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A Educação Para a Paz

Por:   •  18/5/2020  •  Dissertação  •  2.277 Palavras (10 Páginas)  •  132 Visualizações

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EDUCAÇÃO PARA PAZ COMO MÉTODO DE ENSINO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL VISANDO COMBATER PROBLEMAS SOCAIS

Hellen de Menezes Morais

Bacharelando em Direito pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna.

RESUMO: Diante do mundo em que estamos vivendo, com tanta violência, desrespeito e falta de solidariedade, torna-se ainda mais imperativo ensinar valores construtivos para as crianças, desde o início da vida escolar. Acreditando que construindo uma base solida, com bons exemplos e boas informações se alcançará um futuro com menos problemas sociais como o bullying, preconceitos e a violência de forma em geral .

PALAVRAS CHAVES: Educação para a paz. Infância. Educação infantil. Cultura da paz. Paz.

ABSTRACT: In the face of the world in which we are living, with so much violence and disrespect, it becomes even more essential to teach constructive values ​​for children from the beginning of school life. Believing that building a solid foundation, with good examples and good information will achieve a future with fewer social problems such as bullying, prejudice and violence.

KEY WORDS: Education for peace. Childhood. Child education. Culture of peace. Peace.

INTRODUÇÃO

Paz: definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações e agitação. Contudo, no plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de raiva, desconfiança e de um modo geral todos os sentimentos negativos. É o oposto de guerra! Assim, ela é desejada por cada pessoa e, eventualmente, para os outros, além de ser também um objetivo de vida.

A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu cultura de paz na Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz, em setembro de 1999, da seguinte maneira:

Uma Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados: No respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não-violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação; No pleno respeito e na promoção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais; No compromisso com a solução pacífica dos conflitos; Nos esforços para satisfazer as necessidades de desenvolvimento e proteção do meio-ambiente para as gerações presente e futuras; No respeito e fomento à igualdade de direitos e oportunidades de mulheres e homens; No respeito e fomento ao direito de todas as pessoas à liberdade de expressão, opinião e informação; Na adesão aos princípios de liberdade, justiça, democracia, tolerância, solidariedade, cooperação, pluralismo, diversidade cultural, diálogo e entendimento em todos os níveis da sociedade e entre as nações; e animados por uma atmosfera nacional e internacional que favoreça a paz (ONU, 2004).

A discussão moderna de uma Educação para Paz como alternativa para a educação se estabelece a partir da Segunda Guerra Mundial no século XX, com a ideia da paz como a mediação e a resolução não violenta dos conflitos e a redescoberta da solidariedade.

Considerando o conflito como traço definidor das relações humanas e não como violência em si, deles surgem a violência ou a não violência. Assim, uma pedagogia da convivência e dos conflitos, onde as diferenças, a diversidade, as opiniões e posicionamentos são dialogados e encaminhados no sentido do bem coletivo, é o caminho pedagógico de educar para a paz nas escolas.

Uma “não violência ativa” é diferente que uma “paz passiva”. Deste modo, não adiantam pedidos de paz entre os homens se nossas atitudes tiverem os traços das micro violências cotidianas, reproduzidas dentro das famílias, sociedade e escolas. É bom ressaltar que paz não começa só no plano celestial, nem no governo, começa com nossas atitudes. Uma Cultura de Paz é processo, um caminho que vale a pena ser seguido. Por isso pode se dizer que a “cultura de paz só se faz com uma EDUCAÇÃO PARA A PAZ.

CULTURA PARA A PAZ: PONTOS PARA REFLEXÃO

O mundo está passando por profundas transformações, e com elas ocorrem transições positivas e negativas, tais como as drogas, a prostituição infantil e a violência. Diariamente vê-se nos noticiários agressões físicas, mortes, furtos, sequestros dentre outros. A escola está inserida nessa sociedade, e sofre também com essas problemáticas, sendo uma delas a violência. Sabe-se que a violência não está somente do lado de fora da escola. Ela já extrapolou esses limites, pois constantemente é noticiado diversas ocorrências relacionadas à violência dentro desse ambiente. Nesse sentido, a demanda pela ampliação na discussão sobre cultura de paz na educação é crescente. O esgotamento de modelos voltados ao enfrentamento da violência (cultura repressiva), do bullying, e do preconceito, faz com que haja a intenção de buscar aspectos preventivos e educativos, nas escolas para que a violência seja contida.

É perceptível que o conflito é inerente ao ser humano. Sejam conflitos com outros ou conflitos internos sobre a própria vida. Segundo o Manifesto 2000 a responsabilidade individual com a paz e os valores humanos deve se tornar uma cultura de não-violência, onde as atitudes seja mais tolerantes, solidárias e generosas. A ideia é que todos possam envolver-se, tanto em suas famílias como em seu bairro, cidade, região e país.

MANIFESTO 2000 - O TEXTO

Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro da humanidade, especialmente com as crianças de hoje e as das gerações futuras, eu me comprometo - em minha vida diária, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região a:

1. Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito;

2. Praticar a não-violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular contra os grupos mais desprovidos e vulneráveis como as crianças e os adolescentes;

3. Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de generosidade visando o fim da exclusão, da injustiça e da opressão política e econômica;

4. Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre preferência ao diálogo e à escuta do que ao fanatismo, a difamação e a rejeição do outro;

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