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Economia

Por:   •  8/4/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.249 Palavras (9 Páginas)  •  169 Visualizações

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Profa Rosilene Vieira

E-mail rosilene@fap-pa.edu.br

"A GLOBALIZAÇÃO DOS MERCADOS E OS CAMINHOS PARA ENFRENTAR OS SEUS EFEITOS"

por: Nuno Marques

Um pouco de História:

Após a segunda grande guerra mundial, o mundo passou por uma grande alteração econômica e social que o levou ao processo de polarização político e econômica. De um lado, os Estados Unidos se fortaleceram como a maior potência econômica do globo, fato que perdura até aos dias de hoje. De outro, a extinta União Soviética que se prevaleceu de uma política anti-capitalista e de demonstração de poder militar. Durante cerca de 30 anos, até ao começo dos anos 80, esta realidade foi a base da organização política e econômica do mundo. Contudo, o poder político soviético foi paulatinamente se enfraquecendo até ao seu quase total esfacelamento.

Durante esse 30 anos, as economias do Japão e da maioria dos países europeus se desenvolveu e criou condições de disputar, com os Estados Unidos, a liderança da economia mundial. Foi neste cenário que a Globalização deu os seus primeiros passos. É claro que antes disto já havia relações econômicas entre os países. A diferença é que agora o processo se acelerou e uma nova variável está presente. Não basta manter relações comerciais com os outros países, é necessário exportar a cultura para que a influência seja maior.

O fortalecimento da União Européia, o crescimento econômico do Japão e dos tigres asiáticos provocou alteração nas relações econômicas mundiais. Agora estes países também apresentam condições de disputar o mercado global de igual para igual. Não mais temos polarização e sim multilateridade do mercado global.

O Jogo de Interesses da Globalização

A quem mais interessa a Globalização? Esta é uma questão que constantemente vemos escrita nas mais variadas revistas e jornais. Os europeus e americanos dizem que a Globalização é útil para todas as nações, dando-lhes condições de participar de um mercado aberto sem barreiras. Mesmo que essa tenha sido a idéia inicial, o que não creio, não é, claramente, o que estamos vendo acontecer. A Globalização está, cada vez, mais aumentando as diferenças entre países ricos e pobres. Os ricos defendem os seus interesses com cada vez mais força e os pobres se sentem cada vez mais acuados e submissos. Não podia ser diferente. Como podemos imaginar que um país valorize o interesse alheio enquanto não consegue resolver seus problemas internos. É exatamente isto o que vem ocorrendo. Como os Estados Unidos ou a Comunidade Européia podem permitir o avanço de outras economias sobre seus territórios enquanto se deparam com taxas de desemprego assustadoras? Ao mesmo tempo em que os países em desenvolvimento precisam expandir os seus mercados para sanearem e fazerem prosperar suas economias, os países ricos também necessitam isto. Como o mercado é limitado, o resultado é a disputa acirrada por qualquer pedaço do “bolo”. Isto ficou muito bem demonstrado na última reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio), realizada em Cancún (México). Nada foi resolvido por não haver uma disposição real em negociar e transigir, princípio básico de qualquer acordo bilateral ou multilateral.

Os Efeitos Práticos da Globalização

Apesar do cenário não muito animador no campo das relações internacionais, a Globalização pode representar uma importante oportunidade para as empresas. A questão é: como identificar e aproveitar as lacunas do mercado global? A resposta não é fácil e nem simples de implementar. É necessário estar sempre à frente do concorrente, antevendo os movimentos do mercado e, por que não, criando novas necessidades nesse mercado.

Esta é uma “batalha” que todos, países e empresas, independente de seu porte e área de atuação, precisam enfrentar, sob o risco de desaparecer do mapa. O caso da super poderosa indústria automobilística americana, nos anos 80, é um exemplo de que ninguém está a salvo da Globalização e dos seus efeitos. Nessa época, a emergente indústria japonesa de automóveis começava a dar os seus primeiros passos. Ainda não possuía uma tecnologia comparável com a tecnologia dos automóveis americanos e europeus. Isto, contudo, não a impediu de invadir os Estados Unidos e os países europeus. Como isto foi possível? Eles tinham o que o consumidor mais dava valor. Carros muito baratos e econômicos. As poderosas montadoras americanas e européias, com todo o seu investimento em estudos mercadológicos, não conseguiram ver a ameaça que vinha além das suas fronteiras e, principalmente, o que o consumidor, razão de existir de qualquer empreendimento, realmente estava buscando. O resultado é que até hoje, a indústria americana e européia não se livrou da competente concorrência japonesa.

O que Aconteceu com a Concorrência

Infelizmente, a realidade exposta acima não acontece somente no estrangeiro. Em nosso próprio quintal também já tivemos e temos acontecimentos similares. Assistimos a uma crescente competitividade e concorrência pelos mercados locais e mundiais, muitas vezes sem respeitar a regras mais elementares de comércio internacional e local.

Constatamos que a concorrência mudou de endereço. Antes, uma pequena empresa de fabricação de bens de consumo, se limitava a negociar os seus produtos na sua região e enfrentava apenas os concorrentes locais, dos quais eram conhecidos os produtos, os custos, os clientes e todos os detalhes relevantes. Havia até uma certa camaradagem na divisão do mercado. Nada de muita disputa, pois havia consumidores para todos. Agora a coisa mudou de figura. A mesma empresa passou a ver o seu mercado invadido por concorrentes de todas as partes do país e mesmo de outros países dos quais mal havíamos ouvido falar.

Destes concorrentes não sabemos nada ou quase nada. Quem e quantos realmente são, quais os produtos, qual a tecnologia utilizada, quais os próximos lançamentos, quais as suas estruturas de custos, quais as estratégias de venda, tamanho, disposição financeira, etc, etc. Enfim, estamos perdidos no meio de um mercado do qual não controlamos a maioria das muitas variáveis existentes.

A Globalização avançou e as oportunidades surgiram. Os que mais se beneficiaram foram os países que tiveram a visão de futuro e trabalharam para transformá-la em realidade.

Desde os anos 80 muita coisa mudou. Empresas desapareceram e outras foram criadas. O que não muda é a certeza da mudança. A mudança faz parte do dia-a-dia de todas as empresas e pessoas e é com ela que temos que conviver e dela aprender a extrair as oportunidades de crescimento.

O que fazer, então, para Enfrentar e Desfrutar da Globalização?

Só nos resta trabalhar com as variáveis as quais podemos controlar e usar a nosso favor. Vamos fazer delas o nosso trunfo e vamos nos tornar o mais competitivos possível nessas variáveis. Chamemos a elas de Fatores Essenciais de Sucesso do Negócio.

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