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Ciência e Revolução

Por:   •  6/7/2015  •  Abstract  •  1.354 Palavras (6 Páginas)  •  356 Visualizações

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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

CO-RELAÇÃO TEXTUAL

DA REVOLUÇÃO CIENTÍFICA À BIG (BUSINESS) SCIENCE (Luiz Carlos Soares, org.)/ O Médico e o Monstro “Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde. (Robert Louis Stevenson)

EUDES MANOEL DE OLIVEIRA CARDOZO

14/06/2015

Análise conceitual entre literatura e trabalho acadêmico, proposta pelo Professor Álvaro Alegrette para o curso de Ciência E Técnica, ministrado para os alunos do terceiro semestre do curso de História/Licenciatura.


Estabelecimento da Relação entre, “O Médico e o Monstro” Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde. (Robert Louis Stevensom)

E “DA REVOLUÇÃO CIENTIFICA À BIG (BUSINESS) SCIENCE/ Cinco Ensaios de História da Ciência e da Tecnologia” (Luiz Carlos Soares, org.)

A ligação entre as duas leituras é possível em diversos aspectos, o trabalho se propõe a tratar do viés especulativo imaginário do alcance científico humano, e das relações de poder estabelecidas pelos detentores do saber científico, o ponto central a ser demonstrado é como o processo de “culminação” da revolução Cientifica ocorre na segunda metade do século XVII segundo Herbert Butterfield, em especifico seu último quartel. Não se trata de uma análise literária da obra de Stevenson referida acima, tão pouco de uma resenha ou fichamento do trecho analisado da produção acadêmica de Luis Carlos Soares, mas sim, da condução à relação entre eles.

“Há o bem e o mal em todos nós. O pensamento tem o lado sombrio e o lado da luz. Eu tentei separar estas duas partes da mente. Eu queria separar o sombrio, a parte má da minha mente da boa, a luz. Eu queria remover o mal de meus pensamentos. Queria ser completamente bom. E eu encontrei uma forma de separar o bem do mal”                      (Stevensom, 2005, p. 54)

 O período (tempo histórico) Da Revolução Científica.

Publicada em 1886, O Médico e o Monstro, De Robert Louis Stevenson, ambientado na Capital Inglesa, símbolo do poder liberal econômico Britânico aborda questões sociais, pertinentes ao seu tempo, critica de forma contumaz o moralismo puritano do período Vitorino, e provoca a condição dual da maldade/bondade humana.

Ocorre que o período Vitorino, que se inicia com o governo da Rainha Vitoria 1837 e estende-se até 1901, é segundo Luiz Carlos Soares aponta em seu livro, o ponto final, das transformações que a ciência e o saber sofreram na Europa, e é o desfecho do que conforme estabelecido por Alexandre Koyre (1892-1964) é chamado de revolução científica.

A expansão industrial capitalista na Inglaterra é demonstrativo da concretização do processo revolucionário cientifico inaugurado no século XV, a evolução nos meios de produção e o novo modelo de econômico são decorrentes de avanços tecnológicos e científicos a obra de Stevenson retrata esse período,  a crença no poder do saber cientifico pode ser verificada no status social das personagens centrais da trama, os Doutores detentores do saber ocupam respectivamente o privilégio e as ocupações mais distintas na sociedade proposta pelo  livro de  Louis Robert Stevenson, no trabalho acadêmico de Luis Carlos Soares compete às elites as direções e definições do saber. A posição que a Inglaterra ocupa na economia mundo desempenha, é fator determinante para o fomento da criação científica.

Não há conflito entre a proposta de Luis Carlos Soares e o mundo Europeu de Robert Louis Stevenson, como se verá a seguir:

Da Revolução Científica:

A proposta apresentada na obra “DA REVOLUÇÃO CIENTIFICA À BIG (BUSINESS) SCIENCE/ Cinco Ensaios de História da Ciência e da Tecnologia” é tecer o panorama histórico que conduziu o saber cientifico a sua transformação e condução até seu atual aspecto, partindo de marcos histórico/científicos para organizar e localizar início, processos e clímax da revolução.

Luiz Carlos Soares, organizador da obra tendo como fonte de pesquisa escritos do Holandês,  Reyer Hooykass, Michel Foucault,  dentre outros, apresenta como o processo de conversão do saber se deu no mundo Europeu, e por conseguinte no nosso. É emprestando a fala de Hooykaas, que Soares estabelece às grandes navegações como o marco inicial das tensões e evoluções humanas que serão o motor, e o próprio processo de revolução.

A abertura do Globo Intelectual”:

“Eram constituídos por uma mistura instável de saber racional, de noções derivadas das práticas da magia e da e de toda uma herança cultural, cujos poderes de autoridade a redescoberta de textos antigos havia multiplicado. Assim concebida, a ciência dessa época aparece dotada de uma estrutura frágil; ela não seria mais do que o lugar liberal de um afrontamento entre a fidelidade aos antigos, o gosto pelo maravilhoso...” (Foucault, Michel)

A linha de raciocínio estabelecida por Hooykass coloca a descoberta do novo mundo e as grandes navegações como ruptura no periglass estabelecido pelo saber Escolástico em crise de questionamentos desde o século anterior, verdades dogmáticas estabelecidas na idade média caem por terra quando o Europeu pisa no novo mundo, a descoberta, é de longe o maior feito ou realização humana no período, não sem antes abrir as portas da contestação, a transformação advinda da ampliação do mundo “conhecido” dá-se também no campo da capacidade cognitiva humana. As dimensões do mundo são ampliadas.

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