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TRABALHO DE FILOSOFIA DO DIREITO

Por:   •  16/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  255 Visualizações

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LIVRO VIII – AMIZADE – ARISTÓTELES

A amizade também ajuda os jovens a afastar-se do erro, e aos mais velhos, atendendo-lhes às necessidades e suprindo as atividades que declinam por efeito dos anos. (pág. 1)

A amizade também parece manter unidos os Estados, e dir-se-ia que os legisladores têm mais amor à amizade do que à justiça, pois aquilo a que visam acima de tudo é à unanimidade, que tem pontos de semelhança com a amizade; e repelem o facciosismo como se fosse o seu maior inimigo. (pág. 2)

Os que pensam que só existe uma porque a amizade admite graus baseiam-se num indício inadequado, visto que mesmo as coisas que diferem em espécie admitem graus. (pág. 3)

Mas aos que desejam bem dessa forma só atribuímos benevolência, se o desejo não é recíproco; a benevolência, quando recíproca, torna-se amizade. (pág. 4)

Idêntica coisa se pode dizer dos que se amam por causa do prazer; não é devido ao caráter que os homens amam as pessoas espirituosas, mas porque as acham agradáveis. (pág. 5)

Mas é certo que tais pessoas desejam passar juntas os seus dias e a sua vida inteira, pois só assim alcançam o propósito da sua amizade. (pág. 6)

O amor e a amizade são, portanto, encontrados principalmente e em sua melhor forma entre homens desta espécie. (pág. 7)

Essa espécie de amizade, pois, é perfeita tanto no que se refere à duração como a outros respeitos, e nela cada um recebe de cada um a todos os respeitos o mesmo que dá, ou algo de semelhante; e é exatamente isso o que deve acontecer entre amigos. (pág.8)

Os que são amigos por causa da utilidade separam-se quando cessa a vantagem, porque não amavam um ao outro, mas apenas o proveito. (pág.9)

Dividindo-se, pois, a amizade nestas espécies, os maus serão amigos com vistas na utilidade ou no prazer, e a esse respeito se assemelharão um ao outro; mas os bons serão amigos por eles mesmos, isto é, em razão da sua bondade. (pág. 10)

A verdadeira amizade é, pois, a dos bons, como tantas vezes dissemos. (pág.11)

Entre pessoas idosas e acrimoniosas é menos fácil formar-se amizade, porquanto tais pessoas são menos bem-humoradas e se comprazem menos na companhia umas das outras; e estas são consideradas as maiores marcas de amizade e as que mais contribuem para produzi-la. (pág.12)

Dessas duas espécies, a que tem em mira o prazer parece-se mais com a amizade, quando ambas as partes recebem as mesmas coisas uma da outra e deleitam-se uma com a outra ou com as mesmas coisas, como acontece nas amizades dos jovens; pois é em tais amizades que se observa com mais freqüência a generosidade. (pág.13)

Os homens que ocupam posição de autoridade parecem ter amigos de diferentes classes. (pág. 14)

Mas é por sua semelhança e sua dessemelhança em relação à mesma coisa que as consideramos ou não amizades. (pág.15)

Cada parte, pois, nem recebe a mesma coisa da outra nem deveria buscá-la; mas quando os filhos prestam aos pais aquilo que devem prestar aos que os puseram no mundo, e os pais aquilo que devem prestar aos filhos, a amizade entre tais pessoas é duradoura e excelente. (pág.16)

Mas é também clara no tocante aos reis, pois os homens que lhes são muito inferiores tampouco esperam tornar-se seus amigos, nem indivíduos de pouca valia esperam ser amigos dos melhores ou mais sábios dentre os homens. (pág. 17)

Os que desejam ser honrados por homens bons e sábios, por seu lado, querem confirmar a boa opinião que fazem de si mesmos; e, por conseguinte, deleitam-se em ser honrados porque acreditam na sua própria bondade estribados no julgamento dos que falam a seu respeito. (pág.18)

É deste modo, mais que de qualquer outro, que até os desiguais podem ser amigos, pois é possível estabelecer-se uma igualdade entre eles. (pág.19)

A verdade, talvez, é que o contrário nem sequer busca o contrário por sua própria natureza, mas apenas acidentalmente, sendo o intermediário o objeto real do desejo; pois este é que é realmente bom, por exemplo: para o seco, o bom não é ficar úmido, mas passar ao estado intermediário, e da mesma forma no que se refere ao quente e em todos os outros casos. (pág.20)

Há também uma diferença, por conseguinte, entre os atos que são injustos para com cada uma dessas classes de associados, e a injustiça cresce de ponto quando se manifesta para com os que são amigos num sentido mais pleno; por exemplo, é mais detestável defraudar um camarada do que um concidadão, mais odioso deixar de ajudar um irmão do que um estranho, e mais abominável ferir o próprio pai do que a qualquer outro. (pág. 21)

Algumas comunidades parecem originar-se da necessidade de prazer, como as corporações religiosas e os grêmios sociais; pois esses existem a fim de oferecer sacrifícios e proporcionar o convívio. (pág. 22)

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