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Resenha Arquitetura e Fenomenologia

Por:   •  11/6/2020  •  Resenha  •  1.451 Palavras (6 Páginas)  •  476 Visualizações

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DISCIPLINA: Teoria, História e Crítica da Arquitetura e do Urbanismo V

SINTESE: A Condição Contemporânea da Arquitetura, Josep Maria Montaner

ARQUITETURA E FENOMENOLOGIA

FRAGMENTAÇÃO, CAOS E ICONICIDADE

O quinto capítulo “Arquitetura e Fenomenologia” faz um reconto do realismo e brutalismo, Steven Hall: espaços e percepção, Glenn Marcutt: integração ao meio, Peter Zumthor: a matéria na paisagem, Mauricio Rocha: formas e texturas para os sentidos, Diller Scofidio: o corpo e ação, Williams Tsien: lentidão.

Realismo e brutalismo. Esta revitalização da arquitetura fenomenológica, da experiência e do humanismo relaciona-se intimamente com a paulatina revalorização da teoria e obra de Lina Bo Baldi (1914-1992) mediante livros, exposições e filmagens. Utilizava materiais acessíveis e orçamentos modestos e que se relaciona intensamente com o lugar.

Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, que lideraram o ateliê Brasil Arquitetura e vêm desenvolvendo obras representativas e interessantes do ponto de vista plástico, urbano e paisagístico.

Steven Hall: espaços e percepção. Um dos arquitetos mais relevantes por sua proximidade à fenomenologia, que, com suas aquarelas e maquetes, consegue prever os efeitos da luz natural empregada para que os espaços interiores sejam percebidos, sentidos, apalpados, cheirados, tenham temperatura e cor.

Glenn Murcutt: integração ao meio. Tem desenvolvido uma obra meticulosa e lenta, construída de modo solitário, de casas que se erguem no terreno para se protegerem do calor e dos animais, com coberturas inclinadas a fim de promover a ventilação natural e aproveitar a luz solar.

A maior parte de suas obras, sejam privadas, sejam públicas, segue um esquema bioclimático semelhante, adotando uma forma longitudinal orientada para o eixo leste-oeste, com maior fachada para o sul, coberturas com duas águas e base elevada do solo, se inspirando na arquitetura natural do país.

Peter Zumthor: a matéria na paisagem. Realiza uma obra impecável em sua concepção e construção, caracterizada pela complexa relação com o entorno, e tem se transformado em uma referência da arquitetura contemporânea em virtude de suas obras e seus escritos. Zumthor mescla o artesanato com a indústria, a percepção sensorial com a razão, a subjetividade com o conceitualismo, a natureza com a tecnologia. Demonstra uma forte coerência e aprofunda os temas-chave e atemporais da arquitetura: materialidade, espaço, simbolismo, relação com o contexto e a atmosfera.

Mauricio Rocha: formas e texturas para os sentidos. Se destaca por suas intervenções artísticas e seus projetos museográficos para centros artísticos, demonstrando grande cultura, gosto refinado e habilidades inatas de composição e manipulação do espaço. Com suas obras, cria contêineres de emoções, andaimes que instalam arquiteturas em interiores, fundos neutros para serem preenchidos pela policromia da vida e dos objetos, pela vegetação, pelas pessoas e suas experiências.

Diller Scofidio: o corpo e a ação. Tem realizado uma obra que vai além dos limites da arquitetura, essa rica obra multidisciplinar, realizada nas décadas de 1980 e 1990 com videoartes, instalações, exposições, cenografias teatrais e artigos, lhes permitiu experimentar sem limites e desconstruir a visão estabelecida do corpo e do gênero. Suas obras partem do estudo do corpo humano e das relações entre o natural e o artificial e tentam superar os limites entre o público e o privado. Têm demostrado como nossos corpos são construídos por sutis mecanismos de controle através dos padrões de comportamento no espaço convencional.

Williams Tsien: lentidão. A obra de Tod Williams (1943) e Billie Tsien (1949) destaca-se pelo valor da materialidade, da luz natural e da qualidade dos espações, motivo pelo qual se situa claramente na arquitetura que se baseia no mundo das experiências. Suas obras almejam a um prazer tranquilo, buscam resolver problemas, transcender soluções e construir edificações que perdurem, sejam apreciadas e deixam uma marca positiva no mundo. Trata-se da transposição explícita dos princípios da lentidão à arquitetura. Sempre são obras alegres e discretas, bem equilibradas e integradas ao entorno paisagístico ou urbano, expressivas pela variedade e textura dos materiais, pela presença da luz natural e pela ênfase na percepção pelos sentidos.

No sexto capítulo trata da “Fragmentação caos e iconicidade”, uma arquitetura baseada na linguagem hedonista e versátil na qual a colagem é levada às três dimensões e as edificações e a cidade são construídas por meio da sobreposição de camadas. Aborda o novo pragmatismo, Bernard Tschumi: o Museu de Acrópole, Rem Koolhaas/OMA: a biblioteca pública de Seattle, a escola holandesa contemporânea: MVRDV, Big: a iconicidade da arquitetura, Zaha Hadid: tipologias para o futuro e termina o capítulo com as diversas arquiteturas da complexidade.

O novo pragmatismo. Depois da idade dourada da critica e da teoria da arquitetura das décadas de 1960 e 1970, tanto do projeto crítico como do formalismo analítico, a arquitetura e o urbanismo da fragmentação têm continuação e se expressam no auge do novo pragmatismo, que tem sido denominado de “pós-crítica”. Trata-se de um empirismo radical que analisa e interpreta os fatos da maneira como os experimentamos, sem purismos nem preconceitos.

Em seus textos sobre signos, Pierce foi o primeiro a estabelecer o significado de “ícone, índice e símbolo”, e, dentro dos ícones, ele situou as imagens, os diagramas e as metáforas. Portanto, a conceitualização do novo pragmatismo tem sido uníssona com a predominância do mecanismo genuinamente moderno dos diagramas.

A teoria e a obra de Peter Eisenman. Tem predominado nas últimas décadas, por seu desejo desconstrutivo de articular uma interpretação desmitificada

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