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O URBANISMO - Centralidades Interurbanas

Por:   •  9/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  931 Palavras (4 Páginas)  •  157 Visualizações

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Na história das cidades antigas, é relatado que essas foram por muito tempo monocentrícas. Nas cidades medievais esse único centro regia a estruturação interna da cidade, e era originado a partir de razoes religiosas, culturais e até defensivas, era neste que se localizava por exemplo o fórum da cidade, além de templos e santuários, casas de justiça, de administração e mercados. O poder político era a alma da cidade, e essa emanava do centro, sendo então este ponto o referencial para a representação dos poderes político e religioso da época, com toda monumentalidade dos palácios e templos que ali se encontravam. O deslocamento da população era dado a pé, montadas, ou veículos de rodas, gerando nas principais vias deste centro, intenso congestionamento.

É importante ressaltar que a organização dos espaços da cidade medieval não era resultada de planos do poder real, mas sim definidos pela topografia local. Já mais tarde no período da baixa idade média, na Europa do Norte e no período renascentista Italiano, o plano das cidades novas e bastides, já possuem certa evidencialidade da centralidade, tanto pela disposição de uma praça principal no centro da malha viária, quanto da consolidação do poder público em seu palácio comunal em concorrência com o poder religioso. Já em final de oitocentos, com o surgimento da via-férrea e construção de estações nas periferias da cidade, cria-se assim novo ponto de atração e como efeito ocorre um desenvolvimento no entorno da estação e da avenida da estação, gerando em muitos casos grande espaços públicos que se juntam à representação de centralidades.

Quando as cidades começaram a ter um crescimento acelerado, gerado principalmente pela industrialização, houve a necessidade de criar novas faixas construídas principalmente em áreas mais periféricas, com isso ocorre uma transformação do núcleo tradicional, deixando de ter a homogeneidade das cidades antigas. O núcleo central deixa então para trás sua função política, e passa a ser local de gestão econômica. Nesse contexto o centro tradicional passa a competir com outros centros emergentes, de menor dimensão, que atraem de alguma forma a população por meio dessa nova ordem econômica e de transporte, sendo um ponto de acesso fácil e de menor distancia para oferta de serviços oferecidos a população anteriormente no centro tradicional.

Com isso a cidade contemporânea não é mais dada por um centro geométrico, e sim por várias centralidades, que se dão por atividades e funções antes exclusivas do centro, essas agora tem sua localização especifica, o seu centro, por exemplo centro de negócios, universitários, comerciais, desportivos, hospitalares entre outros, impondo-se na cidade como centros secundários e concorrentes, extras ao antigo centro, gerando assim a poli centralidade.

«O centro não está necessariamente no centro geográfico, e nem sempre ocupa o sítio histórico onde esta cidade se originou, ele é antes de tudo o ponto de convergência/divergência, é o nó do sistema de circulação, é o lugar para onde todos se deslocam para a interação destas atividades aí localizadas com as outras que se realizam no interior da cidade ou fora dela» (Sposito, 1991).

As áreas centrais destacam-se do restante da cidade principalmente da concentração de oferta de serviços, da grande ocupação e uso do solo, menor uso como alojamento, pela atração de visitantes, além de e claro grande volume de emprego que fornece. Com isso, a área recebe grande disputa, seus edifícios se verticalizam cada vez mais, o trafego é maior e isso tudo gera maior acumulação de capital na área.

O Autor Bird,

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