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A Analise de Maquiavel

Por:   •  14/4/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.221 Palavras (5 Páginas)  •  345 Visualizações

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Liderança e suas atribuições

Muito se fala sobre os atributos de um líder, muitas são as características mencionadas, muitos são os aspectos abordados, e este é um campo complexo para se destacar sobre quais as caracteristicas indispensáveis ao individuo para exercer a liderança.

A definição de MOTA (1997), a respeito do assunto:

A capacidade que um indivíduo possui de influenciar alguém ou um grupo de pessoas significa uma força psicológica, onde um age de modo a modificar o comportamento de outro de modo intencional, essa influência envolve poder e autoridade, alterando assim o modo de agir do influenciado. (MOTA: 1997, 206)

Considerando o ato de liderar, basicamente, como a capacidade de influenciar outros indivíduos a desenvolver suas habilidades e potencializar o resultado de suas ações, através de um processo de motivação e inter-dependencia entre líderes e liderados, quais os atributos que realmente devam ser explorados e desenvolvidos para tal fim?

Seria possível produzir um manual de liderança? Seria possível treinar indivíduos aleatoriamente e desenvolver suas capacidades de liderar outras pessoas ou grupos?

Acreditando que sim, e até mesmo sendo necessário que sim, pois nos diversos ramos da atividade humana, seja em funções empresariais, no meio acadêmico, em forças militares e policiais, a liderança é uma força poderosa para potencializar as habilidades e incrementar os resultados, equipes devidamente capacitadas e habilmente lideradas, proporcionam a efetiva consecução de suas tarefas em torno dos objetivos das instituições com o dispêndio dos recursos estritamente necessários, gerando a tão buscada efiácia.

As forças policiais, apesar do mister diferenciado de suas atribuições, ainda possuem um vinculo, no mínimo filosófico, com as forças militares propriamente ditas, ao que comumente chamamos de exércitos. Muitos dos símbolos são compartilhados em suas rotinas operacionais, e apesar de treinamento e missões diferenciadas, compartilha-se de um ideal semelhante, doar-se por outro individuo, protegê-lo, mesmo com o risco da própria vida.

Trecho do Juramento da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), declarado pelos profissionais durante os diversos cursos de formação após ingresso na carreira:


“Incorporando-me à Polícia Militar do Estado de São Paulo, prometo cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, e tratar com atenção os irmãos de armas, e com bondade os subordinados; dedicar-me integralmente ao serviço da pátria, cuja honra, integridade, e instituições, defenderei, com o sacrifício da própria vida”.

Para esse ato peculiar, ao qual apenas um número restrito de profissionais necessitam se comprometer, o ato de motivá-los torna-se complexo e desafiador.

Na história humana, líderes militares exercem considerável influência nas disciplinas acadêmicas e nos exemplos de liderança. As forças militares ao longo do desenvolvimento humano desempenharam fator determinante na construção de sociedades e nos rumos da história, condicionaram comportamentos, impulsionaram economias e exercem verdadeiro fascínio nos administradores e em qualquer indivíduo que lance qualquer análise sobre as relações humanas.

Segundo o autor Antonio Cesar Amaru:

Ser líder em uma organização militar, em que a hierarquia é estritamente seguida, é muito diferente de ser líder de um grupo de estudos na escola. O papel dos líderes no limiar do Terceiro Milênio é muito diferente do papel do líder da Revolução Industrial. (AMARU: 1994, 293)

Líderes políticos e Generais em tempo de guerra serão eternizados por seus feitos. Suas biografias serão material de estudo nas escolas, suas memórias registradas em produções artísticas e suas imagens adornarão ruas e espaços públicos.

Mesmo os não vitoriosos, serão lembrados e exaltados por suas ações no comando e liderança dentro do pior cenário possível da condição humana, a guerra. Suas falas e ações ecoarão pela eternidade, e estudiosos pesquisarão  quais capacidades, competências e atributos, possuíram tais homens para serem dignos de posição de destaque conforme as conclusões de CHIAVENATO (2003), “o progresso do mundo foi produto das realizações pessoais de alguns homens que dominam a história da humanidade”,

Para exercer a liderança em um grupo e condições tão peculiares, tomamos como referência o manual de liderança do Exército Americano (US Army) que  destaca três atributos: CARÁTER, PRESENCA e INTELECTO.

CARÁTER

O caráter é um fator interno e principal ao líder, que caracteriza o conjunto dos princípios morais definidos por suas acões e pensamentos. Líderes de caráter absorvem os valores de sua instituição, demonstram empatia, possuem compromisso profissional e praticam a disciplina.

Os valores institucionais são exercidos de forma consistente, com demonstração de lealdade aos preceitos e missões da corporação, respeito às normas vigentes, integridade, honra e coragem.

A empatia é demonstrada pelo entendimento e aceitação do ponto de vista de outras pessoas. Identificação com emoções e sentimentos dos demais indivíduos e principalmente pelo desejo de cuidar e proteger seus subordinados, comunidade e outros.

O compromisso profissional é um fator radiante no líder que acaba por impregnar nos seus liderados, estimulando-os a enfrentar novos desafios, não desanimarem com o insucesso, perseverarem nas dificuldade e sempre ampararem seus companheiros.

A disciplina consiste em demonstrar controle sobre suas atitudes, alinhando-as com os interesses institucionais, na consecução das atividades pertinentes, sejam administrativas, organizacionais, de treinamento ou de natureza operacional.

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