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O Que é Patrimônio Histórico

Por:   •  11/3/2021  •  Resenha  •  1.741 Palavras (7 Páginas)  •  187 Visualizações

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ALUNO: AIRTON DE OLIVEIRA RODRIGUES JÚNIOR (18004553)

  1. Qual é o fato que mais chama atenção na leitura?

É de como é tão complexo a definição de patrimônio histórico e sua restauração. Não é tão simples como eu pensava. E sua importância é muito válida para a gerações futuras, pois assim podemos analisar certa época do tempo e tirar conclusões sobre assuntos atuais.

b) Quais as comparações feitas na publicação de Carlos Lemos?

Lemos compara a importância que a geração atual, diferente da geração passada, deu em relação à preservação histórica. A geração atual, mesmo que com definição inicial fajuta, se interessou em valorizar e preservar patrimônios históricos, ao contrário da passada.

c) Quem são os especialistas e/ou autores citados no texto e qual a contribuição de cada um?

Hugues de Varine-Boham foi a primeira pessoa a se conscientizar sobre quão vasta é a área de patrimônio cultural, e que esta seja dividida em três grandes categorias: elementos da natureza, conhecimentos e saber fazer e bens culturais.

Aurélio é o criador do conceito da palavra “preservar”: livrar de algum dano, master livre de corrupção, perigo ou dano, defender e resguardar.

Wanderley Pinho fez projeto de lei relativo à proteção de nosso patrimônio cultural como arquitraves, portas, janelas, colunas, azulejos e quaisquer ornatos que possam ser retirados de uma edificação a outra.

Luiz Cedro apresentou projeto de lei focado em salvar nosso patrimônio criando uma Inspetoria dos Monumentos Históricos dos Estados Unidos do Brasil, a fim de conservar imóveis públicos ou particulares que possuem interesse nacional.

Mário de Andrade e Paulo Duarte foram as pessoas que criaram um projeto válido sobre preservação de patrimônios, dividindo as obras de artes em oito categorias: arqueológica, ameríndia, popular, histórica, erudita nacional, erudita estrangeira, aplicadas nacionais e aplicadas estrangeiras.

Ambrogio Annoni fez uma síntese das teorias da restauração, classificando os bens arquitetônicos em ruínas, edifícios danificados mas recuperáveis e em construções boas para uso mas podendo apresentar três hipóteses.

Gian Carlo Garperini propôs criar “Carta Internacional de Restauração de Monumentos” para implementação de política de pesquisas e valorização de monumentos em seu ambiente.


FICHAMENTO

LEMOS, Carlos A.C. “O Que é Patrimônio Histórico”.

São Paulo: Editora Brasiliense, 2006. (Coleção Primeiros Passos; 51).

“Ultimamente, os jornais, as revistas e a própria televisão estão a dar ênfase a um assunto até há pouco sem interesse maior do povo, que é esse tema ligado às construções antigas e seus pertences, representativos de gerações passadas e que, englobadamente, recebem o nome genérico de “Patrimônio Histórico”(…)”.

(p. 7)

A geração passada não deu a devida importância que a geração atual está dando para a preservação de patrimônios históricos.

“(…) Hugues de Varine-Boham quem nos fez encarar a problemática do Patrimônio Cultural de modo bastante abrangente(…)” (p. 8)

Hugues foi quem deu o ponta pé inicial com interrogações vastas sobre patrimônio cultural.

“Sugere o professor francês que o Patrimônio cultural seja dividido em três grandes categorias de elementos. Primeiramente, arrola os elementos pertencentes à natureza (…). O segundo grupo de elementos refere-se ao conhecimento, técnicas, ao saber e ao saber fazer (…). O terceiro grupo de elementos é o mais importante de todos porque reúne os chamados bens culturais que englobam toda sorte de coisas, objetos, artefatos e construções (…).

