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O Turismo e Planejamento Urbano

Por:   •  13/9/2019  •  Artigo  •  3.310 Palavras (14 Páginas)  •  254 Visualizações

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Estratégias de planejamento Urbano voltadas ao desenvolvimento turístico de cidades históricas coloniais:

O turismo cultural como gerador de renda e proteção do centro histórico e meio ambiente.

Autor: Junio Filipe dos Reis Silva

Autora: Letícia Silva Ávila

Orientador: Rodrigo Reis

Este artigo propõe estratégias de projeto e planejamento urbano voltado a áreas centrais de cidades históricas. Visa-se aqui intervenções físicas, educacionais e quanto a legislação que propiciem o desenvolvimento de um modelo turístico cultural em cidades históricas, de modo a estimular o desenvolvimento econômico e cultural das cidades onde poderá ser implantado. Busca-se também contribuir com a manutenção do patrimônio, da cultura e do meio ambiente local. Levando em consideração aspectos topográficos, econômicos, culturais e sociais, de modo a evitar a escassez de diversidade dos usos e serviços nos centros, responsáveis em grande parte pela valorização imobiliária que provoca o afastamento das populações locais de suas moradias e áreas habitadas contribuindo para a apropriação pelos habitantes das intervenções sugeridas tornando-os, também, privilegiados pelas melhorias em infraestrutura e novas construções e revitalizações que ocorrerão em sua região. A escolha desta temática deve-se a preocupação em gerar economia em cidades que não tem grande diversidade de atividades que gerem recursos aos cofres públicos e, que assim, correm o risco de ter seu patrimônio, e consequentemente sua memória, perdidos pela falta de manutenção e propagação da história em seus habitantes. Estes, por sua vez, passariam a conhecer melhor seu próprio passado e enriquecerão, através da cultura e da troca de experiências, a si mesmos e os visitantes que por suas cidades passarem.

Palavras-chave: Turismo cultural. Planejamento urbano. Centro histórico.

Existe atualmente uma enorme gama de estudos baseados no desenvolvimento turístico de diversos tipos de cidades coloniais mineiras, chamadas cidades históricas, considerando-se seja a acessibilidade, o desenvolvimento econômico dos moradores, a criação de serviços especializados, a preservação do patrimônio, intervenções em sua infraestrutura, entre outros. Neste artigo, pretende-se levantar variadas ideias e maneiras de promover o turismo cultural, considerado por estudiosos do assunto, como FERRAZ e MONTEJANO, um tipo de turismo responsável por causar reduzidos impactos sociais, à natureza e ao espaço, como gerador de renda e proteção do centro histórico e meio ambiente.

Desta forma, este estudo propõe fazer uma compilação de práticas que, dentro de seus limites e estudos específicos sobre a cidade, sejam válidas para diversas cidades que mesmo em diferentes regiões apresentem características semelhantes, abordando estratégias de planejamento e intervenções urbanas voltadas ao desenvolvimento turístico de cidades históricas, englobando seus centros como um todo, incluindo os moradores e as edificações, e os recursos naturais como cachoeiras, lagos, nascentes, etc., podendo ser usado como um guia para ajudar à futuros pesquisadores e planejadores urbanos a levarem em conta alguns dos tópicos aqui levantados.

Sendo assim, é importante para arquitetos e urbanistas, entre outros profissionais das mais diversas áreas procurarem soluções para promover a implantação de infraestrutura necessária, melhoria e diversificação do comércio e dos serviços gerados por esta atividade, entre outros meios e tornar a renda do turismo cultural uma das mantenedoras do patrimônio histórico, cultural e natural de cidades históricas que atualmente não possuem recursos financeiros suficientes para conservar e restaurar suas edificações e os espaços urbanos, além da preservação dos recursos e atrativos naturais que muitas vezes são encontrados nestas cidades.

Levando em consideração estas premissas, este artigo busca responder ao questionamento que se faz quanto a como desenvolve o turismo sem causar degradação do produto turístico que é o próprio espaço, edificado e urbano ou não, em que este atua, focando nas suas potencialidades e prevendo algumas das contradições urbanas mais comuns e os possíveis problemas que poderão vir a ocorrer e que são provenientes desta atividade.

A pesquisa apresentada neste artigo tem caráter bibliográfico, realizada através da revisão de literatura e baseado em um estudo qualitativo, método que não se preocupa com relação aos números, mas com relação ao aprofundamento e de como ele é entendido pelas pessoas, (GOLDENBERG, 1997). Quanto aos procedimentos técnicos utilizados no artigo, foi utilizado a pesquisa bibliográfica que é realizada a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de websites

Através destes procedimentos, o artigo tem a finalidade de explicitar a relevância da relação entre a arquitetura e urbanismo na pesquisa e estudo incluído na área do turismo para um melhor entendimento deste fenômeno dentro do campo das Ciências Sociais Aplicadas.

A atividade turística, de acordo com VARGAS (2014), é categorizada em serviços e está incluída dentro do ramo das atividades terciárias. Quanto às áreas do saber que a abrangem estão a economia, o marketing, a geografia, entre outras. Neste aspecto o autor observa que a Arquitetura e Urbanismo não é analisada no estudo do turismo, mesmo levando em conta o patrimônio histórico que frequentemente faz parte de áreas turísticas, deixando a questão do estudo e da organização do espaço relegado apenas a profissionais de algumas áreas específicas, como turismólogos e geógrafos.

O turismo, ainda segundo o mesmo autor, se apropria de espaços formados anteriormente à lógica capitalista, como cidades históricas, monumentos, etc., quanto aqueles espaços que são produto deste modelo econômico, como áreas industriais, zonas portuárias, entre outras. Nesta lógica, pode-se observar que esta atividade tem o potencial, aproveitar-se de áreas desprezadas por outros setores econômicos através da valorização, transformação, revitalização, dentre outras intervenções.

SIMON (2012), argumenta que a atividade turística possui diversas subdivisões, cada uma com suas próprias características, dentre estes, uma denominada de turismo cultural. MONTEJANO (2001) citado por SIMON (2012, p.6) defende que o turismo cultural é a ampliação da cultura de um turista a partir do tempo livre despendido em lazer. O autor, por

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