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A ANALISE DAS EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DO SETOR SUCROENERGÉTICO

Por:   •  2/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.148 Palavras (17 Páginas)  •  188 Visualizações

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ANALISE DAS EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DO SETOR SUCROENERGÉTICO

Palavras-Chave: Setor Sucroenergético, Analise Financeira

Nome do Autor: Marcelo Norival Delfino

Nome do Orientador: Raquel Sales

Trabalho integrador curso sob a modalidade de Artigo Jornalístico.

FACULDADE FIPECAFI, MBA CONTABILIDADE E FINANÇAS, T05 2019

O Setor sucroenergético é uma das atividades com melhor crescimento na agroindústria brasileira e um dos mais tradicionais, desde o Brasil colonial até os dias atuais com modernos complexos industriais, o setor é referência para o mundo em eficiência e um dos exemplos mais bem sucedidos de estratégia integrada de desenvolvimento econômico descentralizado.

No período pós década de 1990, com a desregulamentação do setor o surgimento e maior interesse nos veículos biocombustíveis, houve intensa expansão da produção de açúcar e etanol no País, e desde então o setor tem crescido exponencialmente se beneficiando da relevância da questão ambiental e do problema do esgotamento de combustíveis fósseis.

O setor no Brasil compreende todas as atividades agrícolas e industriais relacionadas à produção de Açúcar, Etanol e Bioletrecidade, que decorre quase que exclusivamente do processamento da cana de açúcar utilizada para fins industriais. Sendo atualmente o maior produtor de cana de açúcar, o Brasil produz 39% do total que é produzido no mundo.

O Brasil também é líder no beneficiamento do Açucar, sendo o líder na produção desta comodities com participação de 21% do total produzido e 45% nas exportações totais. Já na produção de etanol o país ocupa a posição de segundo maior produtor   mundial, com um total de 27%.

O sucroenergético é o 2º setor agropecuário mais importante para a balança comercial brasileira, gerando cerca de 12 bilhões de dólares anuais em exportações, com expressiva contribuição  no campo econômico e  forte impacto como um gerador de riquezas para a nação, sendo que na safra 2017/2018 gerou um PIB de US$ 85 bilhões, o que equivaleu a aproximadamente 2% do PIB do Brasil, além disso, contribuiu significativamente para a economia de divisas com diminuição da importação de combustível fóssil.

No campo socioambiental, o desenvolvimento do setor contribuiu de modo significativo para a redução da emissão de gases de escape de veículos leves, e gases do efeito estufa, além de trazer melhora significativa das condições e da qualidade de emprego.

Com importante contribuição na geração de renda e empregos, a cadeia sucroenergética destaca-se no contexto social com destaque para descentralização econômica. De acordo com dados do Sebrae e Cepea o setor gerou cerca de 800 mil empregos diretos em mais de 20% dos municípios brasileiros, onde 3,2% do total de pessoas ocupadas no agronegócio em 2017 estavam nas atividades da cadeia sucroenergética, além disso a atividade apresenta ainda alto nível de formalização com 80% das pessoas ocupadas na cultura de cana de açúcar empregadas com carteira assinada, e 95% dos ocupados na agroindústria também formalizados.

Neste contexto, a usina de cana de açúcar gera renda que circula no município e é amplamente distribuída via salários, impostos e aquisições de produtos e serviços, movimentando setores como restaurantes, serviços, comercio, construção civil e outros.

Como maior produtor de cana de açúcar do mundo, foi processado no pais 640 milhões de toneladas na safra 2017/2018, por meio de 365 usinas no pais e aproximadamente 70.000 produtores rurais de cana de açúcar.

Os produtos que o setor produz decorre do processamento de cana de açúcar utilizada para fins industriais para produção de:  Açúcar, Etanol e Bioeletricidade, além de um volume menor para outros usos, como Alimentação Animal e transformação em Aguardente.

Discorremos agora, sobre os principais produtos que geram receita no setor sucroenergético,  que como vantagem estratégica para o setor, fazem parte de mercados distintos entre si:

ETANOL: O principal produtor de etanol do mundo é os Estados Unidos da América (EUA) que produz 58% do total mundial, seguido pelo Brasil com 27% e a União Europeia com 5%.

Diferentemente do Etanol produzido no Brasil que é derivado da Cana de Açúcar, a produção americana é derivada de milho que utiliza o gás natural ou o carvão como energia primaria gerando baixo impacto nas reduções das emissões de CO2. O etanol produzido no Brasil é considerado mais limpo ambientalmente porque sua capacidade de reduzir emissões de CO2  é estimado em 90% inferior ao americano.

O etanol surgiu em 1925, e já a partir de 1933 se tornou obrigatória a mistura de etanol na gasolina. Mais o grande responsável pelo desenvolvimento econômico e tecnológico do setor sob o ponto de vista de produção ocorreu a partir de 1975 com a criação do Programa Nacional do Álcool (Pró-Alcool).

Já sob o ponto de vista de consumo, foi com o lançamento dos automóveis “flex fluel” a partir de 2003, que são capazes de utilizar como energia tanto a gasolina quanto o etanol hidratado, é que houve o grande salto de  consumo de etanol a nível mundial.

Como energia renovável e limpa o Etanol tem se beneficiado da questão ambiental e do problema do esgotamento de combustíveis fósseis, e seu uso tende a cada vez mais aumentar. Atualmente está em desenvolvimento o etanol de segunda geração(também chamado de etanol 2G) que atua de modo importantíssimo no âmbito da sustentabilidade industrial, pois amplia em até 250% a capacidade produtiva por hectare se comparado a produção do etanol de primeira geração, e permite ainda uma redução de 80% na emissão de CO2 na atmosfera.

AÇUCAR: O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e produziu, em 2015, 34,65 milhões de toneladas representando 21% do total, o segundo maior produtor mundial é a índia com uma produção de 27,7 milhões de toneladas, o que equivale a 17% do total produzido.

No Brasil o açúcar é produzido a partir da cana de açúcar, diferentemente dos países com clima temperado que produzem o açúcar a partir da beterraba. De acordo com dados do USDA (2016) 80% do açúcar produzido mundialmente é derivado da cana, enquanto apenas 20% vem da beterraba.

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