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O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRO

Por:   •  19/4/2017  •  Abstract  •  1.363 Palavras (6 Páginas)  •  291 Visualizações

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Curso: Arquitetura e urbanismo

Disciplina: Planejamento urbano e regional

8º período – 1º sem/2017

Professor: Paulo Henrique Alonso

Avaliação Unidade I – O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRO - valor 30 ptos.

NOTA: __________

NOME DO ALUNO: FILIPE VALE ALVES NOGUEIRA

QUESTÃO ÚNICA: Descreva de forma sintética, abordando os principais pontos, o processo de urbanização brasileiro sob os pontos de vista histórico, sociocultural e econômico.

Utilize este modelo como formato padrão no limite de duas páginas. Imprima frente e verso e entregue ao professor na data acordada em sala de aula. O aluno deverá desenvolver o texto com suas próprias palavras tendo como referências a bibliografia indicada e as anotações e discussões em sala de aula.

        O processo de urbanização no Brasil é incerto. As variáveis que definem o modo que as pessoas devem viver parecem não funcionar no país. O Brasil, com suas exorbitantes diferenças entre as classes sociais está à procura de uma solução para a ocupação das cidades que acontece atualmente sem o controle de quem deveria se responsabilizar por isso, o estado.

        O estado parece não acompanhar de perto, ou nem mesmo de longe, o que acontece no dia a dia da população menos favorecida, da população que recebe salários insuficientes para pagar os absurdos impostos por eles estabelecidos. A quantidade de pessoas que consegue se manter nos centros da cidade hoje, como exposto no documentário “Atrás da Porta, 2010” de Vladimir Seixas e Chapolim, são de apenas 30% do que realmente é possível. Ou seja, a melhor localização da cidade tem um desperdício de 70% de espaço, enquanto grande parte da população se vê obrigada a habitar zonas periféricas da cidade.

        Esta situação se dá, pois, a maior parte da população não recebe salários suficientes e acabam por morar onde sua situação financeira permite. Isso cria uma segregação territorial, ou seja, social e também urbana, pois a população rica mora no centro da cidade e a população pobre nas periferias, que no caso das cidades grandes se localizam desde 50km a até 100km do centro da cidade. Esta distância gera um dos principais problemas em relação ao processo de urbanização, pois as pessoas, aquelas que se esforçam para sobreviver num país repleto de desigualdade, utilizam mais de 50% do seu dia no deslocamento casa/trabalho/casa. Distâncias que seriam facilmente percorridas em 30 minutos, mas em dias de trânsito intenso, como os que acontecem na grande São Paulo, podem demorar de 2 a 5 horas.

        Estas distâncias obrigam os trabalhadores honestos a buscarem por soluções que nem sempre são consideradas dentro da lei, mas que em 100% dos casos é a única. Os trabalhadores em muitas das vezes optam por passar as noites nas ruas, dormindo sob marquises, em praças e pontos de ônibus, para não terem que enfrentar no fim do dia e no início do próximo mais uma jornada de 10 horas dentro de um transporte público que além de custam caro, não proporciona ao usuário o mínimo de conforto.

        Esta situação também obriga os trabalhadores a trazerem consigo suas famílias, que ao não julgarem justo que edificações vazias que ocupem toda a cidade, as ocupam como solução do grande problema de moradia e transporte que os implica. Esta solução, perante a lei, não é vista como correta, mesmo considerando todos os fatores que o estado, por sua vez ausente, impõe a população. Um país que nutre uma quantidade cada vez maior de pessoas da classe baixa gera um efeito dominó nas questões cruciais dos habitantes.

        Um país que não proporciona educação adequada a população, também os impossibilita de conseguirem empregos com salários suficientes, pois por mais que haja uma grande quantidade de vagas disponibilizadas atualmente, as empresas não contratam pessoas sem instrução, mantendo e também aumentando a taxa de desemprego.

        As pessoas não estudam por falta de interesse, não trabalham por falta de vagas no mercado, as pessoas não estudam e trabalham porque o estado não permite, pois são obrigadas a trabalhar dia e noite para sustentar suas famílias. Eles não querem pessoas educadas e conhecedores dos seus direitos nas ruas, não querem estas pessoas lutando por um país mais justo para todos, pois isso é de certo ruim para eles.

        Uma outra questão muito forte no Brasil, e que influencia no processo de urbanização é a dívida que temos com nossa população. A desigualdade não está somente entre o rico e o pobre, está também entre aqueles que se julgam superiores meramente por causa da cor da pele, cabelo e condição social.

        O país sofreu há muito tempo com a escravidão explicita, onde os senhores realmente exploravam os negros. Dizem os livros de história que no dia 13 de maio de 1988 isso mudou. Mas podemos dizer que não completamente. A exploração hoje ainda existe, de formas mais sutis, mas ainda assim fica clara a grande diferença da população negra. As favelas, comunidade, hoje são habitadas em sua maioria por esta população. Mas onde estão os direitos iguais? A população negra é ainda mais prejudicada quando o assunto é sobre os benefícios do estado, os salários são ainda mais baixos, as oportunidades de empregos são ainda mais escassas.

        Mas qual seria a solução para tantos problemas? Estariam todos seguindo o caminho errado com tantos programas sociais disponibilizados pelo governo? Estaria errado o governo ao proporcionar a população educação e saúde gratuitas? Não, se tudo isso realmente fosse feito por quem realmente quer que isso funcione. Os programas sociais são formas do governo investir parte do dinheiro arrecado com impostos exorbitantes recolhidos dos mais pobres e desviar o restante, que é a maior parte.

        Considerando a precariedade das moradias do país, a falta de saneamento e as péssimas condições de transporte, devemos sempre estar à procura de uma solução. Mas para isso precisamos estar cientes do que está realmente acontecendo. As grandes mídias hoje são manipuladas, as grandes redes de televisão são fantoches da alta sociedade. Até mesmo a internet, onde se encontra liberdade de expressão, está dominada por pessoas mal-intencionadas e que não levam a sério e não percebem a situação do pais. Então como conseguir informações suficientes para lutar por seus direitos? A população deve se manter informada nos órgãos responsáveis por prover estas mudanças e cobrar que eles as realizem.

        O problema do Brasil está no comodismo. Está também no otimismo, achar que o time do coração está ganhando estão ficará tudo bem, achar que estamos comemorando o carnaval, a maior e mais feliz festa do país, então ficará tudo bem. Está infelizmente muitas vezes no que podemos denominar, “esquecicismo”, a capacidade de deixar o calor do momento passar, de não resolver o problema no momento em que ele acontece, de esperar a poeira baixar e esperar que algo aconteça.

        O processo de urbanização brasileiro é o retrato do Brasil, são as atitudes de um povo que se rende a ações de pessoas com poder transcritas em mapas. A submissão dos brasileiros retratada da pior forma possível, e afetando cada vez mais a vida de pessoas que tentam viver suas vidas honestamente, enquanto as pessoas que deveriam lhes possibilitar condições para isso, não fazem o mínimo para serem honestos.

        Por fim, os brasileiros conformados com os escândalos quase que diários precisam acordar, precisam se movimentar para transformar o país com a 5ª pior educação do mundo, com um PIB estagnado, com pessoas no poder que não cumprem com suas obrigações, modifiquem para melhor. O Brasil possui capital para ter educação adequada para todos, um PIB em constante crescimento e pessoas capazes de assumir o poder e fazer a diferença. A população só precisa querer. A população só precisa fazer.

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