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Resenha do Livro Modernidade Líquida

Por:   •  10/5/2016  •  Resenha  •  1.653 Palavras (7 Páginas)  •  538 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Lázara Eliza Borges de Castro

TH – 5

Resenha do livro: A corrida para o Século XXI.

O conhecimento e o progresso podem ter seu desenvolvimento comparado à uma montanha russa. Teve um período de desenvolvimento lento e crescente até chegar ao seu ápice, durante a 1ª Grande Guerra. Depois disso a informação aparece com uma velocidade cada vez maior e cheia de voltas, altos e baixos.

Tudo isso ocorre tão rapidamente que não temos mais tempo de analisar tudo o que acontece a nossa volta. Nesse sentido surge a crítica como uma forma de conversar com as novas tecnologias, como uma forma de justificar a técnica. O efeito logo abole a percepção de tempo e obscurece referências de espaço. Essa ausência de limites firmemente estabelecidos cria a ideia de globalização.

A característica principal do século XX é a velocidade com que ocorrem as mudanças tecnológicas. Isso se torna claro quando observamos que mais de 80% de todas as descobertas científicas ocorreram no último século. Com o fim da guerra, os Estados Unidos despontam como a maior potência mundial, fazendo do dólar a moeda global. O pós guerra trouxe um crescimento considerável do setor de serviços, ocupando um espaço que anteriormente era ocupado apenas pela indústria.

É também no pós guerra que as empresas começam a se estabelecer em diversas partes do mundo. Isso deixou os empresários em posição de negociar a instalação de novas unidades com governos, exigindo vantagens, mas ampliando investimentos. Ao dar as corporações esse poder, a expansão se deu sem qualquer discussão sobre seus efeitos.

Antes o Estado cobrava o repasse de uma parte dos lucros para parcelas mais pobres da sociedade, fazendo uma redistribuição de oportunidades. Com a globalização, o poder das grandes empresas cresceu tanto que esse controle do Estado se tornou inviável, pois as empresas se estabeleciam em locais que ofereciam mais vantagens.

O declínio do socialismo se deu com a união entre Ronald Reagan e Margareth Thatcher, que pregavam a adoção do destino manifesto no capitalismo. Houve uma diminuição na atuação do Estado e aumento da liberdade das Grandes Corporações. Mesmo a educação, sempre apontada como solução para desigualdades, privilegiava apenas uma parcela da população, sendo mais um fator discriminatório. Os efeitos negativos são omitidos da grande parte da sociedade, o que não impede o mundo de pagar pelos efeitos da globalização.

Assim, o problema mais urgente a ser resolvido é a responsabilidade com o futuro. A maioria das decisões tomadas pelos governos visam o imediatismo imposto por eleitores e lobistas, não se preocupando com a preservação do nosso planeta. O poder de compra posiciona as pessoas na sociedade, sendo que quem tem maior poder de compra possui mais e melhores coisas, e quem não tem vive marginalizado da sociedade. O fracasso é repudiado.

As nações europeias e desenvolvidas sofreram com o extermínio da política de estado de bem estar social. Já as nações em desenvolvimento trocam seus recursos naturais por métodos predatórios de exploração. Nesse cenário despontam o FMI e o Banco Mundial. No início, esses fundos conseguiram ajudar na reconstrução de alguns países no pós guerra. Mas com a alta do dólar e do petróleo, tudo o que esses bancos fazem é causar um endividamento absurdo nos países mais pobres.

Trabalhando a ética nos parâmetros atuais, temos associações comunitárias que lutam pela penalização de instituições como estas, que prejudicam a sociedade ou o meio ambiente. Junto à essa análise sócio política, podemos afirmar que as cidades cresceram tanto horizontalmente quanto verticalmente, causando um êxodo rural acentuado. Tudo isso foi possível pela verticalização dos materiais de construção bem como do uso da eletricidade.

Em razão da modernização acelerada, as pessoas não mãos fazem a tecnologia se adaptar à elas, mas o contrário. Hoje as pessoas não são avaliadas por suas qualidades, mas pelo que consomem. Essa velocidade sensorial tem um ponto positivo, pois amplia os horizontes e instiga novas formas de interação com o meio. Como exemplo, podemos citar o cinema e a montanha russa. Ambos foram criados para impactar psicofisiologicamente as pessoas. Foi assim que nasceu a indústria do entretenimento.

O cinema recebe nova significação à partir do momento em que a eletrônica permite uma interação entre diversos novos recursos, sincronizando imagem e voz. o entretenimento então, foi se tornando cada vez mais popular, e todas as pessoas começam a buscar por diversão, independentemente de divisões sociais. A cultura rural foi sendo abandonada na medida em que as pessoas se mudavam para a cidade, passando a ter acesso apenas à cultura pré fabricada para custar pouco e entreter, se tornando apenas mais um produto.

A cultura passa a ser utilizada para causar euforia e entorpecimento nas pessoas, para que se esqueçam das dificuldades e desigualdades. A ideia era se opor a grupos que defendiam o diferente e massificar a população. Em alguns casos o Estado se apropria desses técnicas para perseverar em determinada ideologia.

Nos anos 60 jovens iniciaram um pensamento transgressor, voltando-se para os valores sensoriais, sensuais e espirituais, libertando-se do Estado, o que causa uma certa ruptura mas também uma corrida das empresas para se apropriar do movimento e lucrar com ele. Enfim, o que podemos apreender é que nesse momento as imagens eram mais importantes que conteúdo, e a ampla concorrência é bastante estimulada. Torna-se uma preocupação o individualismo das pessoas, que estão olhando cada vez mais para si mesmas e esquecendo-se do próximo.

A velocidade com que a tecnologia se desenvolve também é parâmetro para medirmos a degradação ambiental. É nítido o aumento na emissão de gases tóxicos e a utilização de produtos químicos sintéticos prejudiciais ao meio ambiente. Não existe no planeta hoje qualquer lugar que não esteja contaminado e não existem estudos que possam afirmar qual o impacto desses elementos a longo prazo. Nesse sentido, a ciência e a técnica são os meios adequados para encontramos soluções para o problema ambiental.

Todavia, no caminho do desenvolvimento sustentável e da ciência responsável, temos as grandes corporações que se preocupam apenas com lucro, esquivando-se de fiscalizações e punições. No sentido contrário, foi criado por ongs e ambientalistas o princípio da precaução, que consiste em deixar em quarentena ou recomendar que se evitem produtos que possam prejudicar o meio ambiente, colocando a segurança da população à frente do risco de lançamento do produto.

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