(p. 8, 9 e 10)

Hugues dividiu o Patrimônio Culturais em três grupos. O primeiro abrange elementos de ambiente natural. O segundo abrange a população em si com foco nos seus conhecimentos. O terceiro abrange todos os artefatos e construções.

“É fácil entender que de uma determinada condição ambiental, e não existem duas iguais no mundo, e de um determinado povo, seja misturado da maneira como for, como o nosso, só pode resultar um processo cultural cuja evolução sempre percorre diretrizes identificadas por uma linha mestra do saber predominante. (…)” (p. 25)

Duas regiões não compartilham da mesma cultura. Ambas possuem suas particularidades onde irá resultar em duas culturas distintas.

“(…) o termo preservar deve ser aplicado com toda a amplitude de seu significado. É dever de patriotismo preservar os recursos materiais e as condições ambientais em sua integridade (…). (p. 26)

É dever de todo brasileiro preservar a sua história e de seus antepassados.


“Não podemos ignorar a indústria japonesa invadindo as cidades e os sertões. (…). O rádio japonês sempre transmitirá sua musiquinha sertaneja. Sempre daremos um jeitinho nosso às coisas de fora.” (p. 28)

A globalização é inevitável. Mas o brasileiro sempre dará seu jeito de deixar com sua essência.

“(…) Os arquitetos (…) podem preservar obras artísticas em geral para o seu próprio deleite e prazer espiritual.” (p. 31)

Os arquitetos podem adquirir bastante conhecimento em analises de obras antigas.

“(…) definia Mário de Andrade: “Entende-se por patrimônio Artístico Nacional todas as obras de arte pura ou de arte aplicada, popular ou erudita, nacional ou estrangeira, pertencentes ao poderes públicos, e a organismos sociais e a particulares nacionais, a particulares estrangeiros, residentes no Brasil”. (…)”

(p. 38)

Mário de Andrade conceitua Patrimônio Artístico Nacional e agrupou as obras de arte em oito categorias: arqueológica, ameríndia, popular, histórica, erudita nacional, erudita estrangeira, aplicadas nacionais e aplicadas estrangeiras.

“(…) veio o decreto-lei nº 25, de 30 de novembro, que organizou então o primitivo SPHAN, onde se define oficialmente o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como sendo “o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público (…).” (p. 43)

No dia 30 de novembro, Patrimônio Histórico ganhou um conceito oficial pelo SPHAN.

“(…) a lei promulgada prudentemente apelava a um restrito “interesse público” sem, contudo, defini-lo em sua extenção. (…). (p. 44)

A lei não define um conceito para “interesse público”, deixando um espaço em branco sobre o que preservar.

“(…) é imprescindível ordenar ou classificar todos os bens que compõem um Patrimônio Cultural e, portanto, estabelecer regras de como e onde preservá-los em sua totalidade ou selecionando elementos realmente representativos. (…)” (p. 64)

É necessário estabelecer regras de como e onde preservar certo patrimônio cultural e não apenas apontá-lo como importante.

“Essa expressão, “como preservar”, prossupõe uma série infinita de atividades e de posturas perante o elenco de bens culturais do nosso patrimônio, implicando, inclusive, atuações interdisciplinares e julgamentos os mais variados.” (p. 66)

Não existe um método universal de como preservar algo. Cada coisa possui sua própria particularidade sobre como ser preservada.


“(…) a primeira norma de conduta ligada ao “como preservar” é manter o bem cultural, especialmente o edifício, em uso constante e sempre que possível satisfazendo a programas originais. (…)” (p. 69)

Tentar manter seu uso original é a base de como preservar.

“(…) Conforme Gian Carlo Garperini, (…) propunha criar uma “Carta Intenracional de Restauração de Monumentos” para a implantação de uma política comum de pesquisas e valorização dos monumentos em seu ambiente, dos centros históricos e da paisagem. (…)” (p. 75)

Gian Carlo Garperini propôs a criação de uma política de valorização de monumentos em seu local original.

