como sede de uma unidade do exército. Da igreja catedral de nossa senhora da graça (religioso, século XVIII), sabe-se que a capela primitiva foi construída em 1616, junto com o forte do castelo, por ordem do mesmo Francisco caldeira castelo branco, sendo posteriormente transferida para a praça frei Caetano Brandão, local onde se encontra ainda hoje. Assim permaneceu até 1719, quando foi criada a diocese, sendo elevada à categoria de sé. Em 1730, o real fundador do convento de Mafra ordenou a construção da atual catedral. Em 1748, lançou-se a pedra fundamental, prosseguindo as obras até 1755, quando foi concluída. Quando Antônio José landi chegou ao Pará (1753), as paredes da catedral estavam na altura da cornija, cabendo a ele o projeto do restante da obra. Acredita-se que o desenho da fachada veio de Portugal, devendo-se a landi apenas a sua parte superior. Foi reformada no século XX pelo bispo d. Antônio Macedo costa. Entre as contribuições estrangeiras à arquitetura do século XVIII, nem uma foi mais importante que a do arquiteto italiano Antônio José landi. Deve-se a ele a introdução, na região, de um estilo com ideias classicizantes, que mantém traços do barroco italiano, característico dos prédios oficiais e igrejas de Belém colonial. Destacamos, no sítio, esses dois edifícios por representarem a forma de ocupação híbrida, militar religiosa, que incorporou o extremo norte do território ao Brasil, como, também, por identificarmos,

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