A Controladoria Caso Enron

Aluna: Kelly Beatriz Galdino Lucio RA: 116870

Empresas como a Enron possui muitos acionistas, que não conseguem ter um controle total da empresa, a controladoria se torna necessária no fornecimento de informações para esses proprietários. A controladoria atua em todos os setores da empresa, por meio do planejamento, organização, execução e controle. O monitoramento das atividades por meio da controladoria possibilita identificar possíveis falhas que a empresa possa ter, e com essa informação os gestores conseguem fazer um planejamento mais direcionado para alcançar os objetivos da empresa. O controller tem um papel muito importante na geração de informação confiável, para que os gestores tomem suas decisões, além de dados verdadeiros e uma análise completa, o controller deve ter uma visão clara e real da situação da empresa e da estratégia necessária para corrigir os possíveis problemas.

A empresa Enron possuía várias falhas no seu modelo de controle interno, seus processos eram na sua totalidade antiéticos e ilegais, permitindo fraudes e falta de transparência na gestão da empresa. Essas falhas incluíam: Falta de informações financeiras e operacionais da empresa. Relatórios financeiros foram manipulados para que não apresentasse a real situação financeira da Enron, e sim para promover um resultado que não existia; A tomada de decisões por parte dos executivos na maioria das vezes era comprometida por seus interesses pessoais. Com isso nem sempre os executivos tomavam decisões a benefício da empresa como um todo e sim por benefício próprio. O conselho de administração que deveria fazer o controle dessas decisões também falhou em não os supervisionar; A empresa de auditoria que foi contratada pela Enron foi conivente em não relatar as fraudes nas demonstrações financeiras, por seus auditores terem envolvimento com a empresa.

O modelo de gestão de pessoas da Enron também foi um dos motivos da sua falência. A empresa possuía um sistema de remuneração com base no desempenho individual e no desempenho da unidade que o funcionário trabalhava. Com isso os colaboradores buscavam resultados imediatos e a curto prazo, que eram impossíveis de alcançar mesmo com práticas éticas e recorriam a fraudes e a erros; A cultura organizacional de competição entre os funcionários, setores, unidades, cargos etc. fazia os funcionários a tomarem decisões arriscadas para atingir suas metas pessoais; Além de ter metas a cumprir os funcionários eram classificados em rank. Os melhores recebiam recompensas, já os piores

na maioria das vezes eram demitidos. Essa competitividade entre os funcionários prejudicava o trabalho em equipe.

A controladoria da empresa Enron deveria supervisionar todas as atividades da empresa e a elaboração de informações verdadeiras e confiáveis, garantindo que estavam sendo executadas de acordo com os regulamentos e políticas internas; Para aumentar os lucros e esconder dividas para os investidores a empresa utilizou-se de práticas contábeis falsas; A falta de monitoramento na elaboração de informações contábeis permitiu que essas fraudes continuassem sem detecção; em relação a divulgação das informações financeiras a controladoria não foi capaz de assegurar transparência e a compreensibilidade da mesma para todos os usuários da informação; A controladoria da empresa tinha a função de supervisionar o relacionamento da empresa de auditoria e a empresa auditada, garantindo que as decisões dos auditores não fossem corrompidas, ou influenciadas, o que não ocorreu.