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O CASO ENRON, OS MAIS ESPERTOS DA SALA

Por:   •  27/11/2022  •  Resenha  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  77 Visualizações

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O CASO ENRON, OS MAIS ESPERTOS DA SALA  

 

A Enron foi fundada em 1985, através da compra da Houston Natural Gas pela InterNorth, ao longo da sua existência a Enron se dedicou a muitos ramos de atividade que não só o do Petróleo, entre eles frequência de internet e seguros climáticos. A empresa já foi a sétima maior empresa dos Estados Unidos e foi considerada por seis anos consecutivos pela renomada revista Fortune a empresa mais inovadora do país. 

 

O problema é que a empresa foi protagonista de um dos maiores casos de fraude da história dos Estados Unidos. O que aconteceu ali serviu de exemplo para o mundo, uma avaliação profunda das questões pessoais em relação ao mercado, da eficiência dos controles financeiros e papel da contabilidade.

 

O caso de fraude dentro da Enron foi tão complexo que se tornou difícil determinar o que era legítimo e o que realmente não era, mostrando a fragilidade do mercado em constatar esses fatos. A história da fraude envolve antes de números e técnicas fraudulentas de contabilidade, a ganância e orgulho humano.

 

A Enron tinha em sua cúpula nomes como Jeff Skilling, Ken Lay, Andrew Fastow, além de muitos outros funcionários que estavam de alguma forma envolvidos com os acontecimentos que ali se sucederam, mas as relações com essa fraude não tiveram seus limites dentro da empresa, mas também tiveram responsabilidade, bancos, a firma de contabilidade Arthur Andersen e o próprio governo.

 

A tática da Enron para crescer em um mercado competitivo e conseguir manter seus investidores foi um método chamado de "mark to market", apresentado em 1992 por Jeff Skilling, que convenceu os fiscais federais a permitirem a utilização do mesmo pela Enron. O método consiste em contar ganhos projetados de contratos de energia em longo prazo como receita corrente. Assim era possível a empresa aumentar seus rendimentos, manipulando projeções de valores.

 

Desta forma era complicado ao mercado financeiro determinar como a empresa gerava dinheiro, pois os números de rendimentos apareciam na contabilidade, mas a empresa não pagava altos impostos. Robert Hermann, que era o conselheiro geral de impostos da empresa foi advertido por Skilling a respeito do método e suas consequências.

 

Outro método usado pela empresa para esconder a situação pouco saudável dos seus rendimentos, foi à criação de outras empresas, que absorviam os impactos dos débitos excessivos da empresa, assim também se transferiam os riscos, mantendo o crédito da Enron em alta. Também confiaram nos altos valores das ações em longo prazo e as usaram como suporte para os investimentos necessários a esses outros negócios. Tudo isso foi feito de uma forma muito complexa e utilizando entidades como raptores das perdas das ações, caso isso acontecesse.

 

A verdade veio a tona, quando as ações da Enron começaram a declinar de uma forma pouco favorável, já que os raptores não poderiam segurar as perdas de forma excessiva e o impacto já não pode ser removido da empresa. E a especulações se tornaram mais fortes com a demissão de Jeff em 2001, pois era racionalmente inviável aquela demissão.

 

Não demorou muito para o castelo construído em areia movediça desabar, quando as consciências pesaram e os questionamentos já não poderiam ser sufocados. Em 15 de agosto daquele mesmo ano, Sherron Watkins, vicepresidente da Enron, escreveu uma carta em anônimo para Lay, falando a respeito das fraudes incentivadas na empresa. Semanas depois Chung Wu, um corretor da UBS Paine Webber em Houston, enviava e-mails para seus clientes, colocando em dúvida a situação financeira da Enron.

 

Tempos depois Sherron Watkins se encontrou com Ken Lay explicando a situação real da empresa, onde Andrew Fastow e outros funcionários haviam se beneficiado a custa da empresa, pois os Raptores que estavam sob a posse de Fastow estavam sendo apoiados com as ações da Enron, deixando-a em risco, o que de fato ocorreu quando as ações caíram e a queda dos Raptores gerou impacto nas declarações financeiras da empresa. Durante aquele ano, as ações da Enron caíram de US$ 86 para US$ 0,30. Em novembro de 2001 a empresa assumiu que tinha auto valorizado seus rendimentos e em dezembro pediu concordata.

 

As operações eram muito rápidas, por isso conseguiram enganar por tanto tempo, pois não se conseguia perceber esses movimentos e outros tapavam os olhos. No final, não existia mais possibilidades de se camuflar os falsos ganhos da empresa, as especulações estavam a todo vapor, falcatruas como apagões e maus investimentos estrangeiros, não foram suficientes para segurar uma onda de perdas e rombos na sua contabilidade que não podiam ser fechados da forma ideal.

 

Vinte e um mil funcionários da Enron perderam seus empregos do dia para a noite e também seus fundos de pensões, além de vinte e nove mil pessoas que também se viram afetadas, funcionárias da firma de auditoria Arthur Andersen.

 

Somente em 2002 foi assinado o ato Sarbanes-Oxley, pelo presidente Bush, com o objetivo de evitar novas fraudes e rombos como aqueles que envolveram a Enron, entre outras empresas e assim o circulo se fechou, e as cobranças em cima das empresas aumentaram com exigências maiores dos seus rendimentos, declarações financeiras, assim como a apresentação efetiva dos controles de auditoria interna a Securities and Exchange Commission. A auditoria externa também ficou obrigada a relatar qualquer possibilidade de risco e os administradores devem assinar e confirmar que as informações prestadas são verídicas e que nada foi omitido, essas novas regras passaram a valer para todas as empresas nos Estados Unidos e estrangeiras.

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