O Caderno Contabilidade Gerencial

Custeio Variável

É importante elucidar que Custeio quer dizer apropriação de custos. Trata-se do método a ser utilizado para apropriar os custos de produção aos produtos.

Há diversos métodos de custeio, como exemplo, podemos citar:

• Custeio por absorção;

• Custeio Variável/Direto;

• Custeio Padrão;

• Custeio ABC.

Para aplicação do método do custeio variável, devemos separar os custos e despesas entre fixos e variáveis. Atente-se para o fato de que no método do custeio variável somente os gastos variáveis são identificáveis com o produto, os fixos são diretamente levados ao resultado do período em que são incorridos.

Você, já, aprendeu que, os custos indiretos são aqueles que precisam de uma base de aproximação (rateio) para serem alocados aos diversos produtos, não é mesmo?

No custeio por absorção, todos os custos (variáveis e fixos) são incorporados aos produtos, todavia, isso não é aplicável no custeio variável.

O custeio variável não leva em consideração os custos fixos na incorporação aos produtos, mas somente, tão somente as variáveis. Por que os custos indiretos e fixos não são levados em consideração?

Como vimos, eles dependem de rateio e, critérios de rateios são subjetivos, podendo

Você, já, sabe que, no Custeio por Absorção ocorre a apropriação de todos os custos incorridos, sejam fixos ou variáveis aos produtos fabricados. Todos os custos vão para os produtos fabricados.

É o método resultante da aplicação dos princípios contábeis.

gerar sérias distorções e prejudicando os processos de tomada de decisões. O processo de elaboração dos custos com foco exclusivamente nos gastos variáveis facilita a tomada de decisões. Custos e despesas fixas nunca são rateados.

A utilidade do custeio variável para fins gerências reside nas possíveis distorções que os rateios de custos fixos podem causar. É por isso que o rateio dos custos fixos é eliminado do custeio variável, facilitando o processo decisório. O método de custeio por absorção pode induzir a decisões erradas sobre a produção.

O custeio variável por não atender plenamente as normas contábeis não é aceito pelo Fisco, todavia ganha grande relevância na análise de decisões relativas a custos e preços. Atente-se para o fato de que no custeio variável, somente os gastos variáveis são levados em consideração aos produtos, já, os gastos fixos são registrados no resultado do exercício.

A pergunta que buscaremos responder a partir de agora é a seguinte: Será que o Custeio por Absorção é o melhor método de custeio para fins de tomada de decisões?

Já, lhe antecipo que a resposta é não. O método do custeio variável é mais propicio para ser usado para fins gerenciais.

ATENçãO

O custeio variável fere o princípio da realização da receita, o princípio da competência e o da confrontação. Conforme os princípios, as receitas devem ser apropriadas e delas deduzidos todos os sacrifícios envolvidos em sua obtenção.

Fere os princípios contábeis da realização da receita, competência e confrontação porque os custos fixos são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos fabricados tenham sido vendidos.

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Custeio Variável e seus Desdobramentos

MArGeM De ContrIBuIção

O custeio variável introduz o conceito importantíssimo da margem de contribuição.

Podemos compreendê-la como uma “gordurinha” que a empresa possui para cobrir os seus gastos fixos e ainda apresentar um resultado positivo, isto é, lucro.

A margem é fruto da diferença entre o valor de venda, isto é, o preço de venda e os valores dos custos e despesas variáveis. A contribuição é por representar em quanto o valor das vendas contribui para o pagamento dos gastos fixos e também para gerar lucro.

A Margem de Contribuição Unitária (MCU) pode ser obtida da seguinte maneira:

MCU = Preço unitário de venda - Gastos variáveis (Custo variável + Despesa variável)

A Margem de Contribuição Total (MCT) pode ser obtida da seguinte