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A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

Por:   •  16/5/2018  •  Resenha  •  1.877 Palavras (8 Páginas)  •  524 Visualizações

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FACULDADE IEDUCARE- FIED

BACHARELADO EM DIREITO

GIZELE ARAUJO FONTELE

JAIANA PEREIRA GOMES

JENNEF RAYANE DA CRUZ LIMA

JOSIANE SOUZA DA COSTA

MARNE CALMA ARAGÃO

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

TIANGUÁ-CE

2018

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO- EVOLUÇAO HISTÓRICA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

No entanto, em meados século XXI a mulher, mesmo sendo exemplo de força e perseverança, uma vez que a maioria exerce dupla jornada de trabalho, ainda sofrem com a desigualdade de gênero e a discriminação por serem em muitas famílias o chefe e líder familiar. A luta para estabelecer seu lugar não só no mercado de trabalho, mas também na política, e em todos outros setores distintos do doméstico, tem sido árdua e lenta, diante da notória participação majoritária masculina machista, que por questão cultural e histórica ainda é segregadora.

Vários são os motivos pelo o qual a inserção da mulher no mercado de trabalho deve ser pesquisada e analisada. Em primeiro lugar, ela produz forte impacto nas relações sociais, pois implica uma mudança de “paradigma” familiar e cultural. Outro motivo, não menos importante é relacionado com a discriminação de gênero, tanto em relação a diferenciais de salários quanto a postos de trabalho.

É importante mostra a análise histórica traçada pela mulher no marcado de trabalho brasileiro. O mérito dessa pesquisa está em demonstrar as lutas, avanços e conquistas das mulheres levando em consideração os problemas sociais segregatícios ainda existentes na sociedade atual.

A mulher desde os primórdios é vista como um ser inferior em relação ao homem. Desde o inicio do período paleolítico já existia uma divisão de gênero nos trabalhos, as mulheres ficavam responsáveis pelas plantações, coleta de frutos e sementes e as tarefas domésticas, quanto os homens ficavam responsáveis pela manutenção de rebanhos e a caça.

Assim por séculos a mulher era reconhecida apenas pela sua eficiência em cuidar e reproduzir, ou seja, as mulheres que não fossem capazes de ter filhos, nem tão pouco de exercer as atividades que exigiam cuidados e delicadeza sofriam discriminação e repudio não só no seio de suas próprias famílias, mas também pela sociedade patriarcal que entendia que a mulher só poderia exercer atividades domésticas.

Contudo, ainda nesse contexto a Revolução Industrial fora de suma importância para inserção da mulher no mercado de trabalho, a vista da carência de mão de obra deixada pela primeira e segunda guerra mundial. Dessarte, em razão dessa da grande massa masculina que se retirou para a guerra, da mulher fora exigido um novo papel antes exercido apenas pelo homem, que era de líder familiar, passando assim a mulher a exercer tanto a função de chefe de família, dona de casa e ainda exercer atividade remunerada fora do âmbito doméstico.

No Brasil não era muito diferente, as mulheres eram responsáveis pelas atividades domésticas, mas exerciam algumas atividades agrícolas para a manutenção da subsistência familiar. Com advento do processo de urbanização nas capitais brasileiras, em meados anos de 1920, a mulher passou atuar no âmbito industrial, sendo a sua grande maioria no setor têxtil .

Dessa forma, observa-se uma grande atuação diretamente na produção com trabalhos manuais que necessitavam de maior rapidez na produção e o trabalho não exigia mão-de-obra especializada. No entanto, mesmo essa época tendo sido marcada por uma gradativa evolução no mercado de trabalho brasileiro, em contrapartida ocasionaram problemas decorrentes da ausência de obrigações contratuais, salários baixos e extensas jornadas de trabalho sem descanso.

A vista disso, a atuação das mulheres em setores que surgiam de acordo com a evolução da sociedade foi se tornando mais forte, passando a serem empregadas mesmo que ainda de forma minoritária, em setores de telégrafo, telefone e magistério.  

Nessa perspectiva, no ano de 1930 o Presidente Getúlio Vargas atuou diretamente na era dos direitos trabalhistas legislando através do decreto lei nº 24.417/30, Trazendo não só uma reestruturação para mercado de trabalho brasileiro, como também versava sobre a mulher no mercado de trabalho. Fora ainda nessa época que os direitos políticos das mulheres passaram a serem reconhecidos, mediantes anos de luta para o reconhecimento, as mulheres passaram a ter o direito de votar e serem votadas.

Contudo, fora nas décadas de 60 e 70 que houve uma maior atuação da mulher no mercado de trabalho, passando atuar na grande maioria das atividades laborais, como atendente, professora, enfermeira, e ainda mantendo-se nos serviços domésticos.  Dessa forma, a atuação das mulheres nesses setores contribuiu para o surgimento dos sindicatos femininos e movimentos feministas políticos e sociais na busca de melhoria de vida, nas condições de trabalho, salário e na luta contra o preconceito e discriminação.

Assim, com o passar dos anos o papel da mulher na sociedade foi sendo invertido, deixando aos poucos de ser considerado o sexo frágil para ser o chefe da família, o que levou a um fortalecimento desta no mercado de trabalho nos anos 90. A mulher passou a ser a maioria na população, o que demandava das mesmas uma melhor qualificação para mercado de trabalho, dessa forma, com o nível de escolaridade mais alto, consequentemente os salários se tornaram mais adequados.

Toda vida, em meados século XIX é observado que mesmo com toda a luta na busca pela igualdade, reconhecimento e mesmo a mulher assumindo um novo lugar não só no mercado de trabalho como na política e economia, além da sua independência feminina marcada por direitos garantidos como o voto, os métodos contraceptivos, a licença maternidade, o divorcio, exercício de cargos políticos e de chefia, bem como leis penais que protegem a mulher no âmbito doméstico tem sido um difícil caminho repleto de obstáculos e paradigmas a serem superados e, mesmo com quebra dos tabus de costumes e ideais machistas, a discriminação e a desigualdade ainda são índices alarmantes.

Vale ressaltar ainda que sociedade acaba limitando o campo de atuação profissional das mulheres a vista de que muitas escolhem profissões que podem conciliar com a vida doméstica, de mãe, dona de casa e esposa, bem como existem as que ainda deixam de ter a sua independência financeira para privilegiar o marido que na maioria dos casos possui uma remuneração maior.

Contudo, um dos aspectos que mais impedem ainda a mulher de se valer de seus direitos e sua independência social e financeira é o machismo enraizado na cultura da sociedade brasileira, o que faz com que os homens não aceitem a ideia das mulheres estarem em pé de igualdade, e serem capazes de exercer atividades com mais eficiência, e principalmente serem financeiramente independentes.

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