“(…) preservadores que se reuniu, em maio de 1964, em Veneza, o Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos em Monumentos Históricos. (…) Daí, dada a ampla anuência da delegação brasileira, estarmos hoje sujeitos aos sábios ditames do documento nascido naquela reunião denominado “Carta de Veneza”, cuja redação nos leva a adotar o chamado “método científico” (…).” (p. 76)

“Carta de Veneza” conta com vários métodos científicos de como preservar um monumento histórico.

“A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Ela visa a conservar e a revelar o valor estético e histórico do monumento. (…)” (p. 78)

Restaurar é valorizar a história do monumento.

“As contribuições de todas as épocas para a construção de um monumento devem ser respeitadas, não devendo considerar-se a unidade do estilo como o objetivo a alcançar no curso de uma restauração. (…)” (p. 80)

As marcas de outros tempos devem ser aceitadas e não propriamente atualizadas. As contribuições devem ser respeitadas.

“A remoção total ou parcial de um monumento do sítio original para outro local não pode ser tolerada, salvo se a sua preservação assim o exigir ou se razões de grande interesse nacional ou internacional a justificarem. (…)” (p. 81)

O transporte de um monumento para outro local não deve ser feita. A não ser que seja por algum motivo muito justificativo.

“(…) Tombar, enquanto for registrar, é também igual a guardar, preservar. O bem tombado não pode ser destruído e qualquer intervenção por que necessite passar deve ser analisada e autorizada. (…)” (p. 85)

Tombar um monumento é valorizar a época da sua geração.


“Levando em conta que o Patrimônio Histórico e Artístico, quer dizer, arquitetônico, constitui um “capital” a ser mantido para render vantagens, principalmente através do turismo, os participantes diziam que partiram da suposição de que os monumentos de interesse arqueológico, histórico e artístico constituem, também, recursos econômicos semelhantes as riquezas materiais do país. (…)” (p. 88)

Restaurar monumentos históricos, também cooperam com o crescimento do turismo no país. Consequentemente, levam ao crescimento do capital.

“(…) O “como” preservar o Patrimônio Ambiental Urbano depende de providências em dois campos. O primeiro deles é ligado ao planejamento, o projeto de recuperação (…) somente possível após exaustivas levantamentos de natureza variada. O segundo campo é aquele decorrente da implantação do projeto e tem fundamentalmente o interesse social já que, ao se intervir no imóvel, está em si está intervindo na vida do seu ocupante.” (p. 97)

Preservar um patrimônio requer projetos e análises posteriores.

“(…) aqui, o grande problema é o baixo poder aquisitivo dos ocupantes de monumentos aliado à sua costumeira indiferença as questões de preservação cultural, pois, em princípio, quase todas as nossas ditas cidades históricas são bastante pobres e destituídas de melhoramentos básicos de população humilde e obviamente mal instruída.“

(p. 100)

Os ocupantes de monumentos históricos brasileiros, na maioria das vezes, são humildes e sem condições de mantê-los preservados. Cabe aos governantes essa tarefa.

“Os governos, especialmente os estaduais, tem que aquilatar enorme responsabilidade que lhes pesa nos ombros, representada por importantíssimos centros históricos hoje à beira da descaracterização total graças, antes de tudo, a inoperância de meia dúzia de decisões ou previdências mais demagógicas ou políticas do que efetivamente práticas e sinceramente imaginadas com base em honesta avaliação do que realmente valem aqueles bens de interesse social.” (p. 105)

Infelizmente os governantes não dão devido valor aos centros históricos com vários monumentos históricos. Sendo abandonados e deixados para se acabar com o tempo.


“Nosso país é jovem e nos seus quatrocentos e tantos anos de vida conseguiu aqui e acolá seu acervo de bens absolutamente típicos de uma cultura nascida de  três raças (…) hoje tem proporcionalmente muito pouco a mostrar como lembrança representativa de sua memória. (…)” (p. 107)

Com projetos de preservação chegando tarde, essa é a justificativa do país ter tão pouco a se mostrar de um passado que se perdeu no tempo.

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