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SISTEMAS CONSTRUTIVOS SUSTENTÁVEIS ALTERNATIVOS E SUAS TECNOLOGIAS

Por:   •  1/6/2020  •  Resenha  •  1.413 Palavras (6 Páginas)  •  242 Visualizações

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SISTEMAS CONSTRUTIVOS SUSTENTÁVEIS ALTERNATIVOS E SUAS TECNOLOGIAS

Carine Pichetti Del Posso[1]

        

A construção civil é um dos grandes responsáveis pelo consumo dos recursos naturais para a produção de insumos nos canteiros de obras, onde é gerado acúmulo de resíduos sólidos e entulhos, são poucas as empresas que se preocupam com um consumo consciente dos materiais, fazendo a destinação correta desses resíduos, é um dos setores que mais geram impactos ambientais. Nos dias atuais, tem-se uma grande preocupação pela busca de um sistema construtivo mais eficiente, onde devemos considerar alguns aspectos do desenvolvimento, sustentável, econômico, social e ambiental de forma equilibrada (GOMES; LACERDA, 2014).                                                                                         Esse assunto precisa ser trabalhado, para fazer a racionalização desses recursos, evitando desperdício, garantindo a sua viabilidade econômica e sustentável. Nós como profissionais da área da construção civil, arquitetos e engenheiros temos a obrigação de mostrar que é possível construir de forma mais inteligente e sustentável, usando a criatividade, aproveitando os recursos naturais, aperfeiçoando técnicas construtivas já existentes, trazendo assim benefício social, bem-estar e qualidade da habitação, possibilitando a todos uma habitação condigna e a baixo custo (NEVES, 2014).

A arquitetura vernacular e suas técnicas construtivas alternativas estão sendo resgatadas, continuam sendo eficientes nos dias atuais, algumas delas são: pau a pique, bambu e adobe. Técnicas essas que usam recursos naturais sem causar danos ao meio ambiente, para cada construção deveram considerar a cultura construtiva local, recursos naturais e matéria-prima disponível em sua região.

O adobe é um dos materiais construtivos mais antigos do mundo, é composto por terra, água e fibras orgânicas como a palha, oferece vantagens como baixo consumo energético por secarem ao sol sem precisar ir ao forno como a fabricação dos tijolos convencionais, 90% das terras brasileiras pode ser usado para sua confecção, é também um excelente isolamento térmico.

O bambu existe mais de 2000 espécies, existem bambus estruturais que tem a capacidade dê fazer o mesmo esforço de um tronco de eucalipto, tem grande versatilidade podendo ser usado tanto como componente estrutural ou como acabamento arquitetônico.          As construções pau a pique também conhecida como taipa, técnica construtiva antiga que é feita através do entrelaçamento de madeira e bambu fixados no solo, com vigas horizontais, geralmente são amarradas entre si por cipós, os seus vãos são preenchidos com o uso de uma mistura com barro, areia e água. 

As construções ecológicas também chamadas de bioarquitetura devem manter uma integração com o ambiente local, interferindo o mínimo possível na sua paisagem local, e não de soluções predominantemente industrializadas. Os materiais utilizados para sua construção são os disponíveis no próprio local de construção, tem o objetivo de trazer soluções de reuso de materiais, iluminação natural e a utilização dos recursos naturais de forma consciente. Hoje não se pode pensar em uma construção ecológica e sustentável sem a utilização do paisagismo se integrando a edificação (AECWEB).

Faz parte da cultura brasileira a utilizar construções em alvenaria, porém em função dos custos elevados e grande acúmulo de resíduos gerados nas obras, busca-se construções alternativas que possam causar menores impactos ambientais, alguns desses sistemas construtivos são as construções modulares e os sistemas pré-fabricados que podem ser denominados como sistema wood frame, steel framing, gesso acartonado, entre outros, a vantagem desses sistemas são de fácil montagem, menor prazo de execução, pode ser realizado independentemente do clima, pois são sistemas industrializados pré-fabricado, evitam as quebras e retrabalhos, dessa forma economizando tempo e serviço, percebe-se que estes sistemas estão crescendo fortemente, por seu comprometimento com o meio ambiente.        O Brasil é um dois países com maior disponibilidade hídrica, á água tem importância significativa para o desenvolvimento mais sustentável nas edificações. Hoje com as tecnologias e os seus sistemas economizadores e de reutilização da água, é possível conservar a água e reduzir o volume de esgoto, segundo informações do IBGE, 2002 somente 33,5 % das residências tem rede de coleta de esgotos sanitária, podemos perceber que á uma grande carência de saneamento básico na preservação do meio ambiente, a água tratada tem um custo caro, onde nem todo o mundo tem acesso (OLIVEIRA, 2016).

As prefeituras têm um papel importante, principalmente no código de obras, o aproveitamento da água pluvial, precisa se tornar uma exigência em locais que ainda não se exige, devem ser estudados e implantados, conscientizando a população dos meios sustentáveis. Os sistemas de aproveitamento de água pluvial não se restringem apenas na conservação da água, mas também no controle do excesso de escoamento superficial e das cheias urbanas, em algumas regiões no Brasil é feito o armazenamento de água para época de seca. Também pode ser feito a reutilização da água do chuveiro, área de serviço, essa água armazenada pode ser otimizada para diferentes usos como molhar jardins, lavar calçadas, além desses meios temos também o auxílio das tecnologias como uso das torneiras e descargas inteligentes.                                                                                  A construção civil é uma atividade que gera impactos ambientais, desde o momento da produção dos materiais até o descarte dos rejeitos das obras, a tendência do mercado precisa rever suas técnicas e impulsionar a tendência de materiais de construção sustentável.         Para uma construção sustentável o primeiro passo é não gerar resíduos. O paisagismo sustentável, aliado a construção contribui para a criação do microclima, tendo ganho energético, diminuição da sensação térmica. A inovação e sustentabilidade na construção civil não se restringem apenas aos materiais e as técnicas construtivas. Os próprio funcionamento das construções também precisam de recursos visando a minimizar os impactos ambientais (COBERTURAS LEVES, 2018).